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Arquivo : março 2014

A volta do… do… do… Sunshine Underground
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Lúcio Ribeiro

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* Eu sei. A gente nem lembrava que eles tinham ido. E eles na real nem foram para lugar nenhum. Mas estão voltando. Entende?

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O grupo inglês The Sunshine Underground, que circa 2006/2007 estrelava uma tal de cena new rave, prepara lançamento de seu terceiro álbum para o dia 19 de maio. O título do disco é sugestivo: “Don’t Stop”.

Dono de um som indie dance que retomava o tecnopop inglês dos anos 80, mas com cara e roupa de anos 2000, o Sunshine Underground nunca bombou em nada, mas era alegria das pistas nessa época colorida do dance britânico capitaneado pelo Klaxons, e que tinha Datarock, Shitdisco, um pouco do Hot Chip, o New Young Pony Club, um ladinho dance do Bloc Party e envolvia até o nosso CSS. O primeiro disco, de 2006, era animado e tinha a pegajosa música “Commercial Breakdown”, indie-drama dentro dessa cena feliz.

Depois lançaram o segundo álbum em 2010, que basicamente não aconteceu. Desde 2012 tentam lançar o terceiro disco, mas param no caminho. Mas no ano passado dotaram
um single-teste, em vinil, edição limitada, para ver ainda tinha terreno na música inglesa voltar. A música se chama “It Is Only You” e foi bem aceita nas rádios britânicas, para surpresa até da banda.
E agora lançam essa “Don’t Stop”, single que tem o nome do disco, para esperar maio chegar.

Nunca pensei que fosse fazer um outro post do Sunshine Underground na vida. Mas estamos aqui.

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O rolê dos Rolling Stones pelo Japão, uma música antiga e algumas fotos
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Lúcio Ribeiro

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O colossal The Rolling Stones continua sua série de shows nesse início de ano. Depois de tocarem nos Emirados Árabes, a banda está no Japão para três shows super esgotados há tempos no estádio Tokyo Dome.

Como de praxe, o grupo tem atendido aos pedidos dos fãs. A cada show, uma música do setlist é escolhida em enquete promovida nos canais oficiais deles. Em Abu Dhabi, há duas semanas, tocaram “Gimme Shelter”.

No show da última terça-feira, os japoneses mandaram bem e escolheram “Silver Train”, b-side do single “Angie”, que eles não tocavam desde 1973!!! E ficou sensacional, claro.

* A turnê “14 ON FIRE” segue, de fato, on fire. Até o começo de abril, eles tocam em lugares tipo Macau, Shangai e Sydney. Em seguida, ainda não se sabe ao certo quais serão os planos de Mick Jagger e sua turma. Espera-se que uma turnê para a América do Sul seja anunciada para o fim do ano. A lendária banda britânica, 50 anos na ativa, com a turma toda na casa dos 70 de idade, segue testando seus próprios limites. It’s only rock’n’roll but I like it.

* Abaixo, algumas fotos que sempre são peculiares em se tratando de Japão. Todas extraídas do site BrooklynVegan.

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Duas novas do Oasis!! De 1991. E com um tal de Noel entrando na banda
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Lúcio Ribeiro

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Enquanto o Oasis não volta (e a tendência é não voltar tão cedo), 2014 vem sendo um ano especial para os fãs da banda, mesmo que ela tenha acabado já tem cinco anos. Primeiro, pelo simples fato do primeiro disco dos irmãos Gallagher ter sido lançado no mágico ano de 1994. Segundo, porque no clima de reedição especial e oficial do “Definitely Maybe – 20 anos”, alguns fãs que guardavam raridades da banda num cofre estão agora resolvendo manter a vibe de nostalgia lá em cima e liberando algumas preciosidades dos Gallaghers.

A Popload tem falado e mostrado coisas nunca antes ouvidas do Oasis, especialmente da época em que o Oasis não era o Oasis e ninguém imaginava que eles mudariam o curso do rock inglês pouco tempo depois. O mais novo diamante da banda de Manchester que apareceu é uma gravação com três faixas demos datada de 1991, época em que Noel Gallagher deixou de ser roadie do grupo Inspiral Carpets (Madchester) para entrar na banda do irmão Liam, que ele nem sabia que cantava em uma banda.

Gravadas no pequeno estúdio Out of the Blue, em Manchester, duas dessas três faixas ninguém conhecia ainda. Até agora. São elas “Alice” e “Reminice”. Junto, tem “Take Me”, som que nunca foi editado para lançamento, mas que boa parte dos fãs já conhece faz tempo. Todas as três canções foram compostas por Liam e o guitarrista Paul Bonehead Arthurs, um dos fundadores da banda, que ficou no Oasis até o fim da década de 90 e fez parte dos tempos áureos da banda.

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As músicas surgiram de uma fita K7 leiloada por um fã inglês e foram disponibilizadas na rede. A gente desconfia que esse possa ser o primeiro registro gravado com Noel Gallagher fazendo parte da banda. Tanto que na descrição da fita original, Noel aparece apenas como “guitarrista base”. O que aconteceu depois, todo mundo sabe.

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Lykke Li e seu lesbo-hit, ao vivo na Inglaterra
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Lúcio Ribeiro

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* A cantora sueca Lykke Li foi outro nome bom a participar do delicioso festival da BBC 6 Music, que aconteceu sexta e sábado passados em Manchester. Ela acabou de lançar disco novo, “I Never Learn”, mas ainda curte uma fama acidental grande por causa de uma música sua no filme “Azul É a Cor Mais Quente”, encantador drama amoroso de duas garotas francesas, em mais de três horas de duração.

A canção “I Follow Rivers”, de Lykke Li, é parte integrante do filme que ganhou Cannes e tem uma algo perturbadora (em vários sentidos) cena de amor de nove minutos entre as protagonistas. A música, que teve uma recepção mais ou menos quando lançada, virou febre de rádio e pistas depois que o filme entrou em cartaz na Europa no meio do ano passado.

Mas, a “I Follow Rivers” que embala uma longa e linda cena no filme não entrou na versão do disco de Li, mas sim em um remix lado B de single que acabou mais famoso que a original, batizado de The Magician Remix, eletronicamente mais suingada, menos dramática, mais arrebatadora.

No último final de semana, Lykke Li tocou a canção no show do festival da rádio inglesa, num arranjo que ficou no meio do caminho entre a versão do disco e a do filme. Dá sua olhada.

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A nova música da Lorde que não é nova nem é da Lorde
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Lúcio Ribeiro

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A festejada menina Lorde não para. A neozelandesa está envolvida agora com um novo projeto do Son Lux (Ryan Lott), cantor e produtor norte-americano que ela adora. Em shows recentes, a Lorde tem cantado a faixa “Easy”, um dos pequenos sucessos do Son Lux, ele nascido em Denver e radicado em Nova York, que faz um som que cruza o hip hop com o post-rock.

O gosto da cantora pelo som rendeu uma reedição oficial da faixa, que vai sair no EP “Alternate Worlds”, em 27 de maio, mas já disponível para audição gratuita.

Com a parceria Son Lux/Lorde, a faixa virou “Easy Switch”. E ficou bem boa, talvez até melhor que a original, que já era boa também.

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Phantogram e o dia em que você morreu. No Letterman
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Lúcio Ribeiro

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* Estamos na vibe psicodélica, percebe?

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O duo norte-americano Phantogram continua no gás com a divulgação de seu novo disco, “Voices”, lançado mês passado. No trabalho de promoção do álbum, Sarah Barthel e Josh Carter têm aparecido em programas de TV. A mais recente parada da dupla foi no Late Show de David Letterman, na noite de ontem.

“Voices” foi produzido por John Hill, que ao longo da carreira já trabalhou com nomes tipo M.I.A. e Santigold. “É o segundo álbum do duo de synth-heavy indie. O de estreia, “Eyelid Movies”, saiu há quatro anos.

No Letterman, o Phantogram mandou a boa “The Day You Died”.

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A zorra psicodélica do Jagwar Ma. Em UK, nos EUA e em breve perto de você
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Lúcio Ribeiro

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* A banda australiana Jagwar Ma, você sabe bem, é atração deste mês dentro de uma das edições de março do Popload Gig, nossa valente marca de shows. O grupo indie psicodélico, uma mistura de Happy Mondays com Primal Scream da fase “Screamadelica”, toca no dia 27 no clube do Audio Club, se me permite assim colocar.

O Jagwar Ma será usado no Popload Gig como uma das atrações da festa de estreia do site da Popload, que vai ganhar uma chinfra virtual e morar em endereço novo, que revelaremos nos próximos dias.

Vai ser balada. Por dois motivos. Primeiro porque show do Jagwar Ma é naturalmente uma balada louca, trip indie contagiante. Outra: a turma da festa Damn Fridays, que superlota o clube Yatch às sextas-feiras danadas, leva sua expertise sonora para a abertura e o pós-show do Jagwar Ma no Audio.

Chegando onde eu quero chegar: o Jagwar Ma tocou neste festival cool da BBC 6 Music, em Manchester, evento que eu venho falando hoje nos outros posts. Olha a vibe.

Eles sempre começam devagar, na boa, como quem vai fazer um groove tranquilinho, até bobo. Depois o bicho pega e termina sempre de modo insano. Envolvente. Tipo assim.

Os espectadores mais velhos desse show em Manchester por alguns segundos devem ter tido a impressão de estar no Haçienda em 1989. Sob efeito. Madchester.

Nos EUA, a extraordinária rádio satélite SiriusXM, por assinatura, soltou hoje um vídeo do Jagwar Ma em session recente exclusiva, tocando uma cover da linda “Losing You”, da cantora Solange Knowles (irmã da Bey, tá ligado?), outra que já tem o selo Popload Gig cravado no cabelo. A banda australiano já tinha feito a mesma reverência para Solange numa session para a BBC inglesa, no ano passado.
A performance do Jagwar Ma para a SiriusXM foi assim:

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A rádio 6 Music e o Carnaval indie britânico
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Lúcio Ribeiro

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* Então. No último final de semana, mais exatamente sexta e sábado passados, aconteceu em Manchester o primeiro BBC 6 Music Festival, a estreia em eventos grandes da emissora digital da BBC, que funciona na internet e em TV digital para os ingleses. Conhecida como a “rádio do futuro” da velha BBC, a 6 Music foi inaugurada em 2002 e conta comm uma das melhores programações de uma rádio do mundo para a música independente hoje.

Só que até 2010 a rádio corria sérios riscos de fechar. Mas sua performance em publicidade e audiência foi aumentando, aumentando e atualmente a 6 Music consegue atingir 2 milhões de pessoas semanalmente com programas variados de gente como o grande DJ radiofônico Steve Lamacq (diário) e o figuraça Jarvis Cocker, do Pulp (aos domingos à tarde).

Daí que chegou a hora de a BBC 6 Music mostrar sua força realizando um festival incrível, esse do final de semana. Em Manchester, não em Londres, porque sim. Dois palcos e uma tenda de DJ de silent disco (para ouvir a música, precisa usar fone de ouvido, distribuído na entrada, senão vira um lounge silencioso, bom para bater um papo sem música e longe da sonzeira sem fim dos palcos tipo assim).

O já citado Damon Albarn, Franz Ferdinand, James Blake, o poploadico Metronomy, The National, as Haim, Jake Bugg, The Horrors, o poploadico Jagwar Ma e a diva sueca Lykke Li estavam na lista de atrações, entre vários outros nomes.

Alguns dos shows foram transmitidos ao vivo e se encontram dando sopa por aí, na internetz. A gente faz abaixo uma espécie de “melhores momentos”, tirando três deles: o do Damon Albarn que a gente já falou e o da Likke Li e do Jagwar Ma que ainda vamos falar.

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A primeira vez de Damon Albarn. Sozinho. O show todo em Manchester
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Lúcio Ribeiro

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* O imparável Damon Albarn, que tem turnê comprometida com o Brasil no segundo semestre, está na fase “Eu Sozinho”, depois (ou em meio) de construir fama indelével com as facetas Blur, Gorillaz, The Good The Bad The Queen, a fase Mali. Daí que ele vai lançar um disco novo, vôo solo, com seu nome, no dia 28 de abril. Chamado “Everyday Robots”.

No final de semana, ele juntou seu currículo ryco (o eu sozinho, o blur, o Gorillaz, o The Good, o Mali) e fez um bonito show no festival da BBC 6 Music, em Manchester.

O festival mexeu com o Reino Unido sexta e sábado passados e foi o Carnaval britânico. Vamos desovar umas coisas por aqui durante o dia.

Mas, voltando a Damon Albarn, sua apresentação foi meio mistureba louca. Tem no setlist (veja abaixo) até um lado B de Blur que nunca foi tocado ao vivo. Ele falou que pretende tocar várias dessas em seus concertos. Sou fanzoca de Blur, tenho o single de “Beetlebum” e nunca tinha prestado muita atenção neste “lado b” do disco, que ele tocou, a canção “All My Life”. Que música incrível. Isso de tocar essas “inusitadas” de sua vasta carreira pode ser um achado nessa fase solo.

Albarn está sozinho, porém acompanhado. Foi a primeira vez que ele montou uma banda toda para brilhar no modo pessoa física. Deu a essa banda o nome de The Heavy Seas.

Antes de vir à América do Sul, se o combinado se cumprir, Damon Albarn se apresentará como Damon Albarn no South by Southwest, faz dois shows em Londres e tem um festival de verão também na Inglaterra para ser o nome forte.

Nesse show no BBC 6 Music Festival, o inimigo-amigo dos Gallaghers mostrou que ainda tem uma das mais marcantes vozes da música de nosso tempo. E seu bom trabalho durante anos se sobressaiu bonito.

Vi o show ao vivo pela internet. Ele está inteiraço aí embaixo. Menos a parte da abertura, “Everyday Robots”, nome do primeiro single, nome do disco todo, que teve seu som CORTADO DO VÍDEO por questões de direitos. Sério. Mas o resto está completo. E, afinal, tem a “Everyday Robots” no site, que a gente reproduz abaixo.

Vem, Damon.

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Broken Bells e a session nº 1437, desta vez no Canadá
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Lúcio Ribeiro

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* Segue a saga delicada do duo Broken Bells (Danger Mouse + James Mercer, do Shins) em meio a sessions bonitas em rádios. Tudo para divulgar o especialíssimo segundo álbum, “After the Disco”, lançado em fevereiro.

A apresentação exclusiva da vez aconteceu para a famosa velha rádio indie 102.1 The Edge, de Toronto, Canadá. Mouse e Mercer, lá, tocaram “October”, do primeiro disco, de 2010, e o hit atual “Holding on for Life”, uma das músicas mais tocadas deste ano.

Foi assim:

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