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Eminem diz não ser homofóbico, mas está se achando o Deus do Rap
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Lúcio Ribeiro

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O problemático e talentoso Eminem tem dado o que falar graças ao lançamento de seu novo álbum “The Marshall Mathers LP 2”, que saiu neste mês e foi parar direto na 1ª posição da Billboard. Uma das faixas mais polêmicas do disco, o single “Rap God”, ganhou um vídeo estranho e cheio de referências.

Com direção assinada por Rich Lee, o vídeo foi filmado na terra natal do rapper, Detroit. A letra inclui trechos polêmicos que, para alguns, possuem conteúdo homofóbico, tipo em “Little gay looking boy / So gay I can barely say it / With a straight face looking boy / You witnessing a massacre”. Em entrevistas, o rapper disse que nunca direcionou suas músicas aos homossexuais.

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A faixa tem duração de 6 minutos e mostra um Eminem com a língua afiada, dizendo “começar a se sentir um Deus do Rap” e que “lidera uma nova escola cheia de alunos”.

Polêmica ou não, “Rap God” garantiu a Eminem um recorde que só os Beatles até então conseguiram alcançar. Em certo momento do mês passado, o single estava em 7º lugar no concorrido Hot 100 da Billboard. Além dela, outras três canções do rapper estavam no Top 20, feito que apenas a banda de Liverpool havia conseguido há 50 anos.

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Eminem fake, Eminem gênio, Eminem com a Rihanna. Só deu ele…
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Lúcio Ribeiro

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Os últimos dias foram bem loucos para o rapper treta Eminem. Ele, que lança oficialmente amanhã seu novo esforço sonoro, “The Marshall Mathers LP 2”, botou a cara na mídia no sábado e domingo e as reações foram tipo uma montanha russa. Do inferno ao céu, mais fácil dizer.

No sábado, o rapper fez sua sexta aparição na carreira no bombado e tradicional Saturday Night Live. Por lá, mostrou duas canções novas, as roqueiras “Berzerk” e Call of Duty. Mas um fato chamou a atenção: ficou a impressão, entre muita gente, que Eminem dublou (e mal) as duas canções, especialmente “Berzek”. A sincronia de lábios em cima das batidas que tinham até o grande produtor Rick Rubin como DJ não foi das mais legais. A apresentação foi bem criticada nas redes sociais. Veja abaixo e tire suas próprias conclusões.

* Já na noite de ontem, talvez numa tentativa de se esquivar (?) da polêmica, Eminem mandou super ao vivo (pa-re-ce) a faixa “Rap God”, que inclui um trecho em que o rapper fala 100 palavras em 15 segundos. A apresentação foi no YouTube Music Awards. Mole?

* Enquanto isso, começou a tocar outra faixa desse “TMMLP2”, candidata a virar praga radiofônica. Trata-se de “The Monster”, som que conta com participação da polêmica cantora pop Rihanna.

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O rap é o novo rock. Ouça as novas do Eminem e do Criolo
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Lúcio Ribeiro

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Yo!

O rap é o novo rock, sempre digo isso. E dois expoentes do gênero, lá fora e aqui, estão com material novo. O treta Eminem tem brincado de roqueiro em suas novas faixas que vão aparecer em “The Marshall Mathers LP 2”, seu novo disco que sai em 5 de novembro. O rapper do Missouri chegou agora com um som mais de “vanguarda”, digamos. É o novo single “Rap God”, em que Eminem canta: “I’m beginning to feel like a Rap God / All my people from the front to the back nod”. Não sei muito bem o que o Kanye West vai achar disso…

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Já aqui por nossas bandas, o sempre-língua-afiada Criolo, adorado pelos indies, soltou duas novas músicas que precedem o lançamento do aguardado álbum sucessor de “Nó na Orelha”, de 2011, que deve sair só ano que vem. O rapper soltou de forma gratuita as faixas “Cóccix-ência” e “Duas de Cinco”, esta última com destaque aqui na Popload, com sample de “Califórnia Azul”, do cantor e compositor Rodrigo Campos.


O rock do Eminem, em vídeo
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Lúcio Ribeiro

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* Neste dia de vídeos doidos, curti bem esse do Eminem. Saiu o lado visual de “Berzerk”, single novo do hoje veterano rapper branquelo de Detroit, que sampleia na música o “rockão” histórico “The Stroke”, do Billy Squier, e Beastie Boys, tanto no visual do vídeo como trechos de músicas tipo “(You Gotta) Fight for Your Right (To Party!)”. O Kid Rock aparece. O Kendrick Lamar também. E o produtor barbudão tipo ZZ Top, o fera Rick Rubin, tipo contracena com o Eminem. Rubin, famosão entre os roqueiros, começou produzindo discos de hip hop. Entre seu 1 milhão de trabalhos, assinou o histórico “Licensed to Ill”, dos Beastie Boys.

O vídeo de “Berzerk” teve sua première no intervalo de um jogo de futebol americano no Michigan, sábado passado. Foi liberado para geral hoje. E é muito bom, com todas suas referências e o boombox gigante e tudo mais.

“Berzerk” vai estar em “The Marshall Mathers LP 2”, novo disco do Eminem, que sai em novembro.

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Guess who’s back, back again… Eminem na área
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Lúcio Ribeiro

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* Yo!

Uma das principais atrações dos festivais de Reading e Leeds no final deste mês, o rapper casca grossa Eminem está, aos poucos, dando as caras. Um dos principais nomes do rap na virada do século, o norte-americano soltou uma nova música. “Survival” aparece como trilha do game “Call Of Duty: Ghosts” e mostra um Eminem bem agressivo em cima de riffs pesados, acompanhado pela cantora Skylar Grey.

Eminem não lança disco novo desde “Recovery”, de 2010, mas ensaia sua volta ao mercado. Além dos shows em Reading e Ledds, o rapper tem apresentações huge marcadas para o tradicional Slane Castle (Irlanda), Stade de France (Paris) e ainda datas nas cidades de Glasgow e no festival holandês Pukkelpop (hoje). Na maioria desses shows, ele será acompanhado por uma turma responsa que tem o Kendrick Lamar, o Earl Sweatshirt e o Tyler the Creator.

A expectativa é que o rapper ainda lance um novo álbum neste ano.


Coachella: parte 2, dia 3 (o último) – A bagunça do Hives. A nova música do Gotye virou hino, mesmo. O mundo será dominado pelos hologramas: o Tupac visto de perto dá medo
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Lúcio Ribeiro

* Popload em Indio, Califórnia. Acabou o Coachella total, finais de semana um e dois. Agora só em 2013. Acabou a insolação também. Quero uma temporada de inverno, agora. E acabou a música, com essa história de novo da performance do Tupac Shakur, morto em 1996, mas vivíssimo ontem no Coachella. Eu precisava ter visto isso com meus olhos.

* A cobertura da Popload no Coachella 2012 aparece aqui e no site Vírgula, tudo a mesma coisa, mas tudo bem diferente.

* O Coachella 2012, o último dia do último final de semana de realizações do festival do deserto da Califórnia, que botou 95 mil pessoas por dia circulando seis dias atrás de 140 atrações, acabou de novo em magia.

Os destaques são muitos (menos que nos outros dias, porém), mas vamos focar em dois impressionantes.
Falar do calor, agora, já não precisa mais, né? De novo os termômetros apontando que 40ºC (tava mais fresquinho!!) rachavam o coco no começo do dia, enquanto astros indies como o britânico Metronomy e a americana Santigold faziam shows incríveis ao sol.

Já no final de tarde, a banda indie punk sueca The Hives fez o show mais bagunceiro do festival. Rodas de pogo apareceram de novo no Coachella. À noite, aconteceram ainda os “iluminados” shows do duo eletrônico Justice e da indie-ópera Florence & The Machine (esse não vi).

Mas o Coachella do domingo vai ser lembrado para sempre mesmo por causa de dois momentos.
O primeiro foi numa das tendas, abarrotada e com muita gente para fora, tudo para ver o show da banda do cantor belga-australiano Gotye, que até o ano passado não era ninguém, mas virou gente grande da música hoje por causa da combustão espontânea que causou um vídeo seu no Youtube, aquele dos 175 milhões de views.

E lá estava a multidão (meninas principalmente) para cantar junto o hit de Gotye, “Somebody That I Used to Know”. No final de semana passada, na primeira parte do Coachella, o cantor recebeu no palco a participação de Kimbra, cantora neozelandesa que faz a “parte feminina” do vídeo famoso. Ontem, Kimbra, em turnê própria, não pode vir, mas sem problemas. A tenda inteira (estimo que umas 6 mil pessoas) cantaram a parte de Kimbra para acompanhar Gotye. Impressionou.

No final de tudo, veio o melhor de tudo. Não contando o show do Radiohead, porque Radiohead não conta, o grande espetáculo foi o apoteótico show de rap protagonizado pela dupla de peso pesados Dr. Dre e Snoop Dogg. Tipo muito bom, tipo incrível.

Grandes sucessos recentes do hip hop dos dois, músicas famosas de outros rappers, convidados especiais aos montes (Eminem, 50 Cent, Wiz Khalifa), Snoop Dogg fumando toras de maconha no palco sem parar (e cantando com voz “amarrada” por causa disso) e, claro, o já famoso holograma de Tupac Shakur participando de uma música e dançando com Snoop Dogg.

Foi assustador e ao mesmo tempo inacreditável. Deram vida mesmo ao rapper assassinado em 1996 em uma emboscada treta, no auge de sua carreira (vendeu 75 milhões de discos).

Graças a efeitos de computação gráfica de última geração, Tupac Shakur “apareceu” no palco e nos telões, saudando o Coachella, cantando e interagindo com Snoop Dogg.

Esse show deve escrever uma nova fase na história da música. Dizem que Tupac Shakur vai sair em turnê americana com Dre e Dogg. Abriram o precedente. Já falam que o Michael Jackson em holograma já está sendo preparado, para um desses “shows do além”. Do jeito que vai, Kurt Cobain (morto em 1994) e seu Nirvana serão a atração principal do Coachella em 2013. Alguém duvida daquele fantasmagórico line-up do Coachella 2013 que apareceu na internet nesta semana?

Eu não duvido.

Alguns vídeos do domingo. No final, o “olhar fashion” dos espectadores.


Sxsw 2012 – Aí num certo horário de uma sexta-feira à noite aconteceu assim…
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em São Paulo, remexendo no Sxsw 2012. Acho que até sexta-feira, trabalhando muito, eu consigo botar aqui 1% do que eu vi/ouvi/percebi/soube do principal evento de nova música do mundo, que acabou anteontem em Austin, no Texas.

Para dar uma idéia da magnitude e do alcance do festival South by Southwest, que botou em circulação pela cidade de Austin e por cinco dias cerca de 2000 bandas em 92 clubes, vamos fazer um recorte do que aconteceu na última sexta-feira, por volta da meia-noite.

Em um caminho percorrível a pé em cinco minutos, era possível ver e ouvir (se o lugar não estivesse superlotado) o guitarrista Jack White evocando ao vivo alguns sucessos do White Stripes com duas bandas diferentes; o grupo indie americano The Drums apresentando músicas de seu ótimo segundo disco, “Portamento”; o guitarrista Tom Morello (Rage Against the Machine) fazendo um show de “protesto musical” com seu projeto Nightwatchman, recebendo no palco a veterana lenda Wayne Kramer (MC5), em um bar em que cabiam umas 100 pessoas dentro e tinha umas 400 fora, vendo a performance em um telão improvisado na porta; e o guitarrista Father John Misty estrear seu já bem falado projeto novo, depois de abandonar a bateria (!) do grupo folk Fleet Foxes.

Se a disposição para a caminhada fosse um pouco maior, a poucos quarteirões de distância, no mesmo horário, dava para assistir o rapper 50 Cent relembrando faixa a faixa seu famoso disco de 2003, “Get Rich or Die Tryin’ “, com Eminem de convidado especial, ou em outro lugar ver a estrela dance-metal Skrillex dar prosseguimento à revolução da nova música eletrônica. Ou da nova revolução da música eletrônica, como quiser.

Dinosaur Jr, Temper Trap, Clap Your Hands Say Yeah e os novatos Alabama Shakes, Howler e Cults também tocavam na região, mais ou menos ao mesmo tempo, cada um em seu canto.

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