Popload UK Tour. A turnê da “NME” ao vivo, com Two Door Cinema Club, Metronomy, Tribes e Azealia Banks
Lúcio Ribeiro
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* Popload (enquanto) em Glasgow.
* Começou na semana passada na capital escocesa a já tradicional anual turnê da “New Musical Express” de início gelado de ano, que culmina na grande premiação do semanário britânico bíblia da cultura indie desde o punk. A NME Awards Tour 2012 é uma série de shows de quatro bandas/noite que está neste momento rodando 12 cidades do Reino Unido, em 13 datas (repete Manchester). Todos os ingressos para todos os lugares estão há tempos esgotados. E a Popload esteve no O2 Academy, em Glasgow, para ver o “kick off”.
* A “NME Awards Tour” deste ano resgatou duas excelentes bandas retornando de um recesso de três meses: o headliner guitarreiro Two Door Cinema Club e o dance cool Metronomy, que esteve recente estrelando um dos Popload Gig. Completava a escalação a jovem rapper americana Azealia Banks e o grupo inglês que pensa que é grunge Tribes.
* Tirando a rapper e, vá lá, a quedinha eletrônica do Metronomy, a “NME” tentou resgatar junto ao público jovem o “poder do indie rock”, ofuscado nos últimos anos, inclusive nessas mesmas turnês da “NME”, pela praga dubstep-dancehall. Em que pese o total esgotamento de ingressos e, no caso deste de Glasgow, na alta temperatura da galera diante das atrações (você vai ver nos vídeos in-crí-veis abaixo), transformando o lugar numa certa “micareta indie”, a tarefa continua bastante difícil em tempos atuais. Nos intervalos de show, quando os falantes não estavam entretendo a galera com sons da hora tipo o onipresente Vaccines, o Arctic Monkeys etc., bastava um dubstep britânico dance-loucura ser disparado para dar impressão que no momento tinha um verdadeiro show acontecendo, mas das bandas que estavam servindo de trilha.
* Azealia Banks fez um show de rapper novo, dado o significado que isso pode ter. Numa noite de guitarras, a menina foi irregular. Mas, quando foi boa, foi boa. E, esperta, mandou uma versão hip hop de “Firestarter”, hino do grupo electropunk inglês Prodigy, para mostrar que não estava pequenininha diante de 6 mil britânicos. Na sequência veio o Tribes, de Camden Town, cheio de canções simpáticas influenciadas por ora Nirvana, ora Pavement. Não pode ser tão ruim jamais. O Metronomy foi maravilhoso, como sempre. Indie dance delícia até a última vértebra, iluminação bombando, a bola de luz no peito. Aquilo tudo. Aí o grupo irlandês TDCC, também egresso de férias, voltou à ativa e disse que não tocava havia três meses e estava voltando diante de um público naquela noite. E pareceram no auge da forma. Urgente, indie avalanche que em quase todas as músicas alternam partes líricas com guitarrinhas em alta velocidade. Tanto Metronomy quanto Two Door Cinema Club apresentaram uma ou duas músicas novas, bem boas, que na verdade não saem muito das características de ambas as bandas.
* Os vídeos abaixo (faltou do Tribes), feitos de iPhone, não ficaram ruim, não. Repare no uso das luzes, nos shows do Metronomy e do Two Door Cinema Club. E na galera.
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