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Arquivo : Flying Lotus

As ideias rascunhadas do Flying Lotus
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Lúcio Ribeiro

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Flying Lotus (ou Steven Ellison), produtor bombado americano, rapper e amigão que o Thom Yorke admira pacas, foi ao Twitter revelar que seu novo disco está em fase final de produção, quase pronto para mixar. Ele aproveitou também para divulgar um arquivo repleto de material inédito, que ele resumiu como “Ideias+Drafts+Loops”.

No meio disso tudo tem Earl Sweatshirt, Shabazz Palaces e uma remix poderosa de “Black Skinhead”, a faixa triunfante do Kanye West em 2013.

Para baixar gratuitamente (mesmo) a mistureba do Flying Lotus, basta clicar aqui.

* Tracklist
About That Time
Adventure Sound feat. The Underachievers
An XBOX Killed My Dog
Aqua Teen 24
Between Villains
Chasing Apples
Colemans Groove feat. Andreya Triana and Niki Randa
Coswered draft
Flotus
DJ Mehdi – Mapei Ideas 1 Mix
Hide Me feat. Shabazz Palaces
Little Hours feat. Baths
Meadow Man 2
Oatmeal Face
Osaka Trade
Puppet Talk
Stonecutters
Such a Square
The Diddler
The In Between
The Kill feat. Niki Randa
Black Skinhead Remix feat. Thundercat
Tree Tunnels
Wake Me


Flying Lotus lança a FlyLo FM. No GTA V, claro
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Lúcio Ribeiro

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Um dos grandes lançamentos do ano é o game GTA V, que saiu por estes dias. A Popload tem destacado nas últimas semanas algumas canções inéditas que fazem parte da trilha do jogo, inclusive. Mas outro fator “musical” que chama a atenção em GTA V são as rádios personalizadas.

Tem uma do Flying Lotus, por exemplo, em determinada fase, que toca Aphex Twin, OutKast e Tyler, the Creator. E Flying Lotus, óbvio. A notícia legal é que a rádio foi disponibilizada em streaming e é bem cool.

É a FlyLo FM, tá?

Tracklist
Flying Lotus – “Getting There (featuring Niki Randa)”
Clams Casino – “Crystals”
Flying Lotus – “Crosswerved”
Flying Lotus – “Bespin”
Flying Lotus – “See Thru 2 U”
Flying Lotus – “The Diddler”
Flying Lotus – “Comptuer Face Remix”
Hudson Mohawke – “100hm”
Flying Lotus – “The Kill (featuring Niki Randa)”
Outkast – “Elevators”
Captain Murphy – “Evil Grin”
Flying Lotus – “Catapult Man”
Dabrye – “Encoded Flow”
Tyler, the Creator – “Garbage”
Flying Lotus – “Like Yesterday”
Machinedrum – “She Died There”
DJ Rashad – “Fuck T-Why”
Thundercat – “O Shiet It’s X”
Flying Lotus – “Stonecutters”
Shadow Child – “23″
Kingdom – “Stalker”
Aphex Twin – “Windowlicker”


O genial Flying Lotus, a coxinha brasileira e o prêmio especial em Sundance
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Lúcio Ribeiro

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* A história é assim:

Flying Lotus (ou, Steven Ellison, acima), produtor bombado americano, rapper e amigão que o Thom Yorke superadmira, passou pelo famoso festival de cinema independente de Sundance na última semana e nem foi para agitar umas de suas famosas festinhas cheias de convidados celebs e muita música boa.

“Until The Quiet Comes”, último trabalho do músico, lançado no ano passado e com participação do já citado Yorke, é uma obra-prima do hip-hop-jazz-eletrônico. Uma viagem psicodélica com bateria afro, sintetizadores, vocais distorcidos e climão viajante. Pois bem…

O álbum acabou ganhando um vídeo incrível, com o mesmo nome, e que traz trechos de três músicas: “See Thru to U”, “Getting There” e “Hunger”. O vídeo mostra uma vizinhança de Los Angeles. Começa com uma cena linda e trágica ao mesmo tempo: um menino sendo baleado em uma piscina/pista de skate. Segue com um outro homem baleado, em uma coreografia agonizante.


*foto de Pablo Saborido para a revista “Serafina”, da Folha

É um curta-metragem, na verdade, dirigido pelo (até semana passada) recluso e misterioso diretor Kahlil Joseph. Até semana passada, porque o vídeo acabou levando, merecidamente, o prêmio especial do júri no Festival Sundance 2013. Misterioso porque ao jogar o nome dele no Google, tudo o que você vai encontrar é um ator indiano, homônimo. E recluso porque, secretamente, o diretor adorava ler as matérias sobre ele usando fotos e até dados do xará indiano, recusando-se a posar para fotos só para não estragar a sua diversão.

Em entrevista à amiga Katia Lessa, para a Serafina, que circulou domingo, Kahlil não só topou acabar com o mistério posando para a foto acima como revelou ter raízes brasileiras.

Com uma avó brazuca, o diretor, que é americano e não indiano vamos deixar claro, acabou fazendo um intercâmbio no país aos 17 anos. Daqui, levou a lembrança da coxinha e das videolocadoras, onde passou a maior parte do seu tempo, já que não se virou muito bem com o português. Parece besteira, mas foi daí que surgiu a paixão pelo cinema até chegar no sensacional vídeo abaixo. Segundo a matéria, que você pode ler na íntegra aqui e com detalhes que não saíram na revista aqui, Kahlil aproveitou sua passagem pela cidade para visitar locações de uma “produção secreta” que filmará por aqui.

p.s.: nesta viagem, Khalil Joseph pirou no som do DJ Tamenpi e nos skatistas da Praça Roosevelt e levou para casa discos do Racionais e do Tim Maia.

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Ouça com atenção: o Captain Murphy vai falar. Mas quem é Captain Murphy?
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Lúcio Ribeiro

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Faz algum tempo, a Popload reverberou um mistério que tem tomado conta da música nos últimos tempos. Uma nova cara apareceu no novo rap, com um hip hop bem alternativo, de vanguarda. Captain Murphy, na verdade, não tem uma cara. Tem só um nome, até porque ninguém ainda descobriu quem é ou o que é. Nem os bambas sites gringos Pitchfork e Gorilla VS. Bear, redutos indies bem informados, sabem ao certo quem está por trás do projeto de forma oficial.

Fato é que, mesmo sem lançar um EP, o Captain Murphy começou a intrigar todo mundo no meio do ano. Foram lançandos apenas vídeos-cascata para suas músicas em seu canal no YouTube, um deles com a canção “The Killing Joke”, criada a partir do sample de “Ave Lúcifer”, d’Os Mutantes. Muito começou a se especular se o CM não era o Tyler the Creator, o Flying Lotus, os dois, nenhum dos dois ou um desconhecido. A hipótese de que seja um combo também é sempre levantada. Diante dessa polêmica toda, ele zoou com todo mundo em forma de música. “Speculating my identity / Good luck, you’ll never find me”; “I never wanna rule the world / I only wanna watch it burn”, diz ele na “The Killing Joke”.

Depois de todo esse mistério, o CM lançou sua primeira mixtape, acompanhada de um vídeo. Durante 35 minutos, as músicas com conteúdo NSFW aumentam ainda mais a curiosidade em cima do projeto, que em algum momento contou com participações de Flying Lotus, Madlib, Clams Casino, TNGHT, Just Blaze, Jeremiah Jae, Teebs e Samiyam, todos eles artistas do cast do selo do Flying Lotus. Mas nem ouse pensar que o CM é o Flying Lotus, como fez um curioso.

“Duality” (ou Du∆lity), a mixtape, está no ar desde o último final de semana e é bem boa. Ao que tudo indica, o CM se resume a uma forte e incrível parceria entre Tyler e FlyLo. Enquanto a identidade não é revelada – se é que será – a gente confere aqui.


Electroload: os Dinossauros Extintos e o Lótus Voador
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Lúcio Ribeiro

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* Para deixar claro, Totally Enormous Distinct Dinosaurs e Flying Lotus.

Ser mais excêntrico da música de hoje – chupa, Lady Gaga – o moleque Orlando Higginbottom, que presta serviços à música sob a nomenclatura Totally Enormous Extinct Dinosaurs vestido de dinossauro intergaláctico, lança novo vídeo para a boa “Your Love”, faixa de seu ótimo disco “Trouble”.

No vídeo, o TEED pega uma fita K7 e bota a dance “Your Love” para tocar. Automaticamente, o som remete sua mente brilhante para lugares esporádicos, especialmente localizados na Ásia. Literalmente uma viagem.

E foi em uma das minhas viagens por aí que vi o TEED pela primeira vez. Foi no famoso King Tut’s de Glasgow, no início desse ano. Lembro que na época todo mundo falava desse moleque que mistura electrodisco meio dubstep, às vezes Depeche Mode, mas com um quê de Boss in Drama, de voz bonita e figurino de outro planeta. Meses mais tarde, ele fez show elogiado no “nosso” Sónar do Anhembi.

* O gênio Flying Lotus lança mês que vem seu quarto álbum de estúdio. “Until The Quiet Comes” chega mostrando todo a batida descompassada do figura que é fonte de inspiração do Thom Yorke. Em forma de vídeo, ele mostra um recorte sonoro do novo disco. “Putty Boy Strutt” mostra robôs animados em uma saga aventureira. Achei esse som dubstep para bebês. Diz que não?


Captain Murphy: quem é? De onde vem? Onde vive?
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Lúcio Ribeiro

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Estas são algumas perguntas básicas que começam a bagunçar a cabeça e atiçar a curiosidade de muita gente pela blogosfera. Até a bíblia Pitchfork não sabe de quem se trata Captain Murphy, nome do novo rap que já vem chamando a atenção sem ter lançado um único EP pelo menos.

Ainda não se sabe ao certo se ele é só um, se ele já “existia” antes e se trata de um alter ego, se é um combo, se é o Tyler the Creator, o Earl Sweatshirt, um brasileiro. São inúmeras apostas. A verdade é que desde que foi lançado pelo Flying Lotus em “Between Friends” há dois meses, Captain Murphy começa a dar o que falar.

Após soltar três faixas em seu canal no YouTube nas últimas semanas, hoje ele divulgou a soturna “The Killing Joke”, com dois minutos de duração, sampleada com “Ave Lúcifer”, clássico da banda brasileira Os Mutantes.

Junto com o sample, Captain Murphy emenda linhas como: “Speculating my identity / Good luck, you’ll never find me”; “I never wanna rule the world / I only wanna watch it burn”.

Tenso.


Thom Lotus, Flying Yorke
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Lúcio Ribeiro

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* Melhores amigos da música, o radioheadico-squizo-indie britânico Thom Yorke e o genious-hi-hop-dubstep-LA-underground Flying Lotus voltam a aparecer juntos no disco do negão americano que foi atração master do último Sónar SP. O branquelo inglês vai cantar na faixa “Electric Candyman”, que estará no próximo trabalho de Lotus, “Until the Quiet Comes”, que ganhou data de lançamento fixa, agora: dia 1º (UK) e 2 (US) de outubro. Niki Randa e Erykah Badu também cantam para Lotus no álbum. O líder do Radiohead, que frequenta a festa de Lotus em Los Angeles, a Low End Theory, de hip hop + eletrônico, já apareceu no disco anterior do americano, “Cosmogramma, de 2010.

Flying Lotus foi atração no Sónar de Barcelona, também. Depois de seu set, numa tarde, ele ficou perto de onde eu tava, e um monte de garotas chegava nele, para pedir uma foto junto e tal. “Fotos não, só abraços”, ele respondia. E abraçava a mulherada. Gênio.

Logo mais “Electric Candyman” aparece por aí. E por aqui. Agora, relembre a primeira colaboração de Thom Yorke para o Flying Lotus, do disco anterior.

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Sonár, dia 1 – New Order nem foi ruim, sabia? Mais: Flying Lotus e Totally Enormous Extinct Dinosaurs
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Barcelona. Sónar Dia 1 foi fácil.

Visão do palco do povo e da dançarina do Totally Enormous Distinct Dinosaurs, atração do primeiro dia do Sónar by Day

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* Ontem começou o Sónar, de modo traquilo. Tem o Sónar by Day (que vai até 22h, na região do museu) e o Sónar by Night (que vai até 8 da manhã, no Centro de Convenções gigante). Nesta quinta só teve o Dia, na região dos museus.

* Isso de acordo com a programação normal. Porque à noite rolou um show fechado do New Order, festa de abertura do Sónar, que acabou com o DJ local Amable, indie, que toca no Razzmatazz, clubão famoso daqui.

Picape “decorada” com a camisa do campeão da Libertadores deste ano (tô errado?), pré-apresentação do brasileiro Psilosamples agora há pouco no Sónar, em foto do Sonár SP

* Começando do fim, até que o New Order não foi tão “show preguiçoso” como o do Brasil, recentemente, que deu “azar” de receber a banda no começo da turnê de volta deles, sem o baixta-problema Peter Hook. Agora, tempos depois, o New Order “reaprendeu” a tocar seus hits atrás de hits sem parecer mais o Old Order. Lá na parte do Sónar Dia, de pegada mais intimista, o som estava mais baixo do que o normal. Será que o Sónar está com problemas com a vizinhança? O inglês Totally Enormous Extinct Dinosaurs e o americano Flying Lotus (foto abaixo) abafaram, mas com um som mais alto seria mais intenso. Hoje o Lotus toca de novo, em tenda. O grave vai estar mais ensurdecedor, com certeza.

* Alguns vídeos e fotos do Sónar 2012 Dia 1 + o show extra do New Order. Em vídeos temos as dançarinas e o T.E.E.D., o momento “Blue Monday” do New Order e um “lounge” do Flying Lotus. As imagens são de Laura Damasceno, credenciada pela Popload no Sónar 2012, tirando a foto do Dinosaurs, de instagram, minha.

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Sónar começa hoje em Barcelona, devagarinho. O problema são as…
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Barcelona.

* Dizem que cerca de 80 mil turistas (fora os locais) circulam por Barcelona nesta época exclusivamente para ver o Sónar, um dos principais eventos de música de vanguarda do mundo, que neste ano vai ter Lana de Rey mais uns 60 outros. Inclua nesses outros gênios como James Murphy, bandas cool como Hot Chip, Metronomy, Friendly Fires, os padrinhos New Order e Fatboy Slim, mais uma penca de novos nomes bombator, na linha de Totally Enormous Extinct Dinosaurs, Nina Kraviz, Mostly Robot, Flying Lotus, Maya Jane Coles e Nicolas Jaar.

O Sónar é dividido em Dia e Noite. O primeiro é menor e o dia aí quer dizer quando ainda tem luz, porque escurece 22h. O de noite, maiorzão, é balada forte.

Hoje só tem o Sónar Dia, e as grandes atrações são os in-crí-veis T.E.E.D. e Flying Lotus, tocando aqui um pouco “mais live” do que as apresentações recentes em São Paulo.

Ainda hoje, em festa fechada tipo de “grande abertura do Sónar 2012”, tem um show extra do New Order. O DJ espanhol indie-dance Amable, bem bom, que é residente do clubão local Razzmatazz, toca depois do grupo inglês, na hora que o negócio vai virar balada.

O negócio, em Barcelona, é que, por causa do Sónar, tem as numerosas festas “OFF Sónar”, junção organizada de vários clubes da cidade para aproveitar a onda de gente que está para o festival principal. É balada atrás de balada, na praia, cobertura de hotéis, terraças e, claro, nos clubes. Depois conto mais delas. Funcionam desde segunda-feira, varam o festival em si. Não para. É uma estragação geral.

A Popload vai soltar uns boletins diários deste Sónar 2012.

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Sónar SP reinventa o xarope Anhembi. Mais: os “win”, os “fail”, os vídeos
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Lúcio Ribeiro

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* Você pode nem ser “da eletrônica”, amar hip hop ou necessariamente gostar das bandas que o Sónar SP botou no festival. Mas o bem que o evento trouxe para a cidade de São Paulo foi digno de palmas.
Primeiro que o malfadado Anhembi, graças ao mostrado pelo Sónar SP, tem solução sim como espaço (um dos únicos) para grandes eventos musicais na capital, com algumas correções de logística em sua organização. Isso é um avanço para a música na cidade.
Concentrado em um lugar só (a primeira edição, de 2004, aconteceu dividido entre Instituto Tomie Ohtake e Credicard Hall) e com cerca de 15 mil pessoas circulando por noite, o Sónar reinventou com êxito o Anhembi para shows. Esqueceu o problemático (e feio) (e insolúvel acusticamente) (e chato de chegar e sair) Sambódromo, vendido como “Arena Anhembi”, fez do galpão de eventos seu palco principal (palco SonarClub), redescobriu o auditório Elis Regina (que nos anos 80 foi o local de épicos shows de Echo & The Bunnymen e Siouxsie and the Banshees, entre outros) para atrações mais intimista (palco SonarHall).
Virou interno, “indoor”. Virou bom.

***** WINS E FAILS DO SÓNAR SP

– Valeu, Sónar
1. Escalação caprichada, moderna, que olha para a frente. Line-up mistureba só com coisa fina, com o melhor de todos os estilos.
2. Para outros festivais, fica a lição: uma escalação com pequenos grandes nomes às vezes vale mais que um festival com grandes headliners, mas sem nada de muito interessante tocando antes deles.
3. Organizado: filas ágeis, vários pontos de venda, homens-bar pela pista, praça de alimentação tranquila, Doritos sendo distribuídos… Banheiros com pouca fila também.
4. Kraftwerk: ir ao show do Kraftwerk é passar pelo menos uma hora ouvindo piadinhas do tipo “os caras estão no ________*” (*inserir: MSN, Facebook, Twitter, Angry Birds, Skype, etc). Piadinhas desse tipo com o Kraftwerk são tipo as do tio do pavê-pra-comê no Natal: não falham. Ralf Hütter está velho? Só tem um integrante original? Ultrapassados? São Windows 95? 3D anos 80? Não se mexem, está tudo programado? Mas,… quem liga? A parte mais incrível de um show do Kraftwerk é que nada disso é escondido. Você pagou pra ver robôs dos anos 70 tocarem com projeções de 3D. É exatamente isso que você recebe. Com a grande vantagem de que esses robôs ainda fazem música que soa atual nos 2000. E, além de ser nostálgico, é sempre emocionante. OBRIGADO, BJORK.
5. A ressurreição do Justice. Depois de uma certa estagnada, um show fraco no Brasil e um disco novo mais fraco ainda, ninguém (eu) esperava muito da dupla de jaqueta de couro. Heavy metal da eletrônica. Cafonices à parte, foi um espetáculo de hits e de dança. Acho que foi o show mais animado do festival (principalmente pra quem saiu dele e foi pro James Blake. Choque de estilos, o que é bom, também)
6. Ver o povo tentando dançar dubstep. Parecia o casting do Walking Dead, sem o Dead. Dubstep inaugurou a dança do zumbi. Requebra ali, entorta o joelho, quebra o pescoço pro outro lado, ensaia uma convulsão de leve e se arrasta.
7. Mogwai: comparada ao resto da programação, o Mogwai era praticamente um Motorhead no meio de um festival de MPB. Dez anos depois do primeiro show no Brasil, a banda não precisou nem arrancar o público gigante da tenda do Flying Lotus. Quem foi para ver Mogwai, pouco se preocupou com o que rolava fora do auditório. Nem conseguiria mesmo: a parede de três guitarras ensurdecedoras com projeções em uma tela widescreen era hipnotizante. Se não me engano, foram dez músicas ao todo. Lembrando que, para o rock instrumental do Mogwai isso é muito. As músicas foram “encurtadas” para caberem no horário previsto. Mesmo assim, a banda passou, propositadamente, alguns minutos do horário de encerramento e causou um certo mal estar nos bastidores. Pelo twitter, o baterista chegou a dizer que foi “ameaçado” pelo organizador de palco. o_O
8. Flying Lotus/Totally Enormous Extinct Dinosaurs/Hudson Mohawke – Tirando tudo o que teve de bom, tirando tudo o que foi digno de nota, sem falar no Doom, o Hudson Mohawke, o James Blake, tiveram essas duas apresentações em particular. O Lotus trouxe o underground de Los Angeles para cá. De novo. Uma hora de batidas quebradas, experimentalismos e baixos gordos bons de dançar. Tudo costurado por samples de Radiohead, bateria de escola de samba e Beastie Boys, que bela homenagem. Coraçãozinho com as mãos pra finalizar o set. Fofo. O Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o nome mais legal da música hoje (até porque você olha o menino com a voz do Tiga, a sonoridade única dentro de tudo conhecido que ele carrega), foi incrível, mesmo tocando/cantando em cima de base pré-gravada. É dono do melhor disco da dance music em 2012. Isso porque o disco nem saiu. As roupas. A galera que foi com penacho de índio na cabeça para vê-lo no Sónar. Coube ao Totally Enormous Extinct Dinosaurs fechar a conta do festival, lá pelas quatro da manhã. Pista ainda cheia de gente, meninas com a cara pintada de tinta neon, malucos com cocar na cabeça. O “Enormes Dinossauros Extintos” é na verdade um menino inglês franzino que faz house e electro com indie e pop e até dubstep (inglês) na medida certa. O live foi um mix das faixas que estarão em seu primeiro álbum, que chega em junho. Delícia de dançar.

– Não rolou, Sónar
1. a fila gigantesca no primeiro dia, para a retirada de ingressos. Faltando alguns minutos para o Kraftwerk, povo desesperado, informações desencontradas, resolveram liberar tudo. E bastava mostrar o papel impresso da internet para entrar…
2. Os atrasos. Em festival, um pequeno atraso gera um efeito cascata no festival todo. E aquela programação com horários na mão da galera fica sem serventia.
3. Não havia indicação clara de palco, nem do artista tocando em cada um deles. Com os atrasos, vi gente se requebrando no Zumbi-Dance do Rustie, achando que estava na apresentação do Flying Lotus (!!!)
4. O som do auditório estava perfeito no show do Mogwai, mesmo com todas as guitarras na potência máxima, mas no do James Blake, justamente no mais delicado deles, reverberava demais!
5. O cheiro de Doritos em todo o festival. A gente sabe, a gente sabe…

* COBERTURA POPLOAD – Lúcio Ribeiro, Ana Carolina Bean Monteiro, Fiervo. Fotos: Fabrício Vianna

***** ALGUNS VÍDEOS DO SÓNAR SP

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