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Arquivo : janeiro 2014

Nick Cave: 20 mil dias na Terra e 15 segundos ao piano
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Lúcio Ribeiro

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* Nick Cave, em cena de “20,000 Days On Earth”

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Um dos grandes destaques do famoso festival de cinema Sundance neste ano é o documentário de quase 100 minutos que aborda o cotidiano e o processo de criação em torno da arte do inconfundível gênio Nick Cave.

Sob o espirituoso e feliz título “20,000 Days On Earth” – “Os 20 mil dias de Nick Cave na Terra”, em português – a produção é uma mistura de documentário e ficção, com texto narrativo, focado em mostrar e aprofundar no processo de criação de um dos artistas mais cultuados e festejados da música, na ativa desde o início dos anos 70.

A direção é assinada pelos cineastas Iain Forsyth e Jane Pollard. A premiere do filme aconteceu ontem em Utah, com presença do músico. Após dar algumas palavras sobre a obra, Cave fez uma performance ao piano, da qual se tem pouco registro ainda, tipo este:

Com quatro décadas de ótimos serviços prestados aos mundos da música e do cinema – e muitos discos depois – dá para dizer que a gente não conseguiu cansar do Nick Cave, nosso ídolo cavernoso. O mais recente disco de Cave com os Bad Seeds, “Push The Sky Away”, lançado em fevereiro do ano passado, mostrou como ele anda com a criatividade aflorada e como ainda tem a capacidade de assombrar o mundo com baladas incríveis e tensas, daquelas que, se você parar para prestar atenção nas letras, nunca mais consegue ouvir o álbum do mesmo jeito, envolvido pela figura de um Cave que mais parece um inacreditável pregador gótico discursando sobre envelhecer, morte, assassinatos, prostitutas de bom coração, Lúcifer e pegando todos estes temas, hum, “densos”, para serem debatidos em forma de música boa.

Cave é Deus, no fim das contas.

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Cave ontem em Utah, na premiere do filme que o homenageia

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Popload na Austrália. O Liam também. O Nadal também. E o Arcade Fire. E…
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Melbourne, Austrália, a capital do mundo agora em janeiro. Ou não é bem assim?

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* Não canso de ouvir que, para saber mais ou menos como pulsam as duas principais cidades australianas, Melbourne e Sydney, é bom comparar a primeira com São Paulo e a segunda com o Rio de Janeiro. Guardada todas as proporções, claro. Melbourne, no momento a primeira cidade visitada pelo blog, é cinco vezes menor que SP na população e funciona cinco vezes melhor em todos os sentidos. Imagina se o Tietê fosse um rio decente e ao longo de sua margem dentro da metrópole você tivesse parques incríveis, prédios bonitos, restaurantes e bares cool, áreas para passeios sossegados. Isso é Melbourne, grosso modo.

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Mister Liam Gallagher, Beady Eye/Oasis, atacando de tenista nas quadras do complexo onde acontece o Australian Open aqui em Melbourne, horas atrás. O Beady Eye toca sexta no festival Big Day Out (etapa Melbourne).

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Melbourne, a 13 horas de diferença de SP para mais, e cerca de 28 horas de vôo se você vem por Los Angeles como eu vim, se orgulha de algumas coisas, aprendi aqui:
– Antes de se chamar Melbourne, a cidade se chamava Batmania. Mas nenhuma conexão com o homem-morcego. E, sim, por causa de John Batman, colonizador australiano que fundou o lugar. Aqui tem a Batman Avenue, a estação de metrô Batman, o parque Batman.
– A cidade tem a maior rede de bondes do planeta, ótimo transporte público daqui que sempre dá uma arrancadinha natural meio repentina e em todas elas quase derruba turista.
– Essa eu não sabia. O primeiro filme produzido no mundo foi em Melbourne, em 1900 (“Soldiers of the Cross”)
– Melbourne tem a segunda maior comunidade chinesa do mundo. Dizem aqui que é a maior comunidade italiana fora da Itália, a maior inglesa fora da Inglaterra e é o terceiro lugar no planeta que mais se fala o grego, tirando as cidades de Atenas e Tessalônica, ambas na… Grécia.

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Programação de próximos shows de um dos clubes de Melbourne, o Prince Bandroom, que fica na praia de St Kilda, num dos cantos da cidade. Nada mau…

Melbourne está bombando. A cidade se encontra recebendo o Australian Open de tênis, um dos quatro torneios da temporada mais importantes do mundo no esporte (Grand Slam). A gigantesca população chinesa já ensaia nas ruas de Chinatown a festança da chegada do ano novo deles, o do dragão (31 de janeiro). Dia 26 agora, em janeiro, o país comemora o Australia Day, o maior feriado nacional daqui. Pensa nas comemorações planejadas.
Sexta que vem tem o enorme festival Big Day Out, um dos mais famosos do mundo, acontecendo aqui em Melbourne, com Arcade Fire e Pearl Jam como headliners. Popload, se nada atrapalhar, estará presente. E, daqui a duas semanas, tem o Laneway Festival, o melhor line-up indie de 2014 “so far” (devo pegar esse em Sydney).
Puxado!

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Melbourne tem espalhado, em vários cantos da cidade, um monte de pianos como este. Fazem parte do projeto “Play Me, I’m Yours”. Muita gente senta, toca, desenha, interage. As ruas têm trilha sonora

Ontem, segunda, eu passei o dia no Australian Open. Além de ver jogos da Sharapova, o Nadal e a Azarenka (e o Federer treinando), pude assistir um show no complexo das quadras da banda indie local The Preatures, quinteto de Sydney que tem uns singles bem colocados fora da Austrália, especialmente nas cenas independentes de Nova York, Londres e Paris. O complexo de quadras vira um grande centro de entretenimento. Tirando as duas gigantes arenas dos jogos principais e dezenas de quadras menores, o lugar abriga várias lojas, tem um parque com telões, áreas de gastronomia e um cercado de patrocinadores onde várias coisas acontecem. Entre elas, shows e discotecagens. E o Preatures tem uma música bem famosinha, até: “Is This How You Feel?”, que já apareceu aqui na Popload. O álbum de estreia deles sai agora em 2014.
Dentro do Australian Open, a banda tocou com todo mundo vestido de tenista, haha. E “Is This How You Feel?”, nessa apresentação, ficou assim:

A Austrália tem a Triple J, né não?, uma das melhores rádios indies do mundo. O app deles é incrível e dá para ouvir pelo celular facinho. Uma música que está tocando sem parar por aqui, e reparei que toca bastante também na americana Sirius XMU, é a fofura “Don’t Wait”, da cantora Mapei, uma rapper underground americana, quase soul, que vive desde pequena em Estocolmo, na Suécia, o suficiente para ela dizer que faz parte da cena sueca mesmo. Ela circula timidamente pelo indie há algum tempinho. O “Guardian”, o Pitchfork e a “Les Inrockuptibles” amam ela. O Diplo também. Se eu não me engano, foi o Miranda que me mostrou ela no ano passado. Sabe o Miranda, não?
Mas Mapei bombou mesmo com essa “Don’t Wait”, lançada no soundcloud em novembro. Muita gente boa aposta que ela estoura em 2014. Com aqueles papos de que Mapei apareceu para modernizar a soul music. Olha que beleza.

* A Popload está na Austrália a convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

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Beck is back. E com a música do ano?
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Lúcio Ribeiro

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O festejado herói indie Beck, enfim, vai lançar um disco novo. “Morning Phase” chega ao mercado dia 25 de fevereiro e é o primeiro álbum cheio do cultuado cantor e compositor norte-americano desde “Modern Guilt”, que saiu lá em 2008. O primeiro single é “Blue Moon”, baladaça linda de partir o coração.

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Conheça a India, 14, IRMÃ da Lorde
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Lúcio Ribeiro

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Não sei se estamos preparado para essa: a Lorde, 17 anos, vinda de uma cidade portuária da Nova Zelândia, que balançou o indie ano passado com sua voz marcante, letras teen meio sombrias e um perfil total antiostentação, tem uma irmã com 14 anos de idade chamada India. E a India, veja só, também quer ser cantora!

Ella Yelich-O’Connor, a Lorde, é uma das cantoras mais comentadas do momento no mundo todo. “Royals”, seu single, já se tornou hit internacional e invadiu as paradas de sucesso sem pedir licença. Agora a India quer conquistar seu espaço e soltou uma gravação caseira dela cantando sua versão intimista para “Saw Something”, faixa pop que foi gravada pelo duo A Great Big World com participação da Christina Aguilera.

Será que a Lorde não é a melhor cantora da família? E o “thank you” fofinho da India ao final?

Vamos ver onde isso vai parar…

* Abaixo uma foto antiga “em família”. De baixo para cima, estão a India, a Lorde e a outra irmã delas, Jerry. Será que ela canta também?

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Plantão Britpop, parte II: Liam Gallagher quase careca
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Lúcio Ribeiro

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* EgoLoad. Haha

Outra face importante do Britpop, Liam Gallagher está na Austrália, tal qual a Popload. Liam e seu Beady Eye é uma das atrações do gigante festival Big Day Out, que acontece em cidades daqui da Austrália e da Nova Zelândia, Durante três fins de semana seguidos. A Popload, inclusive, deve dar um pulinho no de Sydney.

Pois bem. Em meio aos shows concorridos do Arcade Fire, Pearl Jam e do Major Lazer, um fato interessante chamou a atenção da mídia australiana de ontem para hoje: o cabelo do Liam. Ou a falta dele.

Quando o Oasis apareceu e se tornou uma epidemia na Inglaterra no meio dos anos 90, era comum 10 em cada 10 jovens tentarem imitar os cortes de cabelo do Liam, queridinho inclusive do mundo fashion. Desde o tradicional cabelo longo aos cortes mais extremos. Agora o Liam apareceu praticamente careca no show do Beady Eye ontem em Gold Coast, cidade que tem algumas das praias mais famosas da Austrália. Foi um choque, apontam alguns jornais aqui, que mais falaram do “novo estilo” do Liam do que do próprio show. Sério…

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* A Popload está na terra do Big Day Out à convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

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Plantão Britpop, parte I: Damon Albarn solo
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Lúcio Ribeiro

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O polivalente Damon Albarn, conhecido especialmente pelos seus exitosos Blur e Gorillaz, homem de mil projetos, vai soltar neste ano seu primeiro disco propriamente solo. Sai dia 29 de abril “Everyday Robots”, álbum com 12 faixas que vai fazer o agora amigo do Noel Gallagher sair em turnê, incluindo apresentações nos festivais Governors Ball (Estados Unidos) e Latitude (Inglaterra).

O álbum, descrito por Albarn como “sort of folk soul”, ganhou seu primeiro single, também chamado “Everyday Robots”, faixa que dá título ao disco. Um vídeo de divulgação todo arte feito por Aitor Throup já está rodando por aí. A produção é de Richard Russell e conta com participações de Brian Eno e Natasha Khan (Bat For Lashes).

A inspiração de Damon surgiu “a partir de uma relação que o próprio fez de sua infância com os dias de hoje, as armadilhas da modernidade, jogos de computadores, o avanço dos telefones celulares e todo o processo de evolução do mundo”. Hmm…

Vai, Damon.

* “Everyday Robots”, o tracklist
01. Everyday Robots
02. Hostiles
03. Lonely Press Play
04. Mr Tembo
05. Parakeet
06.The Selfish Giant
07. You and Me
08. Hollow Ponds
09. Seven High
10. Photographs (You Are Taking Now)
11. The History Of A Cheating Heart
12. Heavy Seas Of Love

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Popload nos EUA. Os Beatles nos EUA. E o que você vê, ouve e sente em “Her”
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Lúcio Ribeiro

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* Popload quando em Los Angeles. A caminho da Austrália.

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* Que dia é hoje, haha! Melhor: que horas são?
A Popload já se encontra em Melbourne, cidade australiana que é uma espécie de São Paulo que deu certo. Ou mais certo. Ou menos errado.

O rolezinho ozzie do blog está sendo à convite do Tourism Victoria (Melbourne) e Tourism Australia (Sydney).

A viagem na verdade começou, ou teve um pit-stop de um dia, sexta-feira em Los Angeles, a terra dos sonhos, do “Californication”, das irmãs Haim. E nos EUA teve o seguinte:

The Beatles US Box Set

Há uma forte Beatlemania no ares americanos. Por causa das comemorações de 50 anos da invasão dos Beatles nos EUA. A maior banda de rock de todos os tempos, na época a maior da Inglaterra, chegou em um vôo da Pan Am no aeroporto em Nova York no dia 7 de fevereiro de 1964, algumas semanas depois do assassinato do presidente americano John F. Kennedy, com os EUA em profundo luto e assustado. Cerca de 4 mil pessoas “apenas” estavam no aeroporto esperando a banda. E 200 jornalistas. Dois dias depois eles tocariam ao vivo na TV americana, no “Ed Sullivan Show”, para uma audiência de 73 milhões de pessoas. E a história do rock sofreu forte abalo a partir disso.

As bancas de jornais e revistas têm Beatles por todos os lados. Tirando duas “Rolling Stone” e “Billboard”, até a “Life” publicou um especial “Paul”. O iTunes lança nesta terça o download de 13 discos dos Beatles que só saíram nos EUA, que vai do “Meet The Beatles!”, de 1964, ao “Hey Jude”, 1970. Esses álbums saem fisicamente numa caixa em vinil, também. Talvez eu a pegue, na volta da Austrália, em nova paradinha californiana, se tiver em vinil.

The Beatles US Albums Cover Artwork

Esta nova beatlemania terá ponto alto, ao que tudo indica, na festa de premiação do quaquá Grammy, que acontece exatamente no dia 9/2, com uma prometida homenagem aos 4 de Liverpool desbravando a América. Estão programadas coisas do tipo reunião dos vivos Paul McCartney e Ringo Starr e a volta do Eurythmics para exatamente tocar Beatles.

* HER – Arcade Fire bombando alto nas telas. Consegui ver num cinema de LA o filme “Her”, ficção-científica romântica ou algo do tipo do imaginativo Spike Jonze em que um escritor de cartas de amor, ele próprio um desgraçado no amor, se apaixona pela voz de um sistema operacional de um telefone celular. O ótimo Joaquim Phoenix é o cara, Scarlett Johansson empresta a voz à “secretária eletrônica do futuro”, numa Los Angeles não muito distante. A banda canadense fez a trilha sonora, que ainda tem momentos de Karen O., Breeders etc.
“Her” é um desses tocantes tratados de solidão assustadora que trouxeram grandes filmes aos cinemas nos últimos tempos, tipo “Gravidade” e “Azul É a Cor Mais Quente”, para ficar em dois casos.
É com “Azul” que, dentro deste tema, “Her” (ou “Ela”, como vai chamar no Brasil quando estrear em 14 de fevereiro) combina mais. Porque conta aquela velha historinha de amor que sempre existiu, do encontro do zero, do “getting to know you” deliciosamente crescendo e da separação sempre dolorosa.

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Mas Spike Jonze reconstrói a batida love story num futuro nada batido. As pessoas, ontem, hoje ou em 2094, vão estar sempre à procura do amor em qualquer forma dada, seja homem-mulher, dois homens, duas mulheres, homem-celular, homem-computador. O modo de contar essa história é que pode fazer a diferença, como Jonze fez nesse caso específico.
Um filme com Joaquim Phoenix fazendo cara de tadinho, Scarlett Johanson aparecendo de algum jeito, mesmo quando não está aparecendo de fato, e atrizes coadjuvantes como Rooney Mara, Amy Adams e Olivia Wilde turbinando a trama dificilmente daria um filme ruim. Com uma trilha dessas então, vira imperdível.
“Her” tem uma cena de sexo tão perturbadoramente “explícita” quanto o “Azul” francês. Porque a conexão também é perfeita. No caso do filme do Spike Jonze, a conexão referida é tipo 4G. Apenas. E ainda assim…

Ouça “Off You”, das Breeders, que está na trilha de “Her” e pode machucar os mais sensíveis, quando tocada no filme.

* Deve ter alguma explicação que eu não sei, mas uma música da bandinha indie algo hippie e californiana Grouplove está num spinning doido em três rádios rock de Los Angeles, pelo que eu notei ouvindo essas emissoras no carro que eu aluguei na cidade. Tipo tocando sem parar. Com aquela “Ways to Go”, primeiro single do segundo disco deles, de setembro do ano passado, que ganhou uma certa fama indie no meio do ano passado quando vieram com o vídeo de um ditadorzinho oriental como tema, tipo o da Coreia do Norte.
Mas agora em 2014 “Ways to Go” está “pegando” forte, mais do que quando foi lançada no ano passado. Deve estar em alguma propaganda de TV, sei lá. A música é assim:

Ainda hoje, ou amanhã cedo, voltamos com mais posts da viagem, fora os da “programação normal”.

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As Dum Dum Girls inteirinhas para você
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Lúcio Ribeiro

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Sai na próxima semana, dia 27, o novo disco das Dum Dum Girls, banda de meninas lideradas pela ótima Dee Dee Penny, que misturam lo-fi com noise pop de responsa. “Too True” é o terceiro grito sonoro delas e já pode ser ouvido na íntegra e de graça, cortesia da rede de rádios americana NPR. Só clicar na foto cool delas abaixo.

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Disclosure recebe a Mary J Blige no palco e o Sting no camarim
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Lúcio Ribeiro

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Guy e Howard Lawrence, os dois moleques ingleses de 20 e poucos anos que chacoalharam a cena eletrônica ano passado, atualmente estão em intensa turnê pela América do Norte, com uma porção de shows esgotados até o início de fevereiro. Depois eles voltam daqui uns meses para o Coachella, o Governors Ball, tal.

No show de ontem, o terceiro seguido no famoso Terminal 5 de Nova York, o duo de brothers recebeu nada menos que a Mary J Blige no palco. Ela, uma das mais conceituadas cantoras do soul e R&B dos Estados Unidos, mandou “F For You”, uma das ótimas faixas do discão “Settle”. Ficou mais ou menos assim.

Depois do show, quem foi tietar os dois irmãos no camarim foi “só” o Sting, que tem idade para ser avô dos irmãos Lawrence e já tinha conquistado o mundo quando os dois nem eram nascidos. Na foto também está o cantor Sam Smith, uma das revelações pop da Inglaterra e parça do duo. O Disclosure está virando uma coisa muito séria.

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British Invasion: a história da Creation Records na TV brasileira
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Lúcio Ribeiro

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* “Uh-uh-uh. I heard a ringing sound and my head hit the ground
Uh-uh-uh. Inside I’m upside down”

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Nos últimos dias, a Popload resolveu aparecer com um papo nostálgico abordando o ano de 1994, que para muita gente foi o último grande ano da música, lá fora e aqui, quando pipocaram bons discos e novas bandas que se tornaram huuuge em pouco tempo. Seguindo essa linha “bons tempos da música”, o canal fechado BIS vai mostrar neste fim de semana um documentário imperdível que conta a história da Creation Records, um dos selos mais bacanudos da música britânica nas últimas décadas, capitaneado pelo gênio Alan McGee, que tem como feito mais famoso a descoberta do Oasis.

Mas nem só de Oasis viveu McGee e a Creation, por isso o documentário é bacana. Lançado em 2011, salvo engano, “Upside Down” – The Creation Records Story – mergulha no mercado da música britânica do início dos anos 90, antes mesmo do britpop explodir como grande movimento cultural da região.

A história da Creation Records, início das bandas, mercado e baladinhas da época são contadas por gente como Noel Gallagher, Bobby Gillespie, Mark Gardener e o próprio Alan McGee. Bandas como Oasis, Primal Scream, My Bloody Valentine, The Jesus and Mary Chain, Ride e Teenage Fanclub estão entre as destacadas. Discaços como “Screamadelica” e “Definitely Maybe” também.

Mesmo não sendo tão novo assim, vale a pena conferir o documentário todo bonito em HD e legendadinho para não ter dor de cabeça com o sotaque escocês ou do norte da Inglaterra.

A exibição de “Upside Down” pelo canal BIS vai ao neste sábado, 18, às 21h30. As reprises serão domingo (2h da manhã), segunda (14h) e terça-feira (10h).

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