Blog POPLOAD

Arquivo : Popload

Popload UK Tour – BLACK KEYS ao vivo em Londres
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload (enquanto) em Londres.

* Foi meu primeiro show na neve. Não teve neve DENTRO do lugar do show, claro. Mas sim na saída do metrô, no caminho para a casa de shows, na FILA PARA ENTRAR. Sério. Neve na cabeça, sem dó.

Visão “bonita” da fila exatamente na minha frente, esperando a conferência de ingressos dos seguranças para entrada no Alexandra Palace, em Londres, para o show do Black Keys

* Em texto meu que saiu na Ilustrada da “Folha de S.Paulo”, hoje, tentei reproduzir o que foi o primeiro dos três shows seguidos esgotadaços da dupla americana Black Keys (Akron, Ohio) em Londres. O momento dos caras no rock atual. E o que acontece com eles quando, no momento em que estão mais bombando, caem nas mãos dos ingleses. Histórico.
O texto saiu mais ou menos assim, em versão não-editada.

* Black Keys, sexta passada, Alexandra Palace, em Londres (abertura: Band of Skulls) *

Sem parecer ainda não estar entendendo muito bem o que está acontecendo, a dupla americana The Black Keys subiu sexta-passada ao palco do Alexandra Palace, em Londres, e logo começou a tocar, sem falar nada.
O lugar é um ex-palácio real transformado em casa(rão) de shows, em que cabem 10 mil pessoas. E, para ver o Black Keys, os ingleses sumiram com os ingressos há tempos, para três shows seguidos.
Sempre considerada uma espécie de antibanda, o Black Keys, dois garotos tímidos de Ohio, meio avessos ao sucesso e que usavam barbas imensas até há poucos anos, chegou para a tour inglesa saudado pela imprensa como “salvadores do rock”. Foram essas as palavras.

Duo guitarra-bateria tocando punk blues, sempre tiveram uma carreira respeitável na cena indie. Mas, depois do álbum de 2010, e principalmente agora com o sétimo, o ótimo “El Camino”, de antibanda o Black Keys virou superbanda. E isso parece estar assustando a dupla.
“Olá, nós somos o Black Keys, de Akron, Ohio”, disse o guitarrista Dan Auerbach, depois de já terem despejado umas três canções de guitarra alta e bateria vibrante na cabeça dos ingleses. “Este é meu parceiro Pat Carney, na bateria”, anunciou, como se a banda, a essa altura, precisasse ser introduzida depois de dez anos de carreira e recentes passagens por talk-shows americanos, capa da “Rolling Stone”, número 2 da parada “normal” da “Billboard”, atração top do Coachella 2012 e show em março no Madison Square Garden (NYC), com entradas esgotadas em 15 minutos.

Com uns músicos de apoio para engrossar o som ao vivo, agora para “as massas”, o Black Keys agitou o palácio inglês e provocou saltos sincronizados da platéia com blues, acredite.
Braços levantados com o punho cerrado, air guitar ocasionais, o Black Keys está numa fase de comunhão com a sua galera em que tudo está permitido.
Segundo li em algum lugar, o som da banda é perfeito em sua máxima energia, com o mínimo de extravagância.
A banda parece não estar entendendo muito bem o que está acontecendo. Mas seus fãs sabem direitinho o que é.

* Black Keys no Alexandra Palace, em Londres – Vídeos *
Vou pegar os do dia que eu vi, 9, e alguns do dia 10, porque alguém gravou em qualidade incrível. Foi tudo mais ou menos igual nos dois dias, pelo que eu li. Até a roupa deles, disseram.

>>


Popload UK Tour. A turnê da “NME” ao vivo, com Two Door Cinema Club, Metronomy, Tribes e Azealia Banks
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload (enquanto) em Glasgow.

* Começou na semana passada na capital escocesa a já tradicional anual turnê da “New Musical Express” de início gelado de ano, que culmina na grande premiação do semanário britânico bíblia da cultura indie desde o punk. A NME Awards Tour 2012 é uma série de shows de quatro bandas/noite que está neste momento rodando 12 cidades do Reino Unido, em 13 datas (repete Manchester). Todos os ingressos para todos os lugares estão há tempos esgotados. E a Popload esteve no O2 Academy, em Glasgow, para ver o “kick off”.

* A “NME Awards Tour” deste ano resgatou duas excelentes bandas retornando de um recesso de três meses: o headliner guitarreiro Two Door Cinema Club e o dance cool Metronomy, que esteve recente estrelando um dos Popload Gig. Completava a escalação a jovem rapper americana Azealia Banks e o grupo inglês que pensa que é grunge Tribes.

* Tirando a rapper e, vá lá, a quedinha eletrônica do Metronomy, a “NME” tentou resgatar junto ao público jovem o “poder do indie rock”, ofuscado nos últimos anos, inclusive nessas mesmas turnês da “NME”, pela praga dubstep-dancehall. Em que pese o total esgotamento de ingressos e, no caso deste de Glasgow, na alta temperatura da galera diante das atrações (você vai ver nos vídeos in-crí-veis abaixo), transformando o lugar numa certa “micareta indie”, a tarefa continua bastante difícil em tempos atuais. Nos intervalos de show, quando os falantes não estavam entretendo a galera com sons da hora tipo o onipresente Vaccines, o Arctic Monkeys etc., bastava um dubstep britânico dance-loucura ser disparado para dar impressão que no momento tinha um verdadeiro show acontecendo, mas das bandas que estavam servindo de trilha.

* Azealia Banks fez um show de rapper novo, dado o significado que isso pode ter. Numa noite de guitarras, a menina foi irregular. Mas, quando foi boa, foi boa. E, esperta, mandou uma versão hip hop de “Firestarter”, hino do grupo electropunk inglês Prodigy, para mostrar que não estava pequenininha diante de 6 mil britânicos. Na sequência veio o Tribes, de Camden Town, cheio de canções simpáticas influenciadas por ora Nirvana, ora Pavement. Não pode ser tão ruim jamais. O Metronomy foi maravilhoso, como sempre. Indie dance delícia até a última vértebra, iluminação bombando, a bola de luz no peito. Aquilo tudo. Aí o grupo irlandês TDCC, também egresso de férias, voltou à ativa e disse que não tocava havia três meses e estava voltando diante de um público naquela noite. E pareceram no auge da forma. Urgente, indie avalanche que em quase todas as músicas alternam partes líricas com guitarrinhas em alta velocidade. Tanto Metronomy quanto Two Door Cinema Club apresentaram uma ou duas músicas novas, bem boas, que na verdade não saem muito das características de ambas as bandas.

* Os vídeos abaixo (faltou do Tribes), feitos de iPhone, não ficaram ruim, não. Repare no uso das luzes, nos shows do Metronomy e do Two Door Cinema Club. E na galera.

>>


Popload UK Tour – Nada Surf e Mastodon, ao vivo. E a situação delicada dos fumantes em shows de rock (no inverno)
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Londres. Desovando “assuntos escoceses”.

* Antes, a perguntinha: estão gostando dos Miniastros aí ao lado, esquerdo, direito, em cima, embaixo?

* Numa mesma noite desta semana, enquanto estava em Glasgow, corri para lá e para cá no frio para pegar dois shows que aconteciam. Mastodon, no enorme Barrowland Ballroom, e pouco antes o Nada Surf, no reduto indie King Tut’s (onde o Oasis foi…).

Talvez a melhor banda de rock pesado hoje, vi as quatro/cinco músicas do Mastodon, de Atlanta, que nunca tinha conferido ao vivo. O lugar estava abarrotado. Acho que a capacidade do Barrowland é de 2.200 pessoas. E o show estava esgotado faz tempo. Consegui o último ingresso de um cambista na porta, algumas horas antes da apresentação. O cambista me vendeu e se mandou do lugar, por causa do frio que doía os ossos da cara.

(O inverno causa uma coisa engraçada para os fumantes de um país que faz muito frio. Geralmente a pessoa chega encapotada aos shows, por exemplo como este do Mastodon em Glasgow ou o de ontem do Black Keys de Londres ao que eu fui, que NEVOU muito do lado de fora. Como os clubes são quentes dentro, e a lotação aumenta mais a temperatura, todo mundo deixa casacos e blusas na chapelaria, para não ficar carregando a tralha toda. Só que, na hora de fumar, tem que ir ao ar livre. O cercadinho, sempre e óbvio, é do lado de foraEntão, -3 graus no caso de Glasgow, ou debaixo de neve forte no caso do Black Keys, a galera tem que sair DE CAMISETA ou pelo menos pouco agasalhado para fumar. E sai. Pensa.)

Enfim, voltando ao Mastodon. A noite teve ainda aquele Dillinger Escape Plan, que eu até curto, mas não deu para ver nem o cheiro. Me impressionou o clima de entrega do público para o Mastodon. Alta voltagem o tempo todo. Uma coisa que eu achava do Mastodon, pude ver melhor ao vivo. Vê se você concorda comigo: eles são meio místicos, né?
Devia ter vindo antes. Devia ir ao show de Londres amanhã, esgotadaço há tempos, também.

* NADA SURF – Também foi bom ver a volta do Nada Surf, banda indie americana bem grande nos anos 90 de Nova York, quando a gente ainda chamava banda indie de college por causa das rádios universitárias americanas e o underground era lugar do “rock alternativo”. A banda está com disco novo, “The Stars Are Indifferent to Astronomy”, lançado agora em novembro, e tocam em São Paulo e Curitiba em abril. Os ingressos para o show paulistano, no Cine Joia, já está vendendo no gás. A apresentação, redonda, nostálgica nessa linha “ah, o indie nos anos 90”, por parte da banda e da platéia, mesclou, claro, canções do disco novo com alguns de seus pequenos hits antigos. Veja “Weightless”, música de 2008 que esteve no show de Glasgow desta semana.

>>


A Popload, o Wilco e o Michel Teló
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Nestes últimos dois dias, dois emails digamos engraçados chegaram ao QG da Popload. Eles diziam mais ou menos o seguinte:

* Email 1
“Could you help me booking Michel Telo for a government event here in Argentina?
Let me know, thank you!”

de um produtor indie argentino.

* Email 2
“There is a rumor that Wilco will be in Brasil in March.
No truth to this rumor, and it would be good to squash it now.”

do agente da banda americana Wilco.

Espero que eu não receba emails assim do agente do Morrissey…

>>


Feliz Natal e Bom 2012, da Popload, do Popload Gig, do Cine Joia, da Beltrano Musical…
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Ho! Ho! Ho!. Galera já começa a zarpar para as festas de final de ano. A Popload vai diminuir o ritmo neste período, mas não vai parar. Então passe aqui para nos fazer companhia.
Para os que já estão indo para só voltar em 2012, é assim:

* A POPLOAD deseja a todo mundo um Feliz Natal e um 2012 bem mais bombado do que foi 2011. Aguarde novidades, mudanças, bombações, envolvimentos aqui no UOL. Muita coisa boa parece que vai acontecer por estes lados.

* O POPLOAD GIG, pelo menos na nossa opinião, foi incrível em 2011. E em 2012 não pára. Já vai começar fenomenal com o imperdível grupo indie dance americano The Rapture, no dia 25 de janeiro, no Cine Joia, e muito bem acompanhado do produtor francês Breakbot e a avalanche curitibana Drunk Disco. Aguarde mais novidades. Tem pelo menos duas edições engatilhadas e lindas. Arriscaria a dizer que são três engatilhadas. Se tudo der certo, uma delas até vai ser uma banda que você queria tanto ver no Brasil em 2011, mas não pode. Quando der, se der, se rolar, revelaremos. Ah, e a partir do Rapture 2012, o Popload Gig perde seus números. O Popload Gig 11, 12 e 13 se chamarão apenas Popload Gig. Vamos juntos em 2012.

* CINE JOIA – Acredite, já no show do Rapture, em 25/1, você vai conhecer o “NOVO” Cine Joia, haha. Se tudo que está rolando se confirmar, na nossa agenda de shows, o Joia vai ser sua segunda casa em 2012. Estamos pensando em vender escovas de dente, até.
Até porque, desde a inauguração, em 11/11/11, a gente estava em começo de namoro com a casa. Agora em 2012 o relacionamento vai estar mais sólido. <3 Outra coisa: sabe o John Zorn, né?* BELTRANO MUSICAL – Nova aliança da Popload Inc. que apareceu no final do ano e está em fases de ajustes, conhecimentos, testes. Nossos tentáculos tecnológicos vão estar maiores e mais gulosos em 2012. Onde você olhar, no ano que vem, você vai ver a Popload, o Popload Gig, o Cine Joia. E umas outras visões. 🙂

De novo. Feliz Natal e um espetacular 2012. E, lembrando, aqui a gente não para. 🙂

>>


Popload em NYC – Anna Calvi, ao vivo. E o “F*cked Up” na capa da “Spin”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em NYC. Antes de mostrar a incrível Anna Calvi, a história da capa da “Spin”. O mais recente número da revista de música traz, óbvio, o balanço de 2011. E bota na capa o título “One Fucked Up Year”, em maiúsculas. Para quem não conhece o gordão careca da banda canadense de punk metal Fucked Up, parece que a “Spin” botou para f*der logo na capa. Mas, na parte do “Fucked” da capa da revista, tem o código de barra, aliviando o palavrão esculpido. Dizem que existem números da “Spin” aqui no meio sem o código de barra “atrapalhando” o “Fucked”. Parece que depende da banca ou livraria ou farmácia ou supermercado ou lojinha de indiano querer bancar exibir a capa da revista em seu estabelecimento. Ainda não achei essa “Spin” liberada.
A “Spin” deu à ópera hardcore do Fucked Up, “David Comes to Life”, o título de “álbum do ano”.

* ANNA CALVI, LIVE – Dona de um dos discos do ano, uma das mulheres do ano, a inglesa Anna Calvi fez show no Brooklyn, nesta semana, no bacana Music Hall of Williamsburg.
A noite foi aberta pelo incrível show bluesy da Eleanor Friedberger, da cultuada banda Fiery Furnaces, e até onde eu sei a namorada/mulher de Alex Kapranos, do Franz Ferdinand.
Mas quando entrou a Anna Calvi, tipo possuída pelo espírito de Jack White na guitarra, a noite foi plenamente roubada. É a segunda vez que tenho a oportunidade de ver a guitarrista inglesa ao vivo, não sei o que aconteceu na primeira vez, mas esse show me impressionou. Vou dedicar mais do meu (pouco) tempo para a Anna Calvi.
Aqui embaixo, ela tocando a impressionante “I’ll Be Your Man”, que fica especialmente linda vindo de quem vem.

>>


Popload em NYC – Oh Land, ao vivo. Mais: a maldição dos elevadores de Manhattan
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Nova York.

* Antes de falar da dinamarquesa Oh Land, deixa eu dividir uma coisa bizarra que rola aqui em Manhattan. Ontem, num acidente terrível, uma executiva de publicidade foi entrar num elevador qualquer de um prédio gigante qualquer, na Madison Avenue. Com um pé da mulher dentro e antes de fechar a porta, o elevador subiu, a esmagando entre dois andares. Duas pessoas, dentro do elevador, sem poder fazer nada, viram toda a cena horrível, mais apropriada para um “American Horror Story”.
Estou lendo no “New York Times”, não no “Post”.
Daí que fizeram um balanço e descobriram o seguinte: Nova York tem 60 mil elevadores. No ano passado, teve 53 acidente com eles, três fatais. Parece que, quando os números deste ano forem fechados, o dobro disso, do número de acidentes e do de mortos, vai ser revelado. Já estão espalhando o “terror dos elevadores” pela cidade. Logo, uma refilmagem de “O Elevador Assassino”, perto de você.
Pronto. Voltemos a nossa programação musical normal.

* OH LAND, LIVE – Você pode botar a loira dinamarquesa Nanna Fabricius, 26, em várias categorias. A de cantoras mulheres (redundância cabível) que infestam a música pop. A de cantoras-gatas, na linha Lana Del Rey. A de cantora do frutífero bairro Brooklyn, para onde ela se mudou depois que um acidente na espinha resolveu abreviar sua carreira de bailarina e a botou no rumo da música. Oh Land está bombando, sua voz é mesmo boa. O Bowery Ballroom estava esgotado domingo e segunda passada para vê-la. Seu disco, que saiu no começo do ano nos EUA, foi lançado novamente, agora na Inglaterra, há duas semanas. E, aqui, você vê um pouco de Nanna cantando “Voodoo”, de seu disco de estréia.

>>


Popload em NYC: aprenda a fazer a “cara de dubstep”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em NYC.

O motivo da viagem é sigiloso (haha), mas vamos aproveitar o pulo na terra dos Strokes para captar de pertinho a nova grande onda da música mundial americana de 2011: o Skrillex (haha 2). A ponta mais reluzendo da praga dubstep-USA vai ao Brasil em abril, para o Lollapalooza, então não queremos ninguém despreparado no show do cara.

Enfim. você já viu por aqui. Tem o cabelo Skrillex, principalmente para as meninas que querem ficar lindas na movimentação dubstep. E agora tem também “A CARA SKRILLEX”, para você fazer nos shows do gênero. O bom é que não precisa fazer apenas nas músicas do Skrillex. Mas cabe direitinho.
Veja e vai treinando.

>>


Popload Gig hoje, sold-out. Popload Gig em janeiro, meio sold-out
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* POPLOAD GIG 9 – A banda norueguesa Kings of Convenience toca hoje à noite em São Paulo, no Cine Joia. Os ingressos estão esgotadíssimos. O grupo sobe ao palco às 22h. As portas da casa abrem às 20h. A pedido da banda, o bar, na hora do show, vai ser fechado. Bebida só das 20h às 22h.

Pôster do show de hoje, em concepção de Rafael Urenha

O Kings of Convenience passando o som agora à tarde, no Joia. Banda quer silêêêêêncio hoje à noite, no show. Aquele bar do meio não vai funcionar durante a apresentação. Do lado dele, eu fazendo este post, haha

* POPLOAD GIG 10 – O grupo americano The Rapture, patrimônio do dance punk nova-iorquino que há anos nos deixa muito felizes, se apresenta como atração principal do festival deste blog no dia 25 de janeiro, também no Cine Joia. Na mesma noite, toca o DJ-produtor francês Breakbot, do cast da Ed Bangers, para você ter uma idéia de como ele chega recomendado. Para abrir a noite, os curitibanos agitadores do Drunk Disco fazem avalanche sonora para deixar o clima alto para quando o Rapture assumir o palco. Os ingressos estão sendo vendidos no site do Cine Joia e em seu Facebook. Em um dia, metade das entradas já era.

Pôster do show de 25 de janeiro, em concepção do artista James Kudo (Zipper Galeria)

>>


Balanço SWU: o que deu certo e o que não rolou em 2011
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Sustentabilidade é isso: reaproveitar camiseta da edição passada

>>

>> Acabou. Último post SWU até 2012 _ ou não, sempre pode aparecer algum vídeo bizarro aqui e ali. Mas passado o cansaço e depois que a lama (das botas) secou, sobram as listas, os vídeos, as fotos, os elogios, as críticas… O festival SWU entra na categoria “haters gonna hate”, como todo festival de música. Nunca um line-up vai agradar 60 mil pessoas simultaneamente, o deste ano estava esquizofrênico, mas é tentando que se chega lá. Não vamos entrar no mérito sustentabilidade ou criticar a alienação do público em relação à causa ambiental, porque por mais que a proposta seja válida, ainda não é o motivo principal que nos faz ir até Paulínia com previsão de trovoadas. Principalmente quando ela é imposta, como uma “publicidade”.

É difícil dizer se a segunda edição do festival foi melhor que a primeira. Foram bem diferentes. Visualmente, o SWU de Itu era mais “friendly”, tinha mais cara de festival no campo. O deste ano, parecia um festival dentro da Cidade Universitária. Por outro lado, o festival deste ano pareceu mais organizado (*ver listinha abaixo) e a ideia dos palcos um de frente pro outro é MUITO melhor que a do ano passado, onde os palcos ficavam colados, tinha a área VIP estúpida na frente deles e o público não tinha como se locomover. Para nós da Popload (ou para quem acompanha o blog) faltaram bandas mais atuais, que estão despontando, mas que já têm músicas suficientes para serem incluídas em festivais como esse. O palco New Stage é sempre o melhor lugar para apresentar o que há de novo, como o nome diz, mas falta dar a ele um line-up mais… ousado. De repente, para outras edições, um palco “médio” poderia ser a alternativa entre o palco New Stage (para bandas novas-novas tipo Lana Del Rey hehe) e o palco gigantesco das atrações principais. Neste palco médio caberiam ASH, BRMC e Sonic Youth, por exemplo, bandas grandes para um palco pequeno (e sem telão!), mas que se perdem em um palco gigante e com público disperso.

Enfim, com os principais shows sendo transmitidos ao vivo na TV (o palco New Stage tinha transmissão online) e twitter funcionando como caixa de comentários real-time, não dá nem para dizer que você “não estava lá”.

Para a Popload, este foi o balanço SWU, abaixo.

Certamente deixamos passar muita coisa, mas você também pode contribuir com esta lista nos comentários. O que deu certo? O que fracassou? Quais foram as melhores apresentações? E as piores?

A maior varanda VIP do mundo?>> ROLOU:

* Para quem ficou em casa, a cobertura-guerrilha do Multishow chegou quase a ser melhor que o festival em si. E não sei se isso deve ficar na parte do WIN ou do Fail.
* A área VIP finalmente saiu da cara do palco e da frente dos fãs e foi para a lateral. Provavelmente a maior área VIP do mundo, eu acho, mas pelo menos não atrapalhou ninguém (foto acima).
* A divisão por gêneros funcinonou bem, evitando o “cadê o rock?”, que perseguiu o Rock In Rio durante os 32 dias de festival (*rs).
* A “segregração de estilos” também dividiu o público e quase não houve brigas ou bandas sendo expulsas com vaias. Pelo menos fora do palco (já dentro dele…). E olha que na segunda-feira rolou o Testosterona Stage, mas o público só tinha CARA de mal.
* Tyler the Creator/Odd Future talvez não tenha feito um show excepcional. Porque eles não fazem mesmo shows excepcionais. Mas, ter no evento um nome da “nova geração” ainda em ascensão, faz diferença. Antes Tyler hoje que amanhã.
* Chris Cornell conseguindo segurar umas 40 mil pessoas só no violãozinho.
* O show foi cancelado, mas Modest Mouse está em SP até amanhã. Soltinhos. Com instrumentos. Galera envolvida com casa de shows, manifeste-se.
* Praça de alimentação Veggie: aprovada!
* Não havia muitas filas para banheiro e bebida. Já a praça de alimentação estava sempre lotada, mas o atendimento foi tranqüilo.
* Pelas camisetas do público, o Iron Maiden precisaria de um festival só pra ele. Foi (quer dizer, sempre é) a camiseta oficial do SWU-metal. lml
* Courtney Love doidona, bagaceira, sem voz, fazendo um karaokê de Hole intercalado com stand-up-tragicomedy. Foi divertido, vai. Quando teve música, foi bem bom.
* A cena “simbólica” das guitarras e baixo do Sonic Youth no palco, no final do show, no final da banda (?), depois de “Teen Age Riot”. Pode acabar agora, Sonic Youth.
* Mike Patton vestido de Zé Pilintra, com terreiro no palco, CORAL DE CRIANCINHAS, cantando cafonamente em português e com discurso pré e pós show. Se com tudo isso ele não levou garrafinha pet na cabeça, temos um novo Bono.
* Finalmente a camiseta P*RRA C*R*LHO, sendo vendida por 80 reais na barraca de merchan oficial do SWU, fez sentido.


Popload Na Moda. No último dia só deram elas: camisa xadrez e camiseta metaaaaal.

>> NÃO-ROLOU

* Falta de sinalização (e de funcionário capacitado a dar informação) para os estacionamentos na chegada do festival
* A discotecagem estufa-lingüiça do Black Eyed Peas. Que papagaiada foi aquela? Parecia festa de formatura de colegial. Em salão de prédio.
* Se você reclama do “excesso de músicas cover” da dupla Miranda Kassin & André Frastechi, também tem que reclamar dos três ‘covers’ que a Courtney fez e do Michael Jackson versão Vila Madalena do Chris Cornell (ele ainda cortou um cover do Beatles e outro do John Lennon que estavam no setlist original). A “regra” vale para todo mundo. Mas, no fim, who cares.
* O show sem-banquinho e (só) com violão do Chris Cornell… Bonito e tal, mas para um festival ficou bizarro. O Cornell mesmo disse isso no show.
* BRMC tocando de dia, no palco principal. Não há jaqueta de couro e óculos escuros que sustentem o look. O mesmo vale para o ASH, que praticamente abriu o palco New Stage na segunda-feira.
* Modest Mouse contratar uma empresa particular, ficar sem instrumentos e não tocar. Mico do ano. Se é que foi isso mesmo.
* Crystal Castles também com problemas com equipamento, começou com uma Alice Glass se mataaando e se descabelando de tanto gritar. Pena que a gente não ouvia a voz dela.
* A gang do celular: até quando?
* Falta de indicação para os palcos, para a lista dos shows e dos horários. Quem não era jornalista e tinha acesso à sala de imprensa, não sabia quem tocava onde. O público do Chris Cornell, que esperava no palco do Duran Duran, teve que sair correndo quando percebeu que estava do lado errado.
* Isso dificultou ainda mais a vida dos “iniciados” que tentaram conhecer bandas novas no palco New Stage. Teve gente que a-do-rou o Is Tropical, mas era !!!. E que viu Miyavi achando que estava vendo Crystal Castles, cantando em japonês. Não, não tinha nem telão para facilitar.
* Meninas de salto alto (muito alto) na lama: até quando?
* Peter Gabriel x Roger. Roger x Chris Cornell. Roger no Twitter. Peter Gabriel ligando para o Roger. E todo mundo dando bola para isso.
* O show do Peter Gabrielzzzzz.
* Camisetas oficiais do evento por 80 reais?
* Água sendo VEN-DI-DA (5 reais) aos fãs espremidos e com sede, colados na grade.
* Sustentabilidade também depende de lixeiras em pontos estratégicos. Era difícil encontrar uma.
* Não tem como fugir da lama em festival desse porte. Mas dá para tentar evitar esse perrengue nos estacionamentos. Enfrentar carro atolado depois de doze horas tomando chuva é penitência, não diversão.

* Em 2012 estaremos de novo em Paulínia.

* Equipe POPLOAD no SWU: Alisson Guimarães (base), Ana Carolina (Bean) Monteiro, Fernando Scoczynski Filho, Lúcio Ribeiro (textos, Paulínia) e Fabricio Vianna (foto, Paulínia)

>>