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Uma nova “Black Hole Sun”, do Soundgarden, 20 anos depois
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Lúcio Ribeiro

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* Uma das estrelas do nosso Lollapalooza recente, a banda grunge Soundgarden, de Seattle, botou para a galera mundial ouvir hoje uma demo da histórica “Black Hole Sun”, música de um dos principais disco do grupo, “Superunknown”, 20 anos de idade. A versão especial, nunca antes divulgada, foi parar no Soundcloud hoje e estará cintilante na reedição comemorativa do clássico disco da banda de Chris Cornell (foto acima), a ser lançado em junho, em duas edições diferentes, ambas de luxo. Essas reedições vão trazer até uma “Black Hole Sun” tirada de ensaio da banda.

Neste sábado próximo, no badalado Record Store Day, o Soundgarden promove o lançamento especial de uma caixa com os cinco singles que saíram do “Superunknown”, em vinil de 10 polegadas. Cada disquinho tem quatro músicas. “Black Hole Sun”, evidentemente, é um deles. O lado B tem “Jesus Christ Pose (Live)”, “”Beyond The Wheel (Live)” e “Fell On Black Days (Live)”. Nice.

Ouça então a demo simples e espartana de “Black Hole Sun”.

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O grunge não morreu, apenas envelheceu: Soundgarden nostálgico no Texas
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Lúcio Ribeiro

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Atração Lollapalooza no domingo, 6 de abril, 18h55, a veterana banda norte-americana Soundgarden é uma das atrações de peso do festival que será uma espécie de Fórmula Indie (sorry) no Autódromo de Interlagos. Liderado pelo vocalista Chris Cornell, o Soundgarden é um dos grupos que comemoram em 2014 as duas décadas do especial ano de 1994, talvez a última e mais efervescente temporada de discos ótimos no pop.

O Soundgarden colaborou com a magia que envolve 1994 com o lançamento de “Superunknown”. A obra é tão importante na discografia da turma de Seattle que em 3 de junho próximo vai ganhar uma reedição remasterizada e de luxo. Fora isso, a banda anunciou que deve fazer alguns shows tocando o álbum todo na íntegra.

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O primeiro show destes não-se-sabe-quantos serão rolou em Austin, semana passada, dentro do South by Southwest, óbvio. Curti a resenha do jornalista Michael Roffman, do Consequence of Sound, falando basicamente que a banda fez uma demonstração para os mais jovens de que a excelência de uma obra de 70 minutos pode ser alcançada com uma produção redondinha e que viu um punhado de fãs grisalhos curtindo o show, mas em suas cadeiras, provando que “o grunge não morreu, apenas envelheceu”.

“Superunknown” completou exatos 20 anos no último dia 8 de março. Além dos shows no Lollapalooza, o Soundgarden tem uma turnê armada para a América do Norte ao lado do Nine Inch Nails, outra banda icônica que se apresenta no festival em Interlagos.

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Sxsw: o Twin Shadow na caçamba de lixo e o vômito-arte da Lady Gaga
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Lúcio Ribeiro

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Sim! Uma Lady Gaga tatuada | foto: Jay Janner

Para o padrão do SXSW, até que a quinta-feira nem foi tão agitada. Nos destaques, apenas Soundgarden, Tyler, The Creator e Lady Gaga. E um showzinho quase que privê do Jagwar Ma com Twin Shadow. Como era de se esperar, a Lady Gaga abafou a programação musical do festival ontem. Filas e filas de Little Monsters amontoados se espremeram para ver a cantora. Se o show foi bom ou não é uma questão de gosto, mas conseguiu ser o mais comentado. Durante a música “Swine”, um hino “anti-estupro”, ela cavalgou um porco mecânico enquanto uma artista (na verdade, uma “vomit painter” e sim, eu também não sabia que isso existia) lançava golfadas de (eeeeew) vômito-tinta na Gaga. O show continuou com ela assim, “com as marcas de sujeira que representavam as marcas deixadas por um estupro”, ou mais ou menos isso:

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A própria, coberta de vômito durante o show-art-perfomance (!!) de ontem | via Stereogum

Ah, sim, temos um gif do “vômito neon”, também presente no show de ontem:

E, why not, uma outra imagem da Gaga. Desta vez, chegando na festa da Crave Online, que teve show surpresa do Odd Future e a apresentação dos brasileiros do HELLBENDERS:

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Lady Gaga já de banho tomado e uniformizada para o metal dos Hellbenders 😉

* O Twin Shadow, que fez o tal show com o Jagwar Ma (banda que é atração Popload Gig no fim do mês), também armou uma performance diferente. Inusitada, diria. Inacreditável, na verdade. O DJ e produtor, mostrando que o Sxsw é mesmo um festival de possibilidades improváveis e infinitas, tocou em uma CAÇAMBA DE LIXO. Tudo foi registrado pelo site cool Funny or Die e a galerinha que estava por perto se divertiu um bocado. Entraram no clima, cantaram, dançaram e tiraram um monte de selfies para invejar os amigos.

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* Outras cenas legais do festival, ontem:

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Chris Cornell e seu Soundgarden | foto: Jack Plunkett

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Tyler, The Creator perseguido pelos fãs após o show de ontem | via Austin Humphreys

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Uma Janelle Monae futurista | foto: Rick Kern

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Har Mar Superstar. Contém um Macaulay Culkin | Foto: Jay Janner


Ao vivo do Sxsw, hoje: Coldplay, Imagine Dragons e London Grammar
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Lúcio Ribeiro

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* O iTunes vai embarcar na onda do festival texano South by Southwest e vai realizar uma edição especial de seu iTunes Festival, evento real/virtual que acontece todo mês de outubro em Londres, com transmissões ao vivo via computador, app e Apple TV para o mundo todo.
O line up não está assim, digamos, “inacreditável”, mas tem algumas coisas para ver.

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Confira a programação, de hoje a sábado, com os horários brasileiros das transmissões:

HOJE
– Coldplay – meia-noite
– Imagine Dragons – 22h30
– London Grammar – 21h30

AMANHÃ (quarta)
– Kendrick Lamar – meia-noite
– ScHoolboy Q – 23h10
– Isaiah Rashad – 22h40

QUINTA

– Soundgarden – meia-noite
– Bandk of Skulls – 22h45
– Capital Cities – 22h

SEXTA
– PITBULL – meia-noite
– ZEDD – 22h45
– GRL – 22h

SÁBADO

– Keith Urban – meia-noite
– Willie Nelson – 22h45
– Mickey Guyton – 22h

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E agora, Lolla? Os horários: Phoenix ou Lorde? Arcade Fire ou New Order?
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Lúcio Ribeiro

* Finalmente liberaram os horários do Lollapalooza Brasil, que acontece nos dias 5 e 6 do mês que vem e é o primeiro grande festival do nosso calendário. O Lolla BR vai trazer para a gente ver a bombada Lorde, o incrível Disclosure, nossos <3 do Pixies, o nosso <3 Julian Casablancas, o show novo do Arcade Fire (foto abaixo) entre outros campeões de audiência indie. E, claro, um festival desse porte, com tantas atrações, obviamente vai nos fazer sim ver umas coisas. Mas também perder outras no mesmo horário.Tipo. O que você vai ver nos "confrontos abaixo"? Estou curioso. Em negrito, está a minha preferência nos horários que batem. Phoenix ou Lorde?
Muse ou Disclosure ou Kid Cudi?
Arcade Fire ou New Order?
Jake Bugg ou Soundgarden?
Savages ou Vampire Weekend?

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* Vamos lá aos horários gerais:
((está tudo certo com o horário do NIN, produção?))
Dia 5 de abril – sábado

Palco Skol
Vespas Mandarinas (12h20 – 13h05)
Capital Cities (14h – 15)
Julian Casablancas (16h10 – 17h10)
Phoenix (18h35 – 19h50)
Muse (21h30 – 23h)

Palco Onix
Silva (12h10 – 13h55)
Cage The Elephant (15h05 – 16h05)
Imagine Dragons (17h15 – 18h30)
NIN (19h55 – 21h25)

Palco Interlagos
Red Oblivion [Berklee] (12h45 – 13h30)
Lucas Santana (14h – 15h)
Café Tacvba (15h30 – 16h30)
PTM (17h – 18h)
Lorde (18h30 – 19h30)
Nação Zumbi (20h – 21h)
Disclosure (21h30 – 23h)

Palco Perry
Elekfantz (12h45-13h45)
Digitaria (14h15 – 15h15)
Perry/Etty Vs Joachim Garraud (15h30 – 16h30)
Flume (16h45 – 17h45)
Flux Pavilion (18h – 19h15)
Wolfgang Gartner (19h45 – 21h)
Kid Cudi (21h30 – 22h30)

KIDZAPALOOZA
Souza Lima (13h30 – 14h30)
School of Rock (15h – 16h30)
Coisinha (17h – 18h)

***

Dia 6 de abril – domingo

Palco Skol
Francisca Valenzuela (11h50 – 12h35)
Raimundos (13h30 – 14h15)
Ellie Goulding (15h25 – 16h25)
Pixies (17h35 – 18h50)
Arcade Fire (20h30 – 22h)

Palco Onix
Illya Kuryaki & Valderramas (12h40 – 13h25)
Johnny Marr (14h20 – 15h20)
Vampire Weekend (16h30 – 17h30)
Soundgarden (18h55 – 20h25)

Palco Interlagos
Apanhador Só (12h15 – 13h)
Brothers of Brazil (13h30 – 14h15)
Selvagens à Procura de Lei (14h45 – 15h30)
Savages (16h – 17h)
AFI (17h30 – 18h30)
Jake Bugg (19h – 20h)
New Order (20h30 – 22h)

Palco Perry
Ftampa (12h30 – 13h15)
GABE (13h30 – 14h30)
Cone Crew (15h – 16h)
Baauer (16h15 – 17h15)
Krewella (17h30 – 18h30)
The Bloody Beetroots (19h – 20h15)
Axwell (20h45 – 22h)

KIDZAPALOOZA
Barbatuques – Workshop (14h – 15h)
Barbatuques – Show (16h – 17h)

Não custa lembrar, outro pecado do Lollapalooza, na parte das Lolla Parties, é botar no mesmo dia, em locais diferentes, os shows solo de Jake Bugg (Cine Joia, Liberdade) e Disclosure (Gran Metropole, Centro). Ambas atrações britânicas bacanas tocam no mesmo 5 de abril, sábado, primeiro dia do festival em si, lááá em Interlagos. Se bem que as duas casas até que são perto uma da outra. Vai que…

Bom, sem chorar. Festival grande é assim mesmo.

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Especial Popload: 1994, o último grande ano da música?
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Lúcio Ribeiro

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* A discussão está na capa da Ilustrada, da Folha de São Paulo, desta segunda-feira. Fui convidado a escrever sobre a efeméride que lembra o famoso ano de 1994 na música, 20 anos este ano, época de estreia em disco de bandas iniciantes que virariam gigantes logo, de importantes lançamentos de discos de nomes já conhecidos mas que neste bendito ano se consagraram de vez, de um estabelecimento de novas e variadas cenas e principalmente e por tudo isso de novos pensamentos comerciais para a música jovem. Claro, tudo em decorrência do que o Nirvana fez três anos antes, ao demolir conceitos com a revolução grunge blablablablá.

O legal de 1994, uma era imediatamente pré-internet, importante frisar, é que nesse exato ano, também como efeito de 1991, surgiram significantes frutos até no Brasil, num zeitgeist sonoro que levou ao mainstream (que mainstream?) de repente bandicas de reggae de Minas Gerais, como o Skank, pequenos agitadores revolucionários locais de Recife, como Chico Science & Nação Zumbi, ou desbocados trazendo ao rolê hardcore elementos como o forró numa cidade como Brasília.

Na carona da capa da Ilustrada, a Popload vai lembrar durante alguns posts importantes lançamentos de 1994, lá fora e aqui dentro, e trará para a discussão uma galera que participou dessa cena, de um jeito ou de outro. Como o texto da Folha foi bem editado por causa da limitação de espaço para caber no jornal, como sempre acontece, a gente bota por aqui a íntegra da reportagem de abertura e dos papos todos com os convidados. O assunto é extenso. E começa assim:

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O primeiro disco do Oasis, o álbum de estréia do Beck, Chico Science surgindo com a mistura de maracatu com psicodelia em Recife e Raimundos inovando ao mesclar forró com rock pesado em Brasília. Prodigy começando a levar a música eletrônica para as massas, Green Day e Offspring revitalizando o grito punk em nível planetário e Skank passando de bandinha indie de reggae de Belo Horizonte para bandaça pop de sucesso nacional vendendo mais de 1 milhão de discos.

Se o Nirvana e a revolução grunge de Seattle mudou a música jovem em 1991 com a famosa quebradeira de parâmetros sonoros, foi em 1994, 20 anos este ano, que os frutos dessa profunda mudança de hábitos musicais tanto na feitura dessa música quanto em sua comercialização apareceram no exterior e no Brasil, aprisionados em 12 iluminados meses de novas concepções artísticas ligadas à música independente, que passava inclusive no Brasil a não ser mais tão independente e de gueto assim.

Enquanto a morte estúpida de Kurt Cobain botava uma nuvem negra sobre o rock na época e Beck gritava em música que era um desgraçado e evidenciava o deboche da “Geração Loser”, aqui no Brasil o Planet Hemp ensaiava a polêmica do hino “Legalize Já”, respaldado pela molecada que crescia com a consolidada MTV, os Racionais MC’s juntava em coletânea suas pequenas pérolas rap para falar para mais gente sobre as desventuras da periferia e dos presídios em letra, Marisa Monte produzia seu próprio disco, o melhor até então (era seu terceiro) e entrava direto no número 1 dos mais vendidos no país, em época de animação pela estabilidade econômica com a chegada do Plano Real, mas ao mesmo tempo com a pátria ainda em luto pela morte do piloto Ayrton Senna.

Com tudo o que aconteceu aqui dentro e lá fora, seja no frescor das novas ideias ou na reciclagem de velhos estilos em novos momentos, pela movimentação de megagravadoras atrás do novo, a afirmação da MTV como canal musical e até uma situação sócio-econômico diferente,
1994 foi o atestado de que o mundo tinha outro hábitos musicais. E numa era pré-Internet.

“As idéias eram frescas, a música também e a hora era propícia”, diz o guitarrista Lucio Maia, da Nação Zumbi, que em 1994 lançou com o cantor Chico Science o importante “Da Lama ao Caos”, álbum de estréia que fez o movimento de contracultura de Recife, o manguebeat, ser conhecido em todo o país.
“Só tivemos contato com a cena nacional dos anos 90 quando fomos a SP para um show no Aeroanta em junho de 93. Até então não tínhamos tido sequer ciência da existência de uma cena no país. Meses depois, já com contrato assinado com a Sony Music, conhecemos bandas como Raimundos, Little Quail, Skank, Planet Hemp. Acho que foi uma ‘consciência coletiva’ de época de que a música no Brasil precisava mudar, essa que floresceu em 1994.”

Para Samuel Rosa, do Skank, que em 1994 lançou o disco “Calango” e fez três músicas próprias e um cover de Roberto e Erasmo virarem hits nacionais depois de dois álbuns conhecidos apenas em Minas Gerais, se tanto, 1994 foi mesmo um ano bem representativo para a geração musical da qual sua banda fez parte.
“Não acho que toda essa cena que existiu ali tenha se consolidado como um movimento específico, mas havia importantes interseções entre as manifestações musicais daquele momento. Havia mesmo um tentativa de toda aquela turma de criar uma nova identidade para a música brasileira, de se diferenciar da geração anterior (anos 80). Cada um a sua maneira”, afirmou o cantor e guitarrista.

“Essa tentativa acabou por redundar em caminhos similares, tais como o resgate de elementos musicais brasileiros, mesclados a outras informações musicais ainda com certo ineditismo no Brasil, como hardcore, o rap, o raggamufin”, disse Rosa.
“As dificuldades por nós encontradas naquela ocasião, de certa forma também acabaram por nos aproximar até mesmo mais do que propriamente os caminhos estéticos escolhidos por cada um. A lida com gravadoras, contratantes, a experiência dos tempos de independência, os festivais, a MTV e por aí vai. O que para mim, não deixa de ser um traço positivo, que criou uma certa diversidade necessária.”

Carlos Eduardo Miranda, que na época estava deixando o jornalismo musical para virar produtor de bandas, aproveitou o espírito daquele começo dos anos 90 para fundar um selo de novos talentos, o Banguela Records, junto com integrantes da já consagrada banda Titãs. Pelo Banguela, Miranda gravou o primeiro disco dos Raimundos e lançou ainda, entre outros, o Mundo Livre S/A, outro expoente a sair do manguebeat pernambucano.
“1994 começou em 1991. De especial, o ano é o momento em que tudo o que estava acontecendo na música se cataliza”, apontou.
“Uma coisa que aconteceu foi que a gente aproveitou aquela correria atrás do novo e criou o Banguela dentro da Warner e botou os Raimundos ainda sem disco para abrir os shows dos Titãs, da turnê Titanomaquia, o álbum lançado em 1993. O boca-a-boca em torno dos Raimundos já estava forte. Aí surpreendeu todo mundo. Plateia inteira cantando as músicas dos Raimundos. A gravadora não imaginava e saiu sem entender nada o que estava acontecendo. Mas a gente entendia.”

E hoje em dia? O que 2014 pode trazer de parecido com 1994, dada a evolução, involução, revolução musical a partir da internet?
“Sempre tem coisas novas sendo formentadas. Nesse exato instante pode estar surgindo uma banda com uma idéia revolucionária e uma música poderosa. Esse material provavelmente estará disponível de graça na rede, concorrendo pela atenção das pessoas com toneladas de lixo. Um novo movimento musical pode começar e acabar em semanas e não ficamos nem sabendo”, acredita o guitarrista Lucio Maia.

O líder do Skank, olhando para trás e tentando enxergar para frente, foi mais longe.
“Vendo a música hoje, fico pensando se o caminho para as novas bandas brasileiras não seria mesmo o de acreditar que num futuro, não agora, a cultura da música no Brasil pudesse amadurecer até ao ponto em que está hoje em outro lugares. Nos EUA por exemplo, a cena independente é auto-suficiente. Não seria possível então que o circuito de shows e festivais e até mesmo do consumo de música no Brasil possam ainda num futuro próximo ganhar musculatura a ponto das bandas darem definitivamente as costas para o mainstream, assim com acontece lá? Talvez eu não tenha me dado conta de que seja nessa premissa que estão acreditando essas novas bandas brasileiras. Tomara”, falou Samuel Rosa.

“Bandas como o Arcade Fire, ou ainda uma mais indie como o The Shins, por exemplo, enchem o Madison Square Garden, tocam nos principais festivais do mundo e estão longe de querer disputar espaço com o que vende milhões nos EUA.
Pensando dessa maneira, começo a acreditar que podemos sim ter uma cena relevante no Brasil mas com contornos totalmente diferentes do que tivemos em 94 ou nos anos 80. Um tipo de fenômeno de públicos mais específicos, que acaba sendo uma característica de mercados mais amadurecidos e dessa nova ordem, muito diferente daquela de outros tempos.

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Lolla Brasil revelado: Arcade Fire e Coisinha estão na lista
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Lúcio Ribeiro

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* Era o que a gente já sabia há algum tempo. Arcade Fire, Nine Inch Nails, Soundgarden e Muse comandam a próxima edição do Lollapalooza Brasil, megafestival sob nova direção (Time for Fun), com um dia a menos em relação ao ano passado e que acontece nos dias 5 e 6 de abril no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

O anúncio oficial das atrações foi feito nesta noite no programa dominical “Fantástico”, da TV Globo, e logo na sequência teve o line-up colocado no site oficial do festival.

Chile e Argentina, outros lugares que recebem o famoso evento de Perry Farrell no mesmo período, já tinham liberado a escalação há uma semana. Como o festival vem à América do Sul montado pela matriz de Chicago, dificilmente haveria mudanças consideráveis entre as praças. Tirando o “caso Chili Peppers vs. Muse” e as atrações locais.

Heróis indies do passado, como Pixies, ou mais atuais, como Phoenix, vêm aí. Se o “Fantástico” eclipsou com entrevista a vinda do histórico porém hoje caricato New Order, a novíssima geração estará representada pelos teens Jake Bugg e Lorde. Nosso amigo Julian Casablancas, dos Strokes, se apresentará no Lolla.

Os cantores Lucas Santtana e Silva (que tocou no Popload Festival), mais as bandas Nação Zumbi e Raimundos, puxam o time brasileiro presente no Lolla BR 2014. Confira a escalação completa, gringos e tupis, do Lollapalooza Brasil do ano que vem.

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Muse
Arcade Fire
Soundgarden
Nine Inch Nails
Imagine Dragons
Pixies
Phoenix
Vampire Weekend
New Order
Axwell
Julian Casablancas
Ellie Goulding
Jake Bugg
Kid Cudi
Johnny Marr
Lorde
Nação Zumbi
The Bloody Beetroots
Capital Cities
Raimundos
Cage the Elephant
AFI
Savages
Cone Crew Diretoria
Wolfgang Gartner
Flux Pavilion
Portugal. The Man
Baauer
Krewella
Café Tacvba
Lucas Santtana
Flume
Illya Kuryaki and the Valderramas
Silva
Vespas Mandarinas
Elekfantz
Francisca Valenzuela
Selvagens à Procura de Lei
Gabe
Apanhador Só
Digitaria
Brothers of Brazil
Ftampa
Barbatuques
Coisinha
Red Oblivion

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Xi. Lolla Chile deixa vazar lista de bandas em site oficial. E tem a Lorde!
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Lúcio Ribeiro

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Zicou o anúncio do line up do Lollapalooza Chile. Haha. Por um erro de sistema, o site oficial deixou links abertos com aquela que será a lista das bandas que estarão no evento, a maioria delas reverberada por aqui, tipo o Phoenix hoje pela manhã, o Red Hot Chili Peppers só lá, o Arcade Fire e ainda Savages, Vampire Weekend, Pixies, NIN, Soundgarden, Jake Bugg, New Order e até o Johnny Marr, veja só, que a Popload falou uns seis meses atrás.

Uma das grandes surpresas da lista é a a nova cantora sensação LORDE.

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* Como falamos hoje pela manhã, a diferença substancial do Chile para o Brasil é RCHP lá e não aqui. E Muse aqui e não lá. A lista será (seria) divulgada de forma oficial na próxima segunda-feira, 4 de novembro.


Jake Bugg está no Lolla BR 2014. NIN, Muse e Pixies também
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Lúcio Ribeiro

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* There we go, Bugg!

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* Mais alguns nomes são jogados como certos para a edição 2014 do Lollapalooza Brasil, vaporizados desde o Chile. Juntam se aos já “confirmados” Soundgarden e Arcade Fire, falados aqui ontem. E tudo já mastigado por nós nos últimos meses, mas agora com cara de “lista final”: Nine Inch Nails, Muse, Pixies e o menino-prodígio inglies Jake Bugg.

O Lollapalooza, você sabe, não que a gente goste vai ser realizado no Autódromo de Interlagos, em dois dias do começo de abril do ano que vem. A organização incentiva a ir de trem. Don’t sleep til Brooklyn.

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Chile dá Soundgarden e Arcade Fire como principais do Lollapalooza lá e cá
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Lúcio Ribeiro

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* O jornal chileno “La Tercera”, de Santiago, informou em sua edição de ontem duas coisas: que a banda grunge Soundgarden e os canadenses do Arcade Fire são mesmos as atrações principais do Lollapalooza 2014, que acontecem em março/abril no Chile, Argentina e Brasil. E que o grupo Depeche Mode, que havia acordado tocar no festival, saiu do lineup porque preferiu fazer sua própria turnê solo. O “La Tercera”, com as coisas do Chile, não costuma falhar.

O Depeche Mode, que está acertado com a empresa de shows Time for Fun para tocar no Brasil desde o começo do ano, era cogitado como headliner do Lolla BR 2014. A banda chegou a acertar a participação no festival. Mas mudou de idéia e quer vir com turnê própria no segundo semestre do ano que vem. O histórico de “treta” entre o Depeche Mode e o Brasil continua.

O Soundgarden, abaixo, armada de Seattle liderada por Chris Cornell, aparentemente aparece como tampão. O que pode significar que Arctic Monkeys e Daft Punk não vão vir. Vamos acompanhar.

O line-up final do Lollapalooza Brasil deve ser conhecido até o fim da semana que vem. Já era para ter sido divulgado há alguns dias, quando Perry Farrel apareceu em São Paulo para andar de trem e oficializar Interlagos como local de show dessa Fórmula Indie. Na mesma ocasião, ia divulgar o line-up no Chile, quando sua banda Jane’s Addiction tocou em Santiago. As idas-e-vindas do Depeche Mode atrapalharam os anúncios e, parece, causaram um efeito dominó na escalação do festival.

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