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Neil Young lança novo disco e vai para o Twitter zoar o Bono e dizer que gosta de Jack White e Radiohead
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Lúcio Ribeiro

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Neil Young lendo “O Melhor do Twitter” da Popload

Patrimônio histórico da música, o incrível Neil Young mostra que ainda tem muito gás mesmo beirando a casa dos 70 anos de idade. Na próxima semana, o canadense bota na praça o aguardado “Psychedelic Pill”, seu novo disco de estúdio com a lendária Crazy Horse. Este será o segundo lançamento de Neil este ano. Em junho, com a mesma banda, ele jogou no mercado o álbum “Americana”, que consiste basicamente em versões para clássicos das músicas regionais da América do Norte. A grande notícia além de todas essas grandes notícias é que a formação original da Crazy Horse se reuniu pela primeira vez em mais de 15 anos. Estão com Neil seus chapas Ralph Molina, Frank “Poncho” Sampedro e Billy Talbot.

Faltando uma semana para o lançamento físico de “Psychedelic Pill” – que terá uma versão Blu-ray incluindo vídeos para todas as canções em alta definição e outra que pode ser comprada pelo iTunes, em resolução menor – o cantor e guitarrista resolveu disponibilizar o disco na íntegra em seu site oficial. Para ouvir, é preciso baixar um plug-in específico e atualizar a página.


Para bombar a audição do álbum, Neil Young foi ao Twitter na tarde-noite de ontem para participar do #AskNeil, quando respondeu diversas perguntas dos fãs, desde as mais sérias às mais bizarras.

A que mais chamou a atenção foi quando um fã perguntou o que ele achava do Foster The People (atração de um evento beneficente dele no fim de semana passado), uma vez que o “Bono disse gostar”. Foi aí que Neil surpreendeu e deu uma zoada básica, respondendo: “Who is Bono?”. A respostinha besta, lógico, correu o mundo.

Neil zoou sobre trabalhar com Axl Rose, falou do fim do mundo, de onde vêm os bebês, como é ter fãs de diversas gerações, disse que gosta do Jack White, do Radiohead e que vai gravar alguma coisa com o Dave Grohl. Gênio.

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Neil Young, Foo Fighters e Black Keys juntos em “Rockin’ in the Free World”
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Lúcio Ribeiro

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* E o Band of Horses no meio. Foi o momento “We Are the World” indie. Aconteceu no Central Park, em Nova York, no imenso Global Citizen, evento de caridade armado pelo Global Poverty Project que reuniu 60 mil pessoas no sábado no coração de Manhattan, contra a pobreza mundial. A apoteose foi essa união de forças numa das músicas mais famosas da história.

** Foto de Kevin Mazur/WireImage

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Dave Grohl manda os fãs relaxarem. O Foo Fighters não acabou
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Lúcio Ribeiro

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* Ontem à noite, o roqueiro Dave Grohl, líder do Foo Fighters, veio às redes sociais corrigir um “mal entendido” sobre um suposto fim da banda. No final de semana, durante o show do FF no colossal Reading Festival, no Reino Unido, Grohl disse que seria “o último show da banda durante um bom tempo”. Bastou para o planeta especular o fim do Foo Fighters.

“Jesus… Relaxem. Eu estava falando com a Inglaterra, SOBRE a Inglaterra. Parem de bisbilhotar conversa alheia, povo da internet. Bjs. Dave”, seria uma livre tradução do recado que o líder do Foo Fighters soltou no Twitter e no Facebook.

De todo modo, a apresentação de Reading foi o encerramento da loooooonga turnê que o FF fez pelo mundo, no embalo do disco “Wasting Lights”, do ano passado. Foi a centésima vez que Grohl se apresentou no tradicionalíssimo festival inglês, seja com o Nirvana ou com o próprio Foos e até no projeto Them Crooked Vultures.

Neste Reading 2012, a gente achou o vídeo classe do Foo Fighters mandando “In the Flesh?”, do Pink Floyd, com o baterista Taylor Hawkins no vocal. Eles também tocaram a canção do “The Wall” no Lollapalooza Brasil, no começo do ano. Muito bom, Dave.

* A foto do começo do post é de Richard Johnson/”NME”.

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Rescaldo Reading Festival: ao Nirvana, com carinho. Por Dave Grohl
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Lúcio Ribeiro

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Principal atração do Reading Festival, ocorrido no último final de semana na Inglaterra, o gigante Foo Fighters fez seu último show “em muito tempo”, de acordo com o bamba Dave Grohl.

O show foi aquele de sempre, com duas horas e meia de duração, que a gente viu no Lollapalooza no primeiro semestre. Em um dos momentos mais marcantes, Dave dedicou a música “These Days” ao seus ex-companheiros de Nirvana, Kurt Cobain e Krist Novoselic.

Vale lembrar que o Reading Festival é um capítulo especial na carreira meteórica do Nirvana. O trio era “atração pequena” da edição de 1991, quando tocou com o dia claro ainda, três semanas antes do lançamento de “Nevermind”. No ano seguinte, o Nirvana voltou para show no palco principal, sendo um nome maior que o do próprio festival.


Foo Fighters anuncia “último show” no Reading, que também teve Black Keys, Horrors, Lanegan e muito mais
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Lúcio Ribeiro

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O gigante Reading Festival terminou ontem com números que agradaram a organização do evento. Uma das principais preocupações era relacionada aos crimes do ano passado, mas segundo a polícia local, os delitos (na maioria pequenos) foram reduzidos em mais de 50% em 2012. A simpática Reading, que tem pouco mais de 140 mil habitantes e se localiza a 65km de Londres, viu cerca de 90 mil pessoas participarem dos três dias de festival, o que movimentou mais de 7 milhões de libras para a cidade.

O domingão eclético do Reading, que sempre tem um clima confuso (muito sol ou muita chuva), teve em seus diversos palcos nomes imperdíveis como os “Popload Gig” Mark Lanegan e Tall Ships, o sempre bombado Justice, o ótimo Two Door Cinema Club lançando disco novo, o Horrors, o SBTRKT e os gigantes Black Keys e Foo Fighters, que fez seu “último show em muito tempo”, disse o Dave. O líder do Foo Fighters é uma espécie de “mister Reading”. Já tocou lá com o desconhecido Nirvana, com o mais-conhecido-do-mundo Nirvana, estreou lá o “projeto Foo Fighters” em tumulto gigante e foi headliner com o Fools umas 100 vezes. Dave Grohl é prefeito de Reading. Quando subiu ao palco, no final de semana, gritou no microfone: “Honey, I’m home”.

Confira fotos e vídeos do último dia do Reading.

++ FOTOS ++
(via: Guardian, NME e BBC)


The Horrors


Odd Future


Mark Lanegan


Justice


SBTRKT


The Black Keys


Foo Fighters

++ VÍDEOS ++

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POPLOAD 12 anos – Bono fazendo rap para a Popload, Dave Grohl convocando por aqui a galera para ver o Foo Fighters, Noel Gallagher anunciando ganhadores de nossa promoção e o Eminem mandando um ‘What’s up’ aos leitores
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Lúcio Ribeiro

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A Popload segue sua série relembrando posts e textos especiais nesta semana em que completa 12 anos no ar.

Este espaço, que começou em versão virtual na Folha Online, seção Pensata, e depois virou Popload na porção impressa da “Folha de S.Paulo”, no início dos anos 2000, já tem um pouco de história para contar para os netos.

Em uma época que a internet começava a engatinhar no sentido de “um dia você vai consumir música e fazer tudo por aqui”, a Popload ganhava reforços de peso semanalmente.

1. Bono e The Edge, por exemplo, improvisaram um rap para a coluna. Do jeito irlandês. Em meio a uma entrevista gravada, eles citaram um ritual do rapper Wyclef Jean (Fugees) e fizeram um beatbox esquisito, na verdade um barulho de uma salva de 21 tiros, uma “simpatia” musical quando um artista está chegando em terra estrangeira. Blabla. Prestes a vir ao Brasil, Bono mandou essa aos leitores do blog.
2. O Dave Grohl usou este espaço para convidar os brasileiros para assistirem o show da sua (média, na época) banda Foo Fighters no Rock In Rio 2001.
3. O Eminem, talvez o maior nome do mundo da música naqueles dias, mandou um “What’s up” na Popload (na época uma coluna da “Pensata”).
4. E Noel Gallagher foi protagonista de uma das maiores piadas prontas da nossa curta história: na época do Natal, ele, Papai NOEL, anunciou ganhadores de um sorteio que contemplava leitores da Popload com brindes do Oasis. Haha. Classe.

A gente prova. Foi tudo gravado. Recuperamos no baú da Popload estes áudios impagáveis que dão voz para essas histórias.


“Saturday Night Live” histórico: Mick Jagger com Arcade Fire e Foo Fighters
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Lúcio Ribeiro

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* E aí? Muito ansioso pela estreia do “Saturday Night Live” do Rafinha Bastos?

Um outro “SNL”, esse um pouco mais famoso e com convidados um pouco mais… digamos… especiais, terminou sua temporada no último sábado. À noite. Ao vivo. Foi histórico.
O “Saturday Night Live” original, o de Nova York, teve no fim de sua season 37, como mestre-de-cerimônias, ninguém menos que Mick Jagger, dos Stones. Jagger não ia no “SNL” havia 34 anos. E se apresentou no programa “só” com Arcade Fire, Foo Fighters e o guitarrista Jeff Beck.

Alguns dos momentos incríveis do programa de anteontem foi o Jagger e o Arcade Fire fazendo “The Last Time”, música de 1965 dos Rolling Stones, há muito não tocada por Jagger.

Incrível ainda foi, no finalzinho mesmo, o momento de despedida da grande Kristen Wiig do “Saturday Night Live”. Ela está deixando o programa. Jagger rege uma homenagem a ela, com o Arcade Fire tocando e cantando “She’s a Rainbow” e “Ruby Tuesday”, outros dois clássicos dos Stones, na hora arranca-lágrimas do programa.

A parte do Foo Fighters com o Jagger foi espetacular, também. Com Dave Grohl e galera como “bandinha de apoio”, Jagger cantou “19th Nervous Breakdown”, genial, e depois diminuiram o ritmo para a grande “It’s Only Rock’n’Roll (But I Like It)”. Os vídeos ainda não foram liberados pela NBC e eu não consegui decupá-lo do “SNL” que eu baixei. Depois colocamos aqui.

Mais dois momentos gloriosos do “SNL” final de temporada. Jagger e Jeff Beck fazendo juntos “The Presidential Election Blues Song, um número especial que o stone criou para o programa.

E, por fim, o hip hop gênio que o maluco Andy Samberg fez com o parceiro Chris Parnell chamada “Lazy Sunday 2”, a continuação do primeiro “digital short” palhaçada deles como virais do “Saturday Night Live” na internet. Tudo num estilo-homenagem dos Beastie Boys. E com um momento especial, atenção: DUBSTEP. Demais.

Ufa. What a show!

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Foo Fighters em São Paulo, “My Hero”. Nos vocais, o público
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Lúcio Ribeiro

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“There goes myyyyyyyyyyyyyyyyy…”

* Calma, o Lollapalooza Brasil ainda não acabou. Jajá a gente termina de desovar o vasto material que temos sobre o festival que aconteceu em SP no último final de semana e deixou a cidade borbulhando desde tipo quarta-feira passada.

* Vídeo do incrível (e longo) show do Foo Fighters no sábado. Se o Dave Grohl tava com a voz baleada, o público deu uma mão para ele (ou uma garganta) e o ajudou BEM na hora da performance da maravilhosa “My Hero”. Dá uma olhada. Repare numa garota “regendo” a música com os braços.

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O Melhor do Twitter: DAVEPALOOZA – DIA 1
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Lúcio Ribeiro

>> Segundo o Twitter, o primeiro dia de Lollapalooza foi assim:

@rosana Band of horses no jockey é a piada do dia?

@bandofhorses Obrigado aos nossos amigos brasileiros que chegaram cedo! pic.twitter.com/VmgUjP7z

@tiagoagostini Rappa sugerindo rage against the machine no lolla. tao dois anos atrasados

@leodiaspereira O efeito de várias samambaias ladeando o palco d’O Rappa seria o mesmo do quinteto de cordas

@kirp O rappa é o pink floyd brasileiro

@rollingstoneBR “As Mina Pira” vira lema de Peaches no DJ set da cantora no#Lollapalooza: rollingstone.com.br/noticia/mina-p…

@tatianafc Boa ideia pro carnaval ano que vem. #peaches yfrog.com/kge92tp

@ricklevy Eu ainda acho que a Peaches tem pinto. Tô confuso instagr.am/p/JJY5HaK45l/

@juknobel: “I LOVE ROCK N ROLL jsndisbsjdbsbsnsksnsnsj BEIBE”

@josmi Fato: dave grohl é tão foda que aparece num festival usando uma faixa zuada no cabelo e ninguém fala nada.

@edutestosterona Tem um guitarrista do Foo Fighters que é a cara do tio do pastel, né?

@spiceee Salvei a busca “porteiro Foo Fighters” e tou me mijando aqui twitter.com/#!/search/port…

@ricapancita numa escala 0 a 10 (sendo 10 o show do Kiss com telão 3D), o full fighters tá no nível 8,234 de farofada

@tiagoagostini Quem é mais carente: wayne coyne ou dave grohl?

@screamyell: Se houvesse juiz no show do Foo Fighters, levantaria a placa c/ 20 minutos de acréscimo.

@marcelo_orozco O grateful dead já teria encerrado o bis

@tarciomeixeira Um país que permite tantos solos de bateria tem condições de sediar Copa do Mundo e Olimpíadas?

@ricapancita THE BEST THE BEST ETC

@amandatrs The best, the best, the best The best, the best, the best The best, the best, the best The best, the best, the best The best, the best, the

@chicobarney Davidson tocou Everlong?

@alechandracomix O dave grohl é a alanis morissette que deu certo

@lavaland CES TAO FALANO DISSO FAZ 60 DIAS TRATEM TE ACHAR BOM

@flaviadurante Não tô acreditando que vcs passaram 11 anos pedindo show do foofighters e qdo eles voltam cês falam mal do show! =O

@letsplaythat Pois eu achei o Foo Fighters bem bom. Claro, podia ter meia hora a menos (ou eu ser 15 anos mais novo). Rock farofa de primeira, seus chatos

@yadayadayada E aí que a maior casa de shows de Curitiba tá postando fotos do show de hoje, que é o… Dazaranha. e vcs aí reclamando do Foo Fighters.

@marcelo_orozco Ajustando o counter para as ocorrências de “momento histórico” nas resenhas do show

@maritramontina Festival no Jockey Club, mas sem cavalinhos para o povo ir embora.


Lollapalooza Brasil – dia 1. Foo Fucking Fighters, a rapa, a NME, as alegrias, os perrengues
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Lúcio Ribeiro

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* Então. Aconteceu mesmo. O festival do Perry Farrell, sonho da nação indie desde os anos 90, foi realizado no Brasil. E o Foo Fighters, que não tocava no país desde o Rock in Rio 2001, finalmente voltou a se apresentar aqui. Agora, quando o Coachella Brasil for inaugurado, o Glastonbury brasileiro acontecer no interior de SP e o Reading BR tiver sua primeira edição, tudo isso com a cobertura da “New Musical Express” brasileira, que chega em português ainda este ano com miniedições de shows com o selo “NME”, ninguém vai mais precisar ir ver bandas fora do Brasil. Ou, claro, vai se quiser. 🙂

O Lollapalooza estava lindão. O resgate do Jockey Club foi um dos pontos altos do evento. E não é que, guardada as devidíssimas proporções, o skyline do lugar lembrou mesmo o “desenho” do festival-matriz, de Chicago. Por mais que às vezes o cheiro nos lembrava que o rio Pinheiros não é exatamente o Lago Michigan.
Teve os perrengues de festival grande (cerca de 75 mil pessoas circularam pelo Jockey, ontem): fila brava para entrar em alguns momentos, fila brava para comprar bebida em outros, o metrô não colaborou fechando à 0h20, como combinado com o festival, e ainda por cima fechando mais cedo do que o normal com medo de tumulto. Mas como um todo o Lolla Brasil funcionou ok para um evento com 75 mil pessoas circulando. Do que a Popload pode ver, ouvir, sentir, o sistema de som estava bom também. Principalmente não no palco principal, que podia ter um pouquinho mais de reforço estrutural para um show do porte do Foo Fighters, com aquela massa diante do palco. Hoje deve ser bem mais tranquilo.

Mas… Evento grande no Brasil continua sendo uma dificuldade para chegar e sair. Isso quanto ao Lollapalooza, ao Planeta Terra, o SWU ou a zoeira do Glasto brasileiro. É uma coisa que precisava acabar. Às vezes você perde uma boa parte final de um show só para evitar transtornos de ir-e-vir, mesmo gastando-se R$ 300 só para ver um show como o do Foo Fighters. Porque, se você enfrenta os problemas em nome da música, você paga uma conta muito maior que essa de R$ 300, depois. Festivais no Brasil é mais um “desafio de fã” do que um prazer. E não precisava ser assim.
Me comovi com o relato de uma amiga que fugiu da muvuca pós-show do Foo Fighters e estava comemorando que, depois de andar muito, finalmente tinha achado um táxi que estava cobrando muito acima da tabela, mas enfim.
Aí chega um SMS de um amigo dela que estava vendo o show pela TV. “Nossa, o Foo Fighters está encerrando o show com ‘Everlong'”, que é a música predileta dela. E ela feliz porque achou um táxi para sair do show que ela demorou 11 anos para ver de novo.
Tem alguma coisa muito errada aí.

Perry Farrell, o homem, o mito, o indie-hippie roqueiro, o ecológico, o empreendedor, o agitador e o front-leader de um projeto de eletrônico poperô vagabundo. Nosso personagem principal da semana

* PERRY FARRELL – Cada um faz o que quer da vida, haha. Mas, Perry, você é nosso personagem. O indie-hipongo que idealizou o revolucionário Lollapalooza no começo dos 90, só para botar sua banda e a dos amigos para tocarem, quando pouca gente dava bola para a música independente e os EUA era uma terra de ninguém em eventos de e para o gênero, está aqui no Brasil para inaugurar a franchise brasileira de um dos mais importantes festivais de música do planeta, hoje. O festival que cuida de parque gigante na cidade de Chicago, é super ecológico sem ficar propagando que é sustentável e sustentador de nada, que ajuda a cena local espalhando por clubes locais as principais atrações do “grande evento” que é o festival em si, aumentando o turismo na cidade, movimentando absurdamente a economia da região. Mais ou menos o que hoje o Lolla fez com São Paulo nos últimos dias. E Perry Farrell está na cidade para ver isso tudo acontecendo, botar sua banda para tocar, o Jane’s Addiction, hoje, e para fazer uma performance tacanha em cima de poperô eletrônico fuleiro, com pose de rock star na frente das picapes. Perry Farrell quer é mais. Gênio

******************** Shows do primeiro dia do Lolla Brasil, que a gente queria destacar

* CAGE THE ELEPHANT – Considerado por muitos o primeiro show “de verdade” do primeiro dia, o Cage The Elephant assumiu a responsabilidade com competência jovem roqueira de garagem linda. O indie/pós-grunge deles, com gosto de banda que era pra ser a next big thing de Seattle em 1995 (mas não conseguiria), agradou o publico, animado, batendo palmas em todas as musicas. Destaque para o mosh do vocalista, logo na segunda música (“I never felt so violated. I think someone tried to steal my wallet”), e para o Dave Grohl curtindo o show quase inteiro da lateral do palco. Mais perto do fim, o vocalista pediu para que, se pulasse de novo na galera e ficasse inconsciente, para “pass my body around” durante o resto do dia de festival. E pulou novamente, sendo mais violentado ainda, e “andando” sobre a platéia enquanto abanava uma bandeira do Brasil. Fan service de primeira. Nice.

* BAND OF HORSES – A banda americana Band of Horses praticamente abriu o festival ontem, tocando para meia dúzia de pessoas (ok, um pouco mais) logo de manhã, em um set acústico e improvisado, com cinco músicas (http://youtu.be/M5rQ5f-fU4M). Subiram ao palco Butantã, desta vez “para valer”, às 17h, com “For Anabelle”. Era o indie-folk sentimental representado no Lolla, bem no horário de transição entre um hit nacional (Rappa… não é hit?) e outro gringo (TV on the Radio). Não que o público estivesse apático, mas grande parte ali parecia estar passando o tempo enquanto o palco Cidade Jardim era montado para o TVOTR. O show engrenou mesmo quando a banda tocou “NW Apt”, do último disco. “Am I a Good Man” voltou o show para a parte leeenta, triste, mas o pôr-do-sol deixou a galera mais hippie e todo mundo cantou junto. Até o fã que foi vestido com uma cabeça de cavalo (!!) se empolgou. Foi um show bonito e com PAs ainda funcion ando a 100% (antes de parcialmente morrerem no da Joan Jett). O set misturou um pouco dos três discos da banda, com seus acordes arrastados (não é uma crítica — tudo isso caiu bem ali no meio) e com country-rock (com um baterista mais pra rock que pra country). O simpaticão Ben Bridwell não dispersou o público e fez questão de agradecer Joan Jett e os Foo Fighters por estarem ali. O Band of Horses, assim como Cage the Elephant e Joan Jett, entrou na programação do Lollapalooza Brasil como “sugestão” (ele impôs) de Dave Grohl. Não dá para reclamar do foofighter nessa. Quem foi que pediu o Rappa no line-up, haha?

* PEACHES – Loucura eletro-Berlim descontrolada, show de movimentação freak de um electroclash pós-decadente (entende?), garotas “perdidas” do Leste Europeu como dançarinas, climão Rua Augusta em noite de véspera de feriado e fora dos clubes, banho de champanhe na galera da frente e a sedimentação do novo hino para agitar a mulherada: “As Mina Pira”. Um show normal da Peaches.

* TV ON THE RADIO – Indie-soul magistral, com a turma de Tunde Adebimpe preenchendo o palcão principal como se tivesse fazendo um show em clube pequeno. “Wolf Like Me” e “Staring at the Sun” fixaram o show para sempre na lembrança de quem viu a banda em ação aqui no Brasil. Classe total.

* FOO FIGHTERS – Alguns cansam, outros não tão nem aí. Duas horas e meia de shows, solos, presepadas roqueiras superjustificáveis (Dave toca como as bandas antigas de rock circense de que tanto gosta), outras nível “Escola do Rock” (que são legais também), um fiapo de voz, um baterista só não melhor que do que ele já foi, enfrentando o fiapo de voz que resta com uma série retardada de berros e um caminhão gigante de hits inesquecíveis. Monster of Rock, Dave.

******************** Lolla Dia 1 em fotos

O Ben, do Bend of Horses, estava ben alegre no primeiro dia do Lollapalooza Brasileiro

“Vamos combinar. Se eu me jogar em vocês e desmaiar? Vão passando meu corpo de mão em mão neste festival o dia inteiro, ok?”, pediu o menino neogrunge Matt Schultz, do Cage the Elephant

“Vai, deixa eu levantar e ir na Peaches, para ela mostrar uns peitos, roupas esquisitas, gostosonas do Leste e jogar champanhe em mim”

“Maaaaaaaaaaaatt. Se joga em nóis neste Lollapranóis”. As mina pira, não só no show da Peaches

Vem, Dave. Galera esperava o show do Foo Fighters na grade desde de manhãzinha

“Oi, sou amiga da Alexa Chung. Onde pego meu Vip pro show do Arctic Monkeys? Ah, não é hoje? Ah, eles não namoram mais?”

Dave Grohl chegou cedinho para ver os pupilos do Cage the Elephant, banda que ele botou no festival

Fuck the pain away. Peaches e seu electroclash decadente e cheio de absurdinhos. Programão para a semana santa

“Calma, galera da noite de rock do D-Edge. A gente já vai tocar ‘I Love Rock’n’Roll’ “

Tunde espalha indie-soul de primeira pelo Jockey, em show do TV on the Radio

O gente-fina Dave Grohl em dia de Jack Black. Foo Fighters no Lolla foi uma verdadeira Escola do Rock

******************** Lolla Dia 1 em vídeos

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COBERTURA POPLOAD NO LOLLAPALOOZA BRASIL – Ana Carolina Monteiro, Alisson Guimarães, Fernando Scoczynski Filho, Lúcio Ribeiro e Fabrício Vianna (fotos)