Blog POPLOAD

Arquivo : maio 2013

Um “salve” para o Kurt Cobain. Popload na casa onde viveu (e morreu) o líder do Nirvana
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Seattle.

* Estava ali, ontem, passando pelo lago Washington quando lembrei de um caminho que fiz há alguns anos, tipo 2009, quando vim a Seattle e fiz a Nirvanapalooza, a “tour” pelos lugares mais marcantes da história do Nirvana na cidade. Publiquei essa tour aqui no blog, mas nos tempos do iG, e fiz uma capa do “Folhateen”, quando ele era um caderno da Folha.

Uma das paradas da Nirvanapalooza era perto dali, o endereço 171 Lake Washington Boulevard E, a casa onde Kurt Cobain morava quando se matou, na estufa de sua residência. O suicídio aconteceu em abril de 1994, apenas três meses depois de o líder do Nirvana se mudar com Courtney Love e a filha para o casarão de três andares na região de Madrona e virar vizinho do dono da Starbucks e de Peter Buck, guitarrista do REM, pelo que apurei à época. Não sei se esses estão ainda por aqui.

Não resisti e, de novo, fui passar no endereço. A casa está toda cercada por árvores, parece dentro de uma floresta. Veja pelas fotos. A “greenhouse” onde o eletricista achou o corpo de Cobain foi derrubada, não tem mais.

Do lado da casa fica o Viretta Park, um parque que sobe uma colina, e vai desde a Lake Washington Boulevard até a rua de cima. O parque é em parte o CEMITÉRIO onde está Cobain, que foi cremado e teve parte de suas cinzas esparramadas ali pela Courtney Love.

Neste parque tem um banco perto da entrada da casa, banco solitário numa área gramada, em que, dizem, Cobain ia dar uns passeios com a filhinha, Frances Bean Cobain. O banco, de madeira, vira e mexe é assinado por gente que visita ao local e quer deixar um recado para o saudoso líder do Nirvana. Repara numa das fotos. O “Maurício” passou por ali.

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Get Lotus: Daft Punk vai aparecer na Fórmula 1
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Lúcio Ribeiro

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Pera, agora a coisa ficou séria.
Que o disco novo do Daft Punk está aí maior que Jesus Cristo a gente sabe. Todo o mote de divulgação, as notícias fakes, as notícias verdadeiras, os shows surpresas que não acontecem, o single em sua versão “full” que foi lançado vinte vezes, todas elas alarme falso.

Mas agora o Daft Punk jogou pesado. Domingo, quando você ver o Galvão narrando a etapa de Mônaco da F1, verá os carros da Lotus estampando a arte da capa de “Random Access Memories” e a logo do duo francês. Só falta os pilotos Kimi Raikkonen e Romain Grosjean guiarem suas máquinas com os capacetes do Daft Punk.

Sério.

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The Smiths REUNION ao vivo em Wolverhampton, 1988
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Lúcio Ribeiro

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* A Popload está um SHOW hoje, diz aê.

* Eu vou ter um apreço eterno por duas pessoas que eu conheço. Primeiro é o Álvaro Pereira Junior, jornalista famoso e tal, que foi a um show do Nirvana em 1990 (acho), em Boston (acho), e comprou uma camiseta da banda DAS MÃOS do Kurt Cobain. O cara vendeu a camiseta para ele na barraquinha de merchan. A outra pessoa, também jornalista, de moda, é a Eva Joory, que viu os Smiths ao vivo na Inglaterra, nos anos 80. Respect.

* Enfim…

Anteontem, 22 de maio, Steven Patrick Morrissey, o maior ser britânico vivo, completou 54 anos de idade. E foi justamente nesta data que a internet presenteou os fãs do eterno The Smiths. Caiu na rede a filmagem de um show dos Smiths depois que os Smiths acabaram, sacou? Se você está aí esperando por uma reunião de uma das maiores bandas britânicas de todos os tempos, isso já aconteceu em 1988 (!!!).

Em 22 de dezembro daquele ano, exatamente um ano após o fim dos Smiths, Morrissey promoveu um show que deveria ser sua estreia em carreira solo, mas pediu para seu advogado ligar para os seus ex-colegas de banda. Johnny Marr, Mike Joyce e Andy Rourke foram convidados para tocar com Morrissey em um show na cidade de Wolverhampton. Só que Marr, claro, não apareceu. Joyce, Rourke e Craig Gannon, que foi guitarrista contratado dos Smiths, fizeram o show ao lado do cantor. Na época, para assistir a apresentação bastava ir vestido com uma camiseta da banda ou do próprio Morrissey. Pensa que histórico.

A apresentação durou cerca de 40 minutos com faixas novas da carreira solo de Morrissey na época e algumas dos Smiths, de 1987.

Setlist
1. Stop Me If You Think You’ve Heard This One Before
2. Disappointed
3. Interesting Drug
4. Suedehead
5. The Last of the Famous International Playboys
6. Sister I’m a Poet
7. Death at One’s Elbow
8. Sweet and Tender Hooligan

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Queens of the Stone Age ao vivo em Los Angeles, ontem
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Lúcio Ribeiro

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Na noite de ontem, o insano Queens of the Stone Age fez um show especial no teatro Wiltern, em Los Angeles. Josh Homme & Co. tocaram a íntegra do novo disco, “…Like Clockwork”, que será lançado oficialmente no próximo dia 3, mas já está ao nosso alcance tem um tempinho.

Outras faixas clássicas da exitosa carreira do grupo norte-americano completaram o setlist. O show teve transmissão ao vivo durante a madrugada de hoje e Josh chegou a dar um puxãozinho de orelha no público, que tava meio caído. Como assim, LA? Até o Alex Turner estava in-da-house.


James Blake ao vivo em Washington, 2013
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Lúcio Ribeiro

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Nome ímpar do pós-dubstep misturado com um eletrônico bem sensível, o cantor, pianista e produtor James Blake realizou recentemente um show no famoso clubinho 9:30, em Washington, não muito longe daqui.

A apresentação de uma hora e meia foi registrada ao vivo pela rede de rádios americana NPR. Blake está na estrada divulgando seu mais recente disco, “Overgrown”, espécie de indie-dub-ópera para se ouvir em silêncio.

Hoje, Blake está em Barcelona. Ele é uma das atrações do bombado Primavera Sound, em show que terá transmissão ao vivo pela internet mais tarde.

O show de Washington, realizado no último dia 12, pode ser conferido abaixo, na íntegra.

Tags : James Blake


Quando você conversa sobre música, você diz essas coisas?
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Seattle. Well, whatever, nevermind.

Me deparei hoje com um muito divertido (e bem sério, haha) manifesto sobre gosto musical no site indie Pigeons and Planes. Gosto musical e seu jeito de expor seu pensamento em conversas, nas redes sociais, aquelas coisas que a gente VÊ DIARIAMENTE em qualquer lugar do planeta. Chama “Dez coisas escrotas que hipsters dizem sobre música”. A introdução é muito boa, então vou cop… republicar na íntegra a parada dos Pigeons and Planes. Com uma “tradução livre” e intervenções, hehe. Tem um final genial meu, para completar. Haha.

Bom, o que eu quero perguntar mesmo é se você conhece “alguém” que fala essas coisas.

A intro: “Somos fãs de música. Superfãs de música. Obsessivos, nerds. Queremos nada mais que sentar em frente de nossos computadores e, de preferência sem a interrupção de outros seres humanos, ouvir muita música, o dia inteiro. Nós provavelmentes somos também esnobes. Nós ouvimos tanta música, pensamos tanto sobre música que a gente não consegue evitar em ter fortes opiniões. Do tipo odiar o Justin Bieber, ter vergonha do David Guetta ou ainda contar aos nossos amigos sobre essa brilhante banda nova que a gente acabou de descobrir, sempre tendo como ponto de vista a importância da música. Para o hipster é diferente. Música é apenas uma arma na constante guerra com a sociedade para parecer cool”.

1. “Na verdade eles não são tão bons assim ao vivo”
Essa tem dois propósitos. Acabar com sua opinião e ao mesmo tempo mostrar quão intensa é experiência musical do hipster, porque afinal ele já viu ao vivo essa banda que você se entusiasmou com o disco.

2. “Eu gostava deles, uns dois anos atrás”

“Eu gostava deles antes do Pitchfork falar” é também uma opção.

3. “Eu gosto mais do remix do [inserir o nome do produtor desconhecido]”
…Insistir que você gosta da versão remix do produtor que ninguém nunca ouviu falar é apenas um outro jeito de tentar manter seu refinado gosto musical isolado do resto do mundo.

4. “Você já ouviu os projetos paralelos dos caras dessa banda?”
Se acontecer de você gostar do mesmo artista ou banda de um hipster, ele rapidamente vai encontrar outro jeito de se diferenciar de você.

5. “A música que eles escolheram para single é a pior do álbum”
Basicamente o single é a música mais popular e que a banda acha que você pode gostar mais. Isso não funciona com o hipster.

6. “Este é o disco mais importante da década”
Isso pode ser irritante ou agradável quando há um grupo de hipsters conversando e alguém menciona algum daqueles álbuns que só hipster ama. Na tentativa de se sobrepor aos outros e provar que eles realmente apreciam o quanto essencial este ou aquele disco foi, os hipsters vai ficando mais e mais exagerado sobre discos obscuros, até um deles dizer para você que um disco de acid jazz de lançamento independente vendido apenas numa loja de Wichita foi o mais importante disco da década.

7. “Minha amiga saia com o cantor”
Porque hipsters adoram se conectar com bandas e músicos. Do jeito que for, mesmo sendo através de uma “amiga”. Eles esperam você dizer o quanto uma banda é incrível e o quão incrível seria conhecer os integrantes e daí tascam a para cima a cascata “minha amiga ou meu amigo…”

8. “Deles eu só gosto das coisas de início da carreira”
Só porque um recorde foi lançado antes de a banda x ficar famosa, isso não necessariamente quer dizer que é o “melhor trabalho deles”. Na verdade, em vários casos, quando a banda ganha experiência, ajusta seu potencial, trabalha com melhores produtores e geralmente amadurece, sua música melhora. Para um hipster, entretanto, o imbatível mérito do “trabalho de início de carreira” é só para desbancar você, que não deve ter ouvido o grupo antes do “sucesso”. Ou, ainda melhor, você ouviu e nem gostou tanto assim.

9. “Parei de gostar quando começou a tocar no rádio”

Esta é frase clássica, o ápice do hipsterismo. Não funciona tanto no Brasil porque não temos (ou temos pouquíssimas) rádios que prestem. Mas ainda assim. No Brasil, na verdade, é ainda mais legal porque se alguém comentar que ouviu a tal música ser tocada na rádio 89FM, por exemplo, o hipster fala: “Eu não ouço rádio brasileira”.

10. “Eu conheci os caras da banda na infância”
Vamos supor que em um dia destes quaisquer o hipster esbarra em seu Instagram e vê que você de repente postou uma foto de uma farra no backstage dos Rolling Stones antes do show da reunião deles. Que merda é essa?, se pergunta na hora o hispter. Mas não se preocupe. O hipster irá além de você e dará um jeito de exibir conexões privadas de algum jeito e muito mais íntimas que as suas, até mesmo com outra banda, menor, afinal a intimidade dele com a música não tem nada a ver com bandas tão populares de linha “celebrity”.

PS meu: um dia desses, acho que no Instagram, peguei a conversa de dois amigos, um falando para o outro sobre uma banda obscura que ele tinha ouvido. O outro respondeu, rapidinho: “Por que você está falando deles? Eles lançaram material novo?”

CATAPLÁ!!!!!!!

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Tags : hipster


Popload em Seattle. O maior festival de folk do mundo, o mais bonito festival indie do mundo e a Emma Watson
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Lúcio Ribeiro

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The city where punk broke.

* Coachella? Lollapalooza Chicago? Bah! Amanhã começa o Sasquatch Festival, no desfiladeiro do rio Columbia. Quatro dias, 127 bandas, visual doido e, você não sabe, aqui no estado de Washington foi legalizado o uso recreativo da…

* Você acha que o Brooklyn, NYC, é folk, mas neste final de semana prolongado nos EUA (feriado do Memorial Day na segunda), enquanto os indies da cidade vão para o Sasquatch, acontece no Seattle Center o gigantesco 42º Annual Northwest Folklife Festival, que mostra o estilo de vida folk não só na música como na relação com a natureza, com a cidade, com a humanidade, com os peixes. É sério. 250 mil pessoas costumam circular por Seattle por causa desse festival. Tirando o grunge sujinho, mas nem tanto, tudo é folk nesse lado noroeste dos EUA. Tem festival da cerveja folk, torneio de pesca folk, o folk e os animais desamparados, as comidas folk, palestra sobre instrumentos de corda para o folk, dança folk e, claro, a música folk em apresentações. Uma das bandas mais festejadas a tocar no Northwest Folklife Festival é a SHEBEAR, banda indie(folk) que lembra mais o Passion Pit que o Fleet Foxes, por exemplo. Ó:

* Acontece ainda em Seattle o International Film Festival, com quase um mês de duração e que acaba em 9 de junho com o já famoso filme novo da Sofia Coppola, “The Bing Ring”, com a Emma Watson do Harry Potter no papel de líder de um grupo de meninas que vasculham redes sociais para saber onde estão as celebridades exibidas para depois roubar a casa delas. Você sabe o que se quer dizer com “galera exibida das redes sociais”, né? Um caminhão de filmes novos e “especiais” estão sendo exibidos no SIFF. Por exemplo, o piloto de duas horas de “Twin Peaks”, a série do David Lynch dos anos 90 que mudou a história da televisão. Fora do festival, estreia amanhã na cidade o tal famoso filme sobre o guitarrista trágico Jeff Buckley, “Greetings from Tim Buckley”. O filme mostra romantizados os dias antes da apresentação de Jeff em um concerto-tributo ao pai, também músico, que aconteceu em 1991. Vou tentar ver esse, se der.

* Atração do Sasquatch, que começa amanhã, a banda indie cool de Nova York (Brooklyn, onde mais?) Caveman, tipo Grizzly Bear, lançou nesta semana o vídeo para a bela música nova “In the City”. A música está no balaladinho segundo disco deles, que leva o nome da banda. O vídeo é meio crazyshit, mas bem estrelado, pela atriz Julia Stiles e pelo Fran Kranz, que trabalhou em “Donnie Darko”, entre outros. Vale a olhada. E principalmente a ouvida.

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Tudo OK com o Primal Scream como se hoje fosse 1991
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Lúcio Ribeiro

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A veterana banda escocesa é das preferidas deste espaço, não é novidade para ninguém. Tanto que a turma do Bobby Gillespie tem o nome marcado na história do Popload Gig, festival tentáculo deste blog, depois do show especial do “Screamadelica”, “só” um dos discos mais importantes de todos os tempos.

E é seguindo a linha “disco importante” que o Primal Scream segue no gás. A banda recém lançou seu décimo álbum de estúdio, “More Light”, diria que quase tão psicodélico quando o “Screamadelica”. No mínimo, está entre os melhores do ano até agora.

Um dos singles desse novo registro da banda que mistura rock e eletrônica com maestria é “It’s Alright, It’s OK”, faixa que tem bombado nas rádios britânicas. Nesta semana, a banda concedeu uma entrevista e fez uma versão especial da música em uma session para o big jornal inglês Guardian.

Ficou mais ou menos assim.

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