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Arquivo : julho 2012

Direto dos anos 90. Telescopes, Gallon Drunk e (quase o) Swervedriver tocam em São Paulo em outubro
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Lúcio Ribeiro

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* Ali na Londres da virada dos 80 para 90, quando do outro lado do Atlântico o Nirvana e a turma do grunge armavam a última grande revolução do rock, a cena britânica pulsava bonita, forte e esticando tendências para tudo quanto é lado. Na parte indie mesmo, grupos como James, Ned’s Atomic Dustbin, Charlatans, Wonder Stuff, Spacemen 3/Spiritualized, Ride e outros faziam sacudir cabeças e cinturas, enchiam as tendinhas do Reading Festival de uma molecada violenta, faziam todo mundo usar suas várias camisetas, começavam a botar som mais “duro” nas pistas. Até que Seattle foi descoberta (por um inglês…) e, mesmo no Reino Unido, a avalanche sonora americana deu uma obscurecida nesse “momento inglês”.

Mas, ainda assim, três grandes pequenas bandas em particular, de um certo britpop bem antes de o britpop existir, integravam a cena de modo bastante atuante. E elas, mais de 20 anos depois, estão vindo tocar em São Paulo agora em outubro. Na Zona Norte SP. Trazida por uma molecada anos 2000.

A produtora Rockers, que quer operar na música independente trazendo bandas de fora e levando bandas para fora, que tem estúdio de ensaios e gravações e boas intenções socias ligadas à música, realiza dias 30 e 31 de outubro o Rockers Noise Festival. Os grupos ingleses Telescopes (foto), Gallon Drunk e a banda de Adam Franklin (ex-Swervedriver, que toca canções de sua antiga formação). A banda russa Motorama integra a programação do evento, que ocupará o Santana Hall (casa com capacidade para 4.000 pessoas na ZN de São Paulo) e um outro local para 800 pessoas, ainda a ser divulgado.

As bandas brasileiras The Concept, Set the Settings e Twin Pines completam o Rockers Noise.

Shoegaze original, noise da época do noise, slowcore anos 60 e pós-punk. Meus amigos dos anos 90 não vão acreditar nessa escalação.
Vamos acompanhar o Rockers.


Meio dark, meio new rave. A nova do Crystal Castles
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Lúcio Ribeiro

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Duo punk-dance-loucura, o Crystal Castles soltou a primeira amostra sonora para seu próximo álbum, ainda sem nome/data, mas que deve ser lançado no final do ano. “Plague”, o novo som, é bem lo-fi, um pouco diferente da batida mais intensa do duo canadense, mas tem a louquinha Alice Glass se matando nos vocais.

A faixa tem sido apresentada pelo Crystal Castles em seus shows recentes. Ao vivo tem mais peso. A versão de estúdio tem algo de new rave. Mas é um pouco dark também, achei. Ouve aí.


Aqui e ali: o que rolou de bom na TV americana ontem, estrelando The XX e Beach House
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Lúcio Ribeiro

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Os talk shows da TV nos Estados Unidos sempre nos brindam com ótimas performances da galerinha do indie. Ontem, por exemplo, duas ótimas bandas fizeram apresentações incríveis por lá.

O cultuado The xx esteve no programa do Conan e tocou seu novo single, a suave “Angels”, música abre alas do próximo álbum do grupo, “Coexist”, que será lançado em 11 de setembro.

Já o duo de dream-pop Beach House apareceu no programa de Jimmy Fallon e, na TV, mandou a hipnotizante “Wild”. Para a versão web do programa, disponibilizaram “Wishes”. As duas fazem parte do bem bom álbum “Bloom”.


Dirty Beaches, bitches
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Lúcio Ribeiro

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* Faz uns dez dias, em Chicago, o site Pitchfork realizou seu festival sempre bacanérrimo, num parque no meio da cidade, bem menor que o do Lollapalooza. Neste ano as atrações foram A$AP Rocky, Grimes, Feist, Hot Chip e pencas de outros. No meio delas, tocou o Dirty Beaches.

Acho Dirty Beaches muito F*da. O cara faz um dos shows mais bizarros do rock. Porque você tem o rock orgânico, o rock de computador e o Dirty Beaches. Ele é diferente. E não porque ele é chinês.

Ok, chinês do Brooklyn. Criado no Canadá. Faz som para ser visto, ser composto por imagens, linha cinematic, tipo Lana del Rey, só que bem mais imundo. Vi um show dele numa galeria do Brooklyn, no ano passado, e foi um desastre completo. Porque o show dele ou dá muito certo ou dá muito errado.
Mas, no meio do desastre, deu para “coar” uma sinceridade sonora incrível neste Jon Spencer misturado ao XX.

Enfim. Daí que a Pitchfork TV está botando no ar um monte de vídeo do festival da marca indie americana. E um deles é o Dirty Beaches tocando “A Hundred Highways”. E deu vontade de botar o vídeo aqui na Popload, para dividi-lo com você.

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Radiohead Metal Farofa
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Lúcio Ribeiro

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Uma das bandas mais (assumidamente) farofas dos últimos anos, o The Darkness voltará com disco novo na praça. “Hot Cakes” será lançado dia 20 de agosto, seis anos após “One Way Ticket To Hell And Back”.

Entre as faixas estará “Street Spirit (Fade Out)”, som clássico do Radiohead, sucesso no início de carreira da banda, lançada no The Bends, em 1995.

O Darkness sempre mandou uma versão metal farofa dela ao vivo, mas de acordo com o vocalista Justin Hawkins, já era hora da banda lançar uma versão definitiva deles, em estúdio.

O som ficou bem bom. Certamente o Justin acha a música boa, mas que faltava “culhão” para ela. Bem que o Massacration podia fazer uma versão bem peculiar para “Fake Plastic Trees”, né?

A versão do Darkness para o Radiohead. Ouve, Thom.

* O Darkness é uma das atrações de abertura da turnê de estádios na Europa da Lady Gaga. O tracklist de “Hot Cakes” é este.
‘Every Inch Of You’
‘Nothing’s Gonna Stop Us’
‘With A Woman’
‘Keep Me Hangin’ On’
‘Living Every Day Blind’
‘Everybody Having A Good Time’
‘She Just A Girl Eddie’
‘Forbidden Love’
‘Concrete’
‘Street Spirit (Fade Out)’
‘Love Is Not The Answer’


Lana Del Rey, na voz grossa de… Boy George!
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Lúcio Ribeiro

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* Olha quem também entrou nessa de fazer cover da bombada cantora americana Lana Del Rey: o figuraça britânico Boy George, um dos cantores mais excêntricos do planeta desde os anos 80, incluindo o período em que foi varredor de ruas ou esteve na prisão por ter sequestrado e mantido acorrentado o namorado norueguês.

A versão, para a famosa “Video Games” é cheia dos arranjinhos diferentes, de slides rasgados e da voz firme de George, mesmo em alguns momentos em que ele devia dar uma pigarreada para aliviar a garganta, haha. Bonita.

Pelo que eu entendi, o vídeo é uma história de amor nas ruas de Londres. E vai ter continuação.

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The XX, ontem em Los Angeles (em HD, ainda por cima)
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Lúcio Ribeiro

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* A banda inglesa cult The XX iniciou ontem em Los Angeles, California, sua vasta turnê americana, que tem umas janelas para shows na Europa e retoma os EUA até o final de outubro. O delicado grupo slowcore indie eletrônico shhhhhh se apresentou no Fonda Theater, em Hollywood, com show esgotadíssimo havia tempos. O grupo toca amanhã em Seattle e na sequência em Toronto (sexta), com entradas que não existem mais.
O XX lança seu esperaaaaaado segundo álbum em setembro. “Coexist” segue a linha de canções tão etéreas e soturnas quanto sexies. O setlist do show de ontem você vê abaixo:

01 “Angels”
02 “Islands”
03 “Heart Skipped A Beat”
04 “Fiction”
05 “Basic Space”
06 “Infinity”
07 “VCR”
08 “Crystalised”
09 “Fantasy”
10 “Shelter”
11 “Reunion”
12 “Sunset”
13 “Night Time”
14 “Intro”
15 “Tides”
16 “Stars”

* As duas fotos deste post são de Andrew Youssef, publicadas no site americano Stereogum.

** Veja três vídeos do show do XX de ontem em Hollywood, incluindo o single “Angels”.

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Take Meowt Tonight – Morrissey com o gato na cabeça
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Lúcio Ribeiro

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* O grupo ativista PETA, defensor dos animais e que tem mais de 2 milhões de seguidores no mundo todo, transformou um cartaz famoso das últimas turnês do músico inglês Morrissey, em uma peça publicitária.
A foto é uma das séries em que o ex-Smiths aparece com gatos, em especial uma em que Morrissey está com um bichano na cabeça. Gênio.

A campanha do PETA visa conscientizar as pessoas a castrarem seus animais domésticos, evitar ninhadas desnecessárias e brecar a superpopulação de bichos abandonados. Eis o cartaz.

Daí que, meio palhaçada e meio útil para a campanha “pegar”, o semanário inglês “New Music Express” incentivou a galera twitteira a fazer correlações de gatos e a obra musical de Morrissey, através do #morrisseycat. E lá no Twitter o negócio bombou. E saiu coisas do tipo “How Soon Is Meow”, “Catful Of Hollow” e, atenção, “Take Meowt Tonight”.

Poim!

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Dave Grohl, Violet e os Beatles latindo
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Lúcio Ribeiro

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* Mais do mesmo, mas sempre vale a menção.

O iTunes americano lança hoje a coletânea “Tomorrow Never Knows”, um “iTunes-LP” que junta 14 faixas bem roqueiras dos Beatles, com guitarras rangendo e que teriam sido influência de gerações de rock stars desde os anos 60, tal e coisa.

O álbum virtual, que larga com “Revolution”, ganhou uma carta-acompanhamento de um dos roqueiros mais famosos de hoje, o nosso amigo Dave Grohl, que entre outros feitos sentou na bateria do Nirvana e hoje é guitarrista no mighty Foo Fighters.

Na carta, que vem com o disco do iTunes, Grohl fala por milhões de caras envolvidos em bandas, dizendo que se não fosse os Beatles ele poderia não ser um músico hoje. Conta sobre o impacto da banda em sua vida, quando moleque. E narra que recentemente botou sua filhinha Violet, 6 anos, para ver o filme de “Yellow Submarine” e o encantamento dela com as músicas. Foi a primeira incursão de Violet, 6, ao mundo dos Beatles, a caminho dos 60.

O engraçado é que Violet, como dá para sentir no testemunhal de Grohl, elegeu a música “Hey Bulldog” como sua predileta. Essa é talvez minha predileta também. E, pelo que eu entendi, a de Dave Grohl. O “iTunes” bota o vídeo incrível de “Hey Bulldog” em streaming como parte da coletânea “Tomorrow Never Knows” oferecida, por 7,99 dólares.

O ex-Nirvana termina a carta dizendo o que a gente está cansado de saber: que, através das gerações que ainda virão, os Beatles vão continuar sendo a mais importante banda da história do rock.

“Pergunte a Violet”, ele sugere.

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“Someday”, a nova música dos Strokes. Quer dizer…
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Lúcio Ribeiro

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Os Strokes tomando uma Brahma (!) em Nova York (!!) em 2001, na primeira foto de divulgação deles. O porquê de estarmos voltando no tempo?

Enquanto não lança seu aguardado quinto álbum de estúdio, o último pela RCA Records, os Strokes voltam a ser notícia por causa de uma música “nova”. Apareceu na internet a versão alternativa de “Someday”, um dos clássicos da banda, com letra e batidinha diferente.

A versão foi gravada em uma session para a rádio WFMU, no programa “The Cherry Blossom Clinic”, apresentado pela Terre T (existe até hoje ainda, aos sábados à tarde, e é incrível) sediada na região de New Jersey, em dezembro de 2000, cerca de seis meses antes de “Is This It” ser lançado. Na página de arquivo da rádio, dá para ouvir o programa inteiro, incluindo a session com a banda, que além de “Someday”, mandou outros futuros clássicos como “NYC Cops”, “Modern Age” e “Last Nite”.

Ouça abaixo a versão alternativa de “Someday”, com parte da letra diferente, parte da guitarra em levada diferente. Foi ao ar em 21/12/2001, num especial de natal. O programa inteiro, com a session dos Strokes mais Sonic Youth, of Montreal e Weezer no embalo, pode ser ouvido aqui. Legal é a descrição da apresentadora para a session: “The slamming and luscious STROKES came down for a hot set …I’m still rocking it ! If u dug this set pick up their 3 song EP!”.

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