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Sexta-feira! Ainda estou rindo com a piada infame do gato gago que abre o OMDT. =) Foram tantos assuntos relevantes e irrelevantes (os melhores) na semana, que não dá para destacar um só, mas digamos que a Lady Gaga e o Obama foram os mais comentados. Também falou-se muito do Darty Vegan/Darwin/Darth Veiga da Nana, do Palmeiras, do jornal de papel, do Enem e do Barcos. A couve-flor da Geise a gente ignorou, ok?

*imagens do Tumblr Cats in Costumes

@Anica Adotar pra vida: mimimi é coisa de gato gago

@JornalOGlobo Gato é cadastrado no Bolsa Família. http://migre.me/bBdla 

@brogiatto Diz que é fã dos Beatles mais atravessa fora da faixa

@janessacamargo Só finjo que gosto de praia quando to apaixonada

@ambaggio Bom dia pra voce que dormiu com a tv ligada e acordou no meio da madrugada com o exorcismo de Emily Rose

‏@GabrieLouback “Não negue dinheiro. um dia ele pode negar você.” – provérbio do meu pai, aplicável a freelas.

‏@neozeitgeist “Fashion Rio começa sem desfile da virgem de SC”. OLIAM, eu nao sei vcs, mas to achando que tudo ta alucinógeno demais hoje

@bobagento Melhor embalagem de chuveiro ou melhor embalagem de chuveiro?http://instagr.am/p/Rqry3wtB7w/ 

‏@chicobarney Vejam o que o Google sugere quando você busca por Vera Fischer. Se fosse eu, processava pic.twitter.com/ejzfYQ0j

@diplo I fart for a long time when I walk slow thru first class on my way to economy

@razev Cotas para produções nacionais = chegar em casa uma da manhã e ver Xuxa e os Duendes 2 (!) passando no Warner.

‏@gutof Hoje com certeza valeu a pena ver o ídolos porque uma menina morreu ao vivo (ou desmaiou)

‏@chicobarney Gosto do jeito como alinne moraes virou a maior atriz do brasil nesses últimos 14 minutos

@Tiririca2222 Sabe como que faz pra conservar comida no supermercado abestado? é so por uma foto do Serra na embalagem porque nunca vence kkkkkkkkk

@subversiva São Paulo tá tão boa pra se viver que toda vez que vejo um lugar isolado pela fita amarela acho que é chacina, mas é só cimento fresco.

@Pi4noBl4ck Essa matéria sobre dinossauros com penas no Fantástico me deixa uma certeza: Spielberg, quero meu dinheiro de volta.

@_fransuel  EXPRESSOES Q DEVIAM VOLTAR EM 2013: CE TA CARECA DE SABER™

‏@zanelowe One is hip hop. One is rock. One is dance. And one is Queens Of The Stone Age, ‘Songs For The Deaf’.

@msantoro1978 Melhor manchete do dia: “Nana Gouvêa confunde Darwin com Darth Vader em entrevista.” Imaginem o contexto.

‏@FernandoDante “EU FLUTUANDO JUNTO COM O DARTH VEGAN” – Nana Gouvea

@janessacamargo DARTY VEIGAN (darth vader na linguagem nana gouveia) hahahahah

@michiprovensi Sky water , Dart Vegas Nana nenem.

‏@jsebba A Nana Gouvea faz mais sentido que as letras da Tulipa Ruiz

@brunopommer Raça Negra é o novo smiths?

@Sharpen36 Difícil defender o jornal em papel qdo a manchete é «Disputa mostra EUA divididos» no dia seguinte

‏@athosampaio Daqueles dias em que a manchete do seu jornal de papel é praticamente de anteontem.

‏@jose_simao A cédula americana é mais dificil q a prova do Enem!

@biagranja I love to passar por hurricanes com obama RT @jampa: A Nana Gouvea já se manifestou sobre @BarackObama?

@marcelorubens Massachusetts das universidades Harvard, Boston, UMAS, MIT legaliza a maconha. Para a Veja, ficarão agora todos aquém no mercado de trabalho

‏@tiposdehipster Hipster que não tá nem aí pra política no Brasil, mas acompanhou avidamente a eleição nos Estados Unidos.

@arnaldobranco “Nada a ver vocês comentando a eleição do Obama” Olha o cara querendo exportar alienação

@BarackObama Four more years. pic.twitter.com/bAJE6Vom

‏@mauriciostycer Tuite do @BarackObama (“Four more years”) bateu recorde mundial de RTs. A má notícia: superou um tuite do @justinbieber

‏@neozeitgeist Four more years http://bit.ly/SQVukb

@colorina Brasileiros que nao votaram na eleicao americana podem justificar até sexta-feira, nos Correios e casas lotéricas

@nananeri Pais do Quênia batizam gêmeos recém-nascidos de Obama e Romney http://goo.gl/9N7Hv 

‏@KarlaS “Família acampada para Lady Gaga diz que foi ameaçada por outros fãs no RJ” #VanzoNews

@aperteoalt Pro ENEM a pessoa chega atrasada e se desespera. Pro show da Lady Gaga, acampa três dias antes.

‏@scarybi3bs Passou no jornal agora o fã da Gaga falando “nenhum artista internacional lota 100% aqui” ai o repórter “justin bieber lotou o engenhão”

‏@luscaspfvr Imagina lady gaga na favela com vestido de carne, eles iam jogar ela numa churrasqueira, ouvir um pagode e beber uma cervejinha pra comemora

‏@Benji_Monster #LadyGagaNoFantástico Does this mean Lady Gaga ISN’T fantastic or something? :O

@leandrojmp Vem com ingresso. RT @jnflesch CD de Lady Gaga vendido a R$ 1,99 nas lojas Americanas: http://on.fb.me/SQUXPd

@VEJA Até quadro de Romero Britto vende mais do que Lady Gaga http://goo.gl/vhshG 

@danielsavio “Da sacada do hotel onde está hospedada, Lady Gaga joga saco de biscoitos de polvilho para fãs no Rio de Janeiro” HAHAHA

@porranyle Depois de tentar de tudo a lady gaga vem com essa de tentar conquistar com comida se ela acha que vai dar certo sim vai joga mais pizza

‏@phelipecruz Morrendo com o little monster chorando ao pegar a flor da Gaga… hahaha http://fb.me/1Q09rWIiK 

‏@caioo  Zeraram os little monsters. http://glo.bo/TxBn8W

@BartBarbosa Parece que ia rolar um Queremos pra fazer um show da Lady Gaga no mezanino do Teatro Odisseia, mas não venderam cotas suficientes

‏@diboua Será que vão transferir o show da Lady Gaga pro Cine Jóia?http://bit.ly/TFnUy7 

@MSavarese Vou torcer um pouco pra Alemanha na Copa. Joga futebol brasileiro melhor que o Brasil.

@_fransuel GUSTAVO NERY ENTRA NO FLU E ACERTA UM TOTAL DE ZERO CRUZAMENTOS

‏@Blaffert A @nanagouvea já tirou fotos no palestra Itália?

@screamyell Nana Gouvea compra passagem às pressas para São Paulo: “Quero acompanhar a próxima rodada do Brasileirão” #tragedias

‏@jose_simao Duas coisas eu não queria ser agora em São Paulo: jogador do Palmeiras e policial!

@anarina Mudando meu nome no Facebook para Ana Carolina Guarani Caiowá Palmeiras

‏@l3on4rdoluis O barcos eh desendente de pirata mesmo?

‏@Tonkiel Barcos, que em espanhol quer dizer marcos

@clau_toledo Ontem fui num jantar INCRIVEL, perguntei pro menino que cozinhou onde ele aprendeu a receita da sobremesa “hj de manha na ana maria braga”

‏@EricDSnider I prepared a quiz for you: Female Character in a James Bond Movie, or Drag Queen We Made Up? http://bit.ly/SQVbG2

‏@HeloRighetto Who Said It? Donald Trump Or A James Bond Villain? (Quiz) http://huff.to/YIOkBb 

@manubarem Hoje eu vi o Nasi no bar e ele só é o wolverine caso precise de um tiozao atendente de padaria que faça cosplay

‏@michiprovensi Que bom que nu é a sua especialidade. RT  @jotaerreduran: Fucking LanChile que perdeu todas as malas da produção!

‏@tiodino Triste. O MSN vai acabar. O único lugar em que eu tinha algum status.

@nananeri Tão acabada que acaba de chegar um convite pra ser figurante em Walking Dead

‏@l3on4rdoluis Oi é daqui que falou o kempe????? é daqui que falou o kempe dilson????? kem pedil sua opiniao???

‏@silvioluiz SE O SEU FILHO VAI PARA NOVA YORK E Ñ TE PERGUNTA SE QUER ALGUMA COISA, DEIXA ELE SOFRER COM O FRIO

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* Um dos grandes shows deste novembro paulistano agitado, a banda americana Dirty Projectors, do Brooklyn, que também toca no Rio, lançou um EP novo nesta semana o EP “About to Die”, que na verdade é um single de uma das músicas mais lindas do álbum “Swing Lo Magellan” acrescido de umas músicas novas, a maioria sobra do que ficou de fora do disco. A banda, numa escala menor, está experimentando no indie americano uma popularidade algo surpreendente e “não muito digerida” para uma formação independente cabeça, tipo o Grizzly Bear. Já marcaram um show para 11 de janeiro no famoso Carnegie Hall, para dar uma ideia.

O Dirty Projectors toca no Cine Joia no dia 30 de novembro. A banda se apresenta antes, no dia anterior, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, foi confirmado que o show de abertura vai ser do grupo paulistano Holger, que lança oficialmente em breve um disco novo, o bom “Ilhabela”, indie-tropical com produção musical de Alex Pasternack, da banda americana Lemonade e cheio de participações especiais na feitura e nas músicas.

Os ingressos para o show do Joia estão vendendo bem. E o pôster, abaixo, ficou classe. Confira o cartaz do show e, depois, o show inteiro que a banda fez em Paris, agora em outubro, para você ter uma ideia do que vai ver aqui em SP.

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* Tirem as crianças da sala.

A insinuante atriz pornô Stoya e a transloucada Amanda Palmer. Vai vendo…

O bamba Wayne Coyne retribuiu a gentileza e resolveu dar sua colaboração para o novo vídeo da louquinha Amanda Palmer, que dois meses atrás apareceu peladaça no recorte visual para “The First Time Ever I Saw Your Face”, clássico folk 50’s entoado pelo Flaming Lips.

Coyne assina junto com a própria Amanda a direção de “Do It With A Rockstar”, novo, polêmico e NSFW vídeo da ex-vocalista do Dresden Dolls, faixa ótima do “Theatre Is Evil”, o disco que foi bancado pelos fãs da cantora, que meses atrás pediu doações para alcançar 300 mil dólares e acabou arrecadando mais de 1,2 milhão para gravá-lo. Ela trabalhou o álbum junto com a The Grand Theft Orchestra.

O vídeo, que tem quase 7 minutos de duração, começa com um grupo de drag queens e hipsters comentando sobre a cantora. No fim das contas, todos vão para um muquifo onde rola a Amanda Palmer e sua banda se matando no palco, enquanto o público “se pega” em um clima todo bacanal. Nada tropical.

A Amanda encontra seu amor passageiro de show de rock e protagoniza cenas picantes com direito a beijos e takes de nudez ao lado da atriz pornô Stoya. O fim gênio do vídeo mostra todo mundo de ressaca. E, o melhor de tudo, é que a música, enfim, é bem boa.

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* Mister Jarvis Cocker, do Pulp, ícone dândi do britpop e que dá as caras aqui em São Paulo para show no final deste mês, atacou de diretor de vídeo e veio com este bonito “Night Before Mutiny”, música da cantora, pianista e tocadora de harpa Serafina Steer, uma das musas indie-clássico da Inglaterra de uns dois anos para cá. A moça, que tem voz impressionante de linda, é uma espécie de Joanna Newsom inglesa. Música para os mais sensíveis e refinados, haha.

Cocker convidou para o vídeo duas atletas inglesas olímpicas para um balé aquático triste e sincronizado para dançar suave enquanto Serafina canta seus lamentos e faz cortes na alma com sua impiedosa harpa. O líder do Pulp também é o produtor do novo disco da cantora, “The Moths Are Real”, que sai dia 14 de janeiro e já está sendo considerado como um dos grandes lançamentos do início do ano novo. “Niht Before Mutiny” é o primeiro single do álbum, a ser vendido a partir da próxima segunda-feira. Na mesma segunda, em Londres, Serafina Steer faz um show com ingressos esgotados no Seabright Arms, um pub velho que virou novo lugar de shows independentes faz alguns poucos anos e tem um hambúrguer maravilhoso.

Enfim, o Jarvis Cocker no nado sincronizado você vê aqui, agora, na linda cantoria da especialíssima Serafina Steer.

Night Swim With Jarvis Cocker on Nowness.com.

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Um dos caras mais inquietos e “cabeças” da música, Trent Reznor volta a ser notícia. O inconfundível líder do importante Nine Inch Nails, nome forte na relação música/indústria do download, coloca no mercado na próxima semana (dia 13) o EP “An Omen”, do seu projeto How to Destroy Angels.

O disco terá seis músicas que provavelmente farão parte do álbum de estreia, previsto para ser lançado no início do ano que vem. Reznor, que tem se destacado cada vez mais com seus trabalhos voltados para trilhas sonoras – ganhou um Oscar e o Globo de Ouro com “A Rede Social” –, liberou o EP para audição na íntegra.

Mas o que chamou a atenção mesmo em relação ao unstoppable Trent foi uma entrevista para a “Rolling Stone” americana. O cantor e produtor informou que uma volta do Nine Inch Nails, em hiato há quase 5 anos, está em pauta. “Todos os sinais apontam para sim (retorno). Sim, haverá novas músicas. Há alguma coisa sendo trabalhada”, informou. Momentos depois, ele falou inclusive sobre a banda voltar a tocar ao vivo. “Se tudo sair bem é uma possibilidade. Eu nunca disse que não iria acontecer, apenas que não poderia continuar como antes. Após alguns anos fazendo outras coisas estou satisfeito e me divertindo”.

Para variar, depois da entrevista começaram fortes boatos de que o Nine Inch Nails vai ser atração do Coachella Festival 2013, em abril, na Califórnia.

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* Ah, a internet… Na linha “line-up fake” de festivais e outras paródias-homenagens que circulam na rede, pintou a Lana Del Rey versão Hell, bem diferente da Paradise, que ela lança na semana que vem. Para quem encana tanto com as dúvidas sobre ela ter feito “modificações na cara” para alcançar o “sucesso”, podemos dizer que ela ganhou novas “interferências faciais”. OK, eu paro.

Detalhe. A foto foi postada pela própria Lana Del Rey no Twitter dela.

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* Na música na qual estamos envolvidos, eu e você, tem o indie, o indie do indie, o indie do indie-indie. E tem o Babe, Terror. Composição sinistra de barulhos variados, loops, indie dance escrota (no bom sentido), nova-velha música eletrônica, trilha de filme de terror, reverbs, tudo junto, mashup de sambinha com narração de noticiário, formando uma sonoridade incrivelmente autoral, própria, se você gostar de sonoridades malucas.
Para resumir, imagina uns zumbis de “Walking Dead” se escondendo nas catacumbas de um clube de Berlin e de repente encontram umas picapes e tentam tocar, com mãos e mexendo em todos os botões ao mesmo tempo. Sairia, talvez, um som tipo o que o Babe, Terror faz.
Estou viajando?

Adorado em certa camada da cena de Londres, produzido numa certa casa de Perdizes, SP o Babe, Terror lançou um vídeo novo hoje. A música se chama “Lifantastic I”. Está no recém-lançado (agosto/setembro) disco doido “knights”, da gravadora Phantasy, do Erol Alkan, um dos mais famosos DJs e produtores do circuito rock-eletrônico inglês.

É um vídeo cujo tema é “coreografia”. Mas num modo muito particular de ser. Coreografia na viagem do Babe, Terror. No texto que eu li sobre o vídeo, ele é feito para você, “dude or dudette”, que adora dança mas não exatamente gosta de dançar. “Lifantastic I”, segundo o relato, foi feito por uma dupla de filmmakers de Nova York que no circuito underground é considerada uma das mais brilhantes do planeta. Babe, Terror não é fraco.

Toma isto, então.

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* Num ano em que a Popload botou seus olhos próprios e/ou emprestados nos principais festivais de música do ano, só faltavam dois. O incrível Iceland Airwaves Festival, da especialíssima Islândia, terra de duendes e da Bjork, que não deixa de ser uma duende. E o Coachella no navio, que vai rolar em dezembro em algum lugar do mar das Bahamas. Isso é um outro assunto.
O que pega aqui é que o parceiro Lúcio Caramori, nome lindo sobrenome nem tanto, colega de Lucioland e tals, se mandou para a Terra do Gelo para absorver toda essa experiência ímpar de shows bizarros e indies e pop do festival islandês. E conta com propriedade, aqui na Popload, um pouco do que aconteceu por lá. O que ele viu, ouviu, comeu, bebeu. Relatório cool direto de Reykjavik. Só não ligue para o jeitão do Caramori de se expressar: ele é publicitário… Haha.

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por Lúcio Caramori

Durante a primeira semana de novembro em Reykjavik, Islândia, é impossível escapar de duas coisas: (1) do vento que sopra em um dos países mais bizarros por sua formação, o povo, sua geologia, sua geografia; e (2) da música que toca no país por todos os lados através de seu grande festival, talvez o maior festival pequeno do mundo (depois do Popload Gig, claro).
O Airwaves Festival, que aconteceu semana passada, de 31 de outubro até o último domingo, 4, teve neste ano a sua 14ª e mais fria edição da história.

Na verdade mesmo, o Airwaves é um festival de bandas islandesas com atrações internacionais, não o contrário. Não que isso seja ruim, porque as bandas do país são tradicionalmente boas e atraem muitos estrangeiros para a cidade. Neste ano, 75% dos visitantes eram de fora da Islândia e os ingressos se esgotaram bem antes do festival começar, prenunciando a edição mais bombada da história, segundo se comentou por aqui.

O circuito oficial do Airwaves acontece em diversos bares, boates e casas de show da cidade, com atrações a partir das 19h. Você ganha uma pulseirinha no começo do festival para ter acesso aos shows nesses lugares. Mas uma gigantesca programação não-oficial, chamada off-venue, garante festa por toda a cidade mesmo para quem não comprou o ingresso. A bagunça começava logo às 9h da manhã, com o imperdível (se você conseguir acordar) Rock and Bacon, em um dos cafés da cidade.

A banda francesa Cercueil se apresentando na rua, durante o Airwaves Festival. Foto de Sebastien Dehesdin

Aliás, na programação extra, a gente podia assistir as bandas em restaurantes, livrarias, estações de ônibus e onde tiver espaço para colocar umas caixas de som e alguns instrumentos. A maioria dos grupos, principalmente os da cidade, acabam tocando mais de uma vez durante os cinco dias do festival. E esse é o fator mais bacana do Airwaves: o contato com as bandas. Você vê uma banda pela primeira vez na quinta-feira, assiste um show off-venue deles na sexta e no sábado é bem capaz de estar tomando uma cerveja com os integrantes em algum bar da cidade. Afinal, Reykjavik não é tão grande assim.

Musicalmente, o Airwaves é um festival de novos nomes da musica indie. Das 200 atrações do evento, eu conhecia umas cinco. É um festival para experimentar e tomar contato com o novo, não para assistir medalhões. Só que pode ser uma boa chance de ver artistas antes que eles despontem para o “estrelato”. The Shins, TV on the Radio e Florence and The Machine são alguns nomes que passaram pelo Airwaves antes de serem “grandes”.

As bandas islandesas, claro, são uma atração a parte por tocarem “em casa”. O Of Monsters and Men, que se apresentam ano que vem no Lollapalooza Brasil, mostraram que são, hoje, o principal nome da cena islandesa. Um show no Harpa, um dos maiores lugares para apresentações da cidade, e outro no Marina Hotel, ambos lotados e concorridíssimos, revelaram isso. FM Belfast e Retro Stefson, com seu pop eletrônico, transformaram em festa os lugares nos quais tocaram. Olafur Arnalds, Low Roar e GusGus, apesar de eu ter perdido, foram imperdíveis, me disseram. As meninas do Samaris, com sua mistura de James Blake com Björk, foram uma das minhas gratas surpresas no festival.

Galera no show do Barr Brothers no festival de Reykjavik. Foto de Sebastien Dehesdin

Já o time de fora sofreu algumas baixas importantes durante a semana. Django Django e Poliça cancelaram seus shows. Coube ao The Vaccines, Dirty Projectors e Daughter representarem os gringos, sendo que os dois últimos fizeram os shows mais elogiados da semana. Entre as descobertas, os canadenses do Half Moon Run atraíram recém-adquiridos fãs (eu, inclusive) nas suas apresentações pela cidade com um som radioheadiano.

Depois de cinco dias de música non-stop, incontáveis pylsurs pela cidade e muita caminhadas no frio congelante, amparado por doses de Brennivin, chegava a hora de assistir o show de encerramento, no domingo, com a banda Sigur Rós. E isso merece um capítulo a parte.

** O CONCERTO DO SIGUR RÓS – No meu vôo de ida para a Islândia, um senhor ao meu lado me perguntou o que eu iria fazer lá. “Assistir a um festival de rock”, respondi. Ele me pediu desculpas e emendou que um dia eu ia conhecer e gostar de música de verdade: música clássica. Ele não conhece o Sigur Rós. Acho que a palavra inglesa “concert” para designar show de música tenha, finalmente, feito sentido para mim.
O que foi visto lá não tinha nada a ver com o presenciado nos cinco dias anteriores. E, ao mesmo tempo, só faz sentido depois de cinco dias pela Islândia, terra natal da banda. Um concerto do Sigur Rós, com seu lirismo e seu apelo sensorial, é algo completamente diferente de um show de rock. É denso, cansativo (cansaço agravado por cinco dias de festa, uma hora de atraso para começar e duas horas de apresentação) e catártico.

Mas a musica do grupo é uma perfeita representação do que é esse país desconhecido. Os longuíssimos momentos instrumentais e de vocal do cantor Jonsi Birgisson são uma tradução musical das paisagens lunares e intermináveis que estão pelo interior da Islândia. As explosões de sons no meio de algumas canções são como assistir as erupções do impronunciável vulcão Eyjafjallajökull.

Pianos e xilofones tocados com tanta sensibilidade são como um retrato das belas islandesas. Desde 2001 o grupo não se apresentava em um Airwaves e a emoção dos islandeses de os assistirem novamente em um grande show era perceptível nos rostos e no silêncio durante as músicas. E para nós, estrangeiros, foi mais do que o fechamento de um festival de rock. Foi um inesquecível resumo do que é a Islândia.

Público da banda “local” Of Monsters and Men, que toca em São Paulo em 2013. Foto de Sebastien Dehesdin

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Vídeos do Airwaves

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A Popload antecipa suas sinceras desculpas por voltar a falar da atual banda mais interessante do mundo (diz que não?) pela segunda vez neste espaço só hoje.

Junto com o início da mini-tour sold out pela América do Norte, o Tame Impala acaba de soltar seu novo vídeo. Ou sua nova viagem visual, melhor dizendo. “Feels Like We Only Go Backwards”, a música mais Beatles-psicodélico da psicodélica banda australiana ganhou um recorte visual que não diz nada, mas diz tudo ao mesmo tempo.

Uma das faixas incríveis do “Lonerism”, ela cairia bem como ao menos uma b-side do “Rubber Soul” dos garotos de Liverpool. O vídeo animado tem direção de Joe Pelling e Becky Sloan.

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* Mas tem sua beleza e juventude. Todas as caras e cores de Lana del Rey estão em “Bel Air”, música que fecha o EP “Paradise” e que foi lançada em vídeo esfumaçante hoje. A canção é etérea, bonitona, embalada por piano. “Paradise” é o EP dentro do disco que montam a reedição luxo de “Born to Die”, o álbum, tudo junto lançados na semana que vem. É o “disco de Natal” da Lana Del Rey.

Na transcrição do vídeo de “Bel Air”, Lana botou uns “recados”. Chamou o vídeo de Bel Air Art Noveau, colocou a frase “I lost my reputation, i forgot my truth. But I have my beauty and I have my youth” e disse que tem um filme chamado “Tropico” vindo aí no ano que vem.

Oh, Lana!

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