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Arquivo : agosto 2013

A primeira vez do Pearl Jam
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Lúcio Ribeiro

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A internet, esta benção. Apareceu um registro histórico do não menos histórico Pearl Jam, um dos orgulhos de Seattle. Datado de outubro de 1990, uma fita contendo a primeira gravação em estúdio do grupo que àquela época se chamava Mookie Blaylock agora está limpinha entre nós.

A banda era formada por Eddie Vedder, Stone Gossard, Mike McCready, Jeff Ament e Dave Krusen e foi no London Bridge Studios, localizado na Galleria Potatohead, que o também conhecido como Pearl Jam gravou “oficialmente” seus primeiros passos na música, antes de conquistar o mundo.

Intitulado “First Studio Demos”, a fita contém faixas que apareceriam no disco de estreia do grupo, “Ten”, lançado em “1991”. Entre as canções estão “Just a Girl”, “Evil Little Goat”, “Breath” e uma versão inicial do que seria anos mais tarde “Yellow Ledbetter”. E, claro, tem “Even Flow”, “Alive” e “Oceans” também.

* Tracklist
Even Flow – 00:00
Once – 04:55
Breath – 08:04
Release – 13:50
Girl – 18:51
Goat – 23:39
Alive – 25:10
Alone – 30:44
Oceans – 34:00
Black – 36:44
Improv. (Beginnings of Yellow Ledbetter) – 41:54


As raridades do Nirvana, do vídeo alternativo de “Heart-Shaped Box” ao primeiro contrato com a Sub Pop
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Lúcio Ribeiro

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Caiu na net a “versão do diretor” do vídeo de “Heart Shaped Box”. O diretor, no caso, é o renomado Anton Corbijn. O vídeo alternativo de um dos principais hits do Nirvana estará no box de comemoração dos 20 anos de lançamento do “In Utero”, a ser lançado dia 23 de setembro. Eleito na época como “disco do ano” por publicações como LA Times e Rolling Stone, “In Utero” ficou marcado por faixas como essa “Heart-Shaped Box”, “Rape Me” e “Dumb”. A edição de luxo vai incluir nada menos que 70 faixas bônus entre gravações remasterizadas, remixes, faixas demos e materiais inéditos. Junto com o material, será lançado também, na íntegra (em CD e DVD), um dos lendários shows do grupo – “Live and Loud” – realizado em Seattle em 13 de dezembro de 1993, no Píer 48.

A “versão do diretor” para “Heart-Shaped Box” muda especialmente no minuto 3:07. Na versão original, que foi para a TV, a banda continua cantando/tocando de dentro do hospital. Na do diretor, Kurt Cobain aparece deitado no meio de uma plantação, com uma névoa em volta. A mulher gordinha e a menininha vestida de Ku Klux Klan ficam mais tempo na tela, também, enquanto o Kurt tá lá, deitadão.

Esse “director’s cut” já tinha saído em DVD na caixa do Corbijn, mas nunca apareceu na net antes. Abaixo, o vídeo original e o alternativo.

* Seguindo essa onda de raridades sobre a maior banda norte-americana dos últimos tempos, a gravadora Sub Pop divulgou o primeiro contrato do Nirvana, assinado em 1988, pela bagatela de “600 dólares bem gastos”. Pela banda, assinaram Kurt Cobain, Krist Novoselic, Jason Everman e Chad Channing. Na época, o grupo era um quarteto e não contava com Dave Grohl. A papelada previa o lançamento de três discos pela gravadora. O primeiro álbum lançado pelo Nirvana foi “Bleach”, em junho de 1989. Aí, descontente com o trabalho feito pela Sub Pop, o grupo assinou em 1990 com a major Geffen, pela qual lançaria “Nevermind” pouco tempo depois.


Tudo “okay” com o Holy Ghost!
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Lúcio Ribeiro

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Sai no próximo dia 17 de setembro o aguardado segundo disco do duo de synthpop Holy Ghost!, uma das pedras preciosas do selo DFA Records, de um certo James Murphy. A dupla norte-americana que vem do Brooklyn fez sua estreia em 2011, com um álbum homônimo.

Faz pouco tempo, o Holy Ghost! soltou a ótima “Teenagers in Heat”, com vídeo vintage mostrando as ruas de Nova York, produção fina do Murphy. Mas a música não está em “Dynamics”, esse álbum novo.

Hoje, o duo liberou “It’s Okay”, novo single que abre o álbum. O sintetizador marcante faz a gente pensar que estamos em 1986 ouvindo o novo single do New Order tocando no radinho sintonizado na FM como “música do dia”.

* “Dynamics”, o tracklist.
01. It’s Okay
02. Dumb Disco Ideas
03. Changing of the Guard
04. Dance a Little Closer
05. It Must Be the Weather
06. 1 for Edgar
07. I Wanna Be Your Hand
08. Bridge and Tunnel
09. Don’t Look Down
10. In the Red
11. Cheap Shots


O lado B do Belle and Sebastian
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Lúcio Ribeiro

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A adorada banda escocesa Belle and Sebastian lança na próxima segunda, 26, a coletânea “The Third Eye Centre”, uma compilação de lados-B, raridades e sobras de estúdio trabalhadas dos últimos três álbuns da banda. Vai sair caixa, vinil pesadão e tudo mais. No disco tem uma versão “alegre demais” para “Your Cover’s Blown”, que ganhou roupagem operística e eletrônica.

A compilação tem 19 faixas selecionadas entre os discos “Dear Catastrophe Waitress” (2003) e “Write About Love” (2010). Tem também algumas versões remixes nunca lançadas antes em mídia física, feitas por gente como Richard X, Miaoux Miaoux e The Avalanches.

Vi a banda mês passado em Chicago, dentro do Pitchfork Festival, e o público estava bem variado. Tinha os indie “vintage” e um monte de galera nova que eu fiquei prestando atenção se ia comprar o som delicado da banda de Stuart Murdoch. Até que compraram bem. O calorzão, o anoitecer, a chuvinha fraca de verão conspiraram a favor.

O jornal inglês The Guardian liberou a audição dessa nova coletânea dos escoceses. Bom conferir.

* Tracklist.
01. I’m a Cuckoo (Avalanches Remix)
02. Suicide Girl
03. Love on the March
04. Last Trip
05. Your Secrets
06. Your Cover’s Blown (Miaoux Miaoux Remix)
07. I Took a Long Hard Look
08. Heaven in the Afternoon
09. Long Black Scarf
10. The Eighth Station of the Cross Kebab House
11. I Didn’t See it Coming (Richard X Mix)
12. (I Believe in) Travellin’ Light
13. Stop, Look and Listen
14. Passion Fruit
15. Desperation Made a Fool of Me
16. Blue Eyes of a Millionaire
17. Mr. Richard
18. Meat and Potatoes
19. The Life Pursuit


M.I.A. aparece calminha e pega emprestado uns acordes do Blur
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Lúcio Ribeiro

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A distinta rapper/artista/explosiva cingalesa M.I.A. segue a saga em busca da retomada dos trilhos de sua polêmica carreira depois da recepção não muito boa do seu último álbum, “Maya”, lançado em 2010. A cantora vem preparando desde o ano passado seu quarto disco de estúdio, “Matangi”, que teve adiada sua data de lançamento umas cinco vezes. Vai sair de vez, parece, dia 5 de novembro.

Do disco, a gente conhece por exemplo a boa “Bring the Noize”, faixa barulhenta e de letra pesada. Agora ela soltou outro som novo. “Unbreak My Mixtape” é mais malemolente, quase lounge, e tem samples de “Tender”, clássico doído de bom do Blur.

O início do caminho da velha-nova M.I.A. é promissor até agora.


Cover do ano? MS MR desacelera o rebelde Arctic Monkeys
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Lúcio Ribeiro

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Duo de som refinado e redondinho vindo de Nova York, o MS MR (Miss Mister) vem conquistando certo espaço na cena desde seu primeiro single “Hurricane”, lançado no início desde ano e com vídeo bacanudo.

A dupla, no caso, é a vocalista Lizzy Plapinger e o produtor Max Hershenow. Espécie de dreampop que lembra certos traços do Portishead, o MS MR lançou seu disco de estreia em maio passado. “Secondhand Rapture” traz boas faixas como “Think of You”, “Bones” e “Fantasy”. Antes, o duo havia lançado o EP “Candy Bar Creep Show”, ano passado e teve músicas nas trilhas de séries como Pretty Little Liars e Game of Thrones, vai vendo.

Nesta semana, o MS MR participou do delicioso Live Lounge da BBC Radio One. Todo artista que vai ao programa tem que fazer uma versão cover de alguma outra banda que eles curtem (ou não). Daí que a Lizzy botou sua bela voz a serviço de “Do I Wanna Know?”, o explosivo single quase heavy metal do Arctic Monkeys.

E ficou incrível, achei.

* O duo também tocou “Think of You”, uma das boas faixas deles.


Perto dos maiores shows da carreira, o pesado Biffy Clyro toca Vampire Weekend. Acústico!
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Lúcio Ribeiro

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Uma das principais atrações dos festivais Reading e Leeds neste final de semana, a banda escocesa Biffly Clyro, aquela cheia de caras tatuados e sem camisa, de som pesado, queridinha do Dave Grohl e consagrada como “melhor banda” no NME Awards desse ano, visitou a BBC Radio One para falar dos aguardados shows e fazer uma pequena session.

Daí que papo vai, papo vem, o trio escocês mandou uma versão acústica de “Diane Young”, single bombado do Vampire Weekend, lançado neste ano. Ficou legal. E engraçado, até.

O Biffy Clyro lançou neste ano o ótimo disco duplo “Opposites”, fruto de outros dois que seriam lançados em 2012 de forma independente, mas que acabou virando um só e, veja bem, alcançou o topo das paradas britânicas no início de fevereiro. Na BBC, eles também tocaram as faixas “Folding Stars” e “Black Chandelier”.


Parquet Courts, o novo Strokes. Oficial. Quase isso
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Lúcio Ribeiro

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* Haha. Faz tempo que a frase “o novo Strokes” não era usada, mas veja isso.

Sexta-feira começa o monumental Reading Festival, um dos festivais mais bacanas e tradicionais de ir na Inglaterra, o que é o mesmo que dizer no planeta todo. A história da música tende sempre a mudar nas semanas anteriores, durante o festival e logo nos dias seguintes, toda vez que tem uma edição dele. Os exemplos são muitos. Para citar alguns poucos: Nirvana, Foo Fighters, Strokes, Libertines, XX, etc.

Eis que neste ano, no Reading Festival, nesta sexta exatamente, vai se apresentar a minha banda nova predileta, o Parquet Courts, do Brooklyn, NYC, que me fez ir até Chicago para vê-los, me fez contar aqui histórias de Seattle os envolvendo ou a de um amigo vendo um showzinho deles na Espanha em dias de Primavera Sound.

Daí que os meninos do Parquet Courts já estão em Londres e arrumaram ontem um “warm-up” mais ou menos de última hora no Old Blues Last, famoooooso clubinho do lado East de Londres onde cabem no máximo, para ver o show, umas 150 pessoas.

As reviews sobre o show estão descontroladas, haha. Mas a que está no site da revista “Clash” faz ligação direta com Strokes 2001, pelo agito pré-Reading.

Basicamente disseram que a casa entupiu logo que abriu. Era um dia normal de clube, não vendia ingressos. Quem chegava entrava, até atingir a capacidade. E a capacidade foi atingida assim que abriu. O negócio, segundo os relatos, foi a fila do lado de fora. No que a “Clash” disse, mais ou menos assim: “Olhando o agito do público nesta noite, fazendo uma fila absurda antes de o clube abrir, você acha logo que a banda que vai tocar é o mais promissor grupo a emergir de Nova York desde os Strokes”.

Falaram o de sempre: show superintenso, galera fazendo surf sem parar, jogando cerveja para cima o tempo todo. E que eles fazem distorções e barulho que lembram o Sonic Youth, têm um “Q” de Modern Lovers.

Aí o mais legal: o Chilli Jesson, do Palma Violets (baixista e vocalista) foi ao show e saiu foto dele surfando a galera.

Vou deixar a última linha da resenha da “Clash”, em inglês, para você sentir o drama: “Reading and Leeds are going to play host to a new set of unlikely heroes. Don’t miss Parquet Courts”.

* O Parquet Courts vai lançar um novo EP em breve, obra que sucede o ótimo disco de estreia “Light Up Gold”, que saiu ano passado. “Tally All The Things That You Broke” sai dia 8 de outubro e terá 5 faixas.

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Premiação da MTV pode ter Daft Punk e… N’Sync
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Lúcio Ribeiro

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Tudo bem que estamos numa época em que a internet meio que “está matando” as mídias convencionais e eventos como o Vídeo Music Awads da MTV, que um dia já teve muuuito peso sobre o que se ouve e consome, mas perdeu força nos últimos anos. Só que a edição 2013 da tradicional premiação de música pop, parece, pode ter algumas notícias interessantes. Não que elas sejam necessariamente boas. Haha.

O evento, que acontece neste final de semana (domingo, 25) em Nova York, deve ser palco da primeira aparição televisiva do super duo Daft Punk em anos. A “atração surpresa” vem carregada por semanas de boataria e confusão por causa de uma cogitada participação da dupla francesa no programa de Stephen Colbert há uns 15 dias, que foi noticiada de última hora e cancelada em cima da hora, alimentando uma polêmica em torno de um possível contrato de exclusividade deles com a MTV, fato que deixou o Colbert na mão, tadinho. Depois desse papo todo, vai saber se o Daft Punk aparece mesmo no VMA. Hoje em dia desconfio de tudo que vem deles.

Agora, outro papo que ganha força como atração do evento da MTV é a possível reunião do N’Sync, uma das boy bands que viraram febre na virada do século e dominaram o mainstream mundial. Qual a necessidade e razão para isso? Justin Timberlake, talvez nome masculino mais badalado do pop hoje em dia e com seis indicações a prêmios, receberá uma homenagem pelo seu trabalho prestado à música, coisa do tipo. Aí, pelo visto, vão meter seus ex-colegas no meio para uma performance. É o Justin maduro relembrando (ou sendo forçado a…) seus tempos de super-ídolo teen.

Entre as diversas participações do grupo na premiação, cabe destacar a de 2001, quando eles apresentaram o single “Pop” no palco e no fim apareceu um tal de Michael Jackson.


Já pensou no Arcade Fire versão anos 80? O Tears for Fears sim…
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Lúcio Ribeiro

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Mais uma dessas boas surpresas que a música proporciona. O Arcade Fire, talvez grande banda “indie” dos últimos tempos, que lançou um dos melhores discos deste século, ganhou uma honesta homenagem do duo new wave Tears for Fears, de grande sucesso nos anos 80, formado por Curt Smith e Roland Orzabal.

O Tears for Fears, que não lança disco novo há 9 anos, está de volta ao estúdio para gravar um novo álbum. No meio dessas gravações, tiraram um tempinho para dar um toque 80’s na faixa “Ready to Start”, um dos pontos mais altos do disco cheio de pontos altos “The Suburbs”, a obra prima dos canadenses.

Com uma pegada mais leve, introspectiva e sintetizador cortante e incrível, a “Ready to Start” do duo inglês ficou mais ou menos assim…