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Festival In-Edit agita SP com documentários de música. Quer um passe livre?
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Lúcio Ribeiro

* A partir desta quinta feriado até o dia 11 de maio, São Paulo abriga a sexta edição do In-Edit, festival internacional de documentários sobre música que espalhará 60 filmes por lugares como CineSESC, MIS, Cinemateca, Centro Cultural de SP, Matilha Cultural e Cine Olido.

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Dos famosos docs do Jimi Hendrix e do Pulp (foto acima) ao filme sobre a difícil Kathleen Hanna (Bikini Kill e Le Tigre), passando pela história nas telas do Circo Voador, famosa casa de shows do Rio, e a estreia de “Triunfo”, filme sobre o dançarino e ativista Nelson Triunfo, precursor do hip hop no Brasil. Tem 23 filmes nacionais e 37 obras gringas que levam a música ao cinema.

A Popload destaca cinco dos vários filmes dessa mostra e bota à sorteio dois “free passes” para o festival todo. Para concorrer, o esquema é o de sempre. Candidate-se nos comentários deste post, dizendo-se a fim do passe livre. Até amanhã de manhã os dois vencedores serão avisados do prêmio. Vem nessa.

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– MISTAKEN FOR STRANGERS

3/5, SÁBADO, 18h30, CINEMATECA
4/5, DOMINGO, 20h, CCSP SALA 1
7/5, QUARTA, 17h, CINE OLIDO

O documentário foi dirigido por Tom Berninger, irmão mais novo de Matt, vocalista da banda The National. O que era para ser um filme sobre o dia-a-dia de uma banda, acaba virando um retrato do relacionamento entre os irmãos e, principalmente, da diferença entre um e outro, o que deixa tudo tão engraçado a ponto de ter sido confundido (será?) com uma obra de ficção. Tom, ao que tudo indica, parece uma encarnação de um personagem do Jack Black: engraçado, gordinho, gosta de cinema e heavy metal. E mora com os pais. Um dia antes de o irmão mais velho (bonitão, rico, famoso e líder de uma das maiores bandas americanas no momento) sair em turnê, Tom é convidado a se juntar ao grupo, como roadie. Dizem que Matt Berninger não sabia dos planos do irmão em transformar tudo isso em um documentário, mas, seja lá qual for a verdade, “Mistaken for Strangers” tem recebido críticas absurdas. Entre elas, uma de Michael Moore, que disse ter sido “o melhor documentário de banda” que ele já viu na vida.

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– THE PUNK SINGER: A film about Kathleen Hanna

3/5, SÁBADO, 19h, CINE OLIDO
4/5, DOMINGO, 15h30, CCSP SALA 2

Se você lê a Popload já há algum tempo, deve saber quem é Kathleen Hanna. Ou já ouviu o nome dela ou das bandas dela por aqui algumas vezes. Da agitadíssima cena de Portland dos anos 90, punk, rrrriot girrrl, ativista feminista, entre outras coisas, Hanna foi vocalista do Bikini Kill e depois líder do Le Tigre. Além disso, era amiga do Nirvana e namorada do Dave Ghrol, também nos anos 90. Talvez você não saiba, mas foi ela quem pichou na parede da casa do Kurt Cobain a famosa frase “Kurt Smells Like Teen Spirit”, que mais tarde, virou você sabe o quê.

No documentário, feito entre 2010 e 2013, Hanna fala sobre tudo: “Abusos psicológicos que sofreu na infância, sua amizade com Kurt Cobain, as desavenças com a imprensa, sua luta pelos direitos femininos e a doença que lhe retirou dos palcos”. Ela sofre da “doença de Lyme” (doença transmitida por um carrapato) desde 2005 e da qual foi diagnosticada em 2010. Participam do filme: Joan Jett, Kim Gordon e seu marido Adam Horowitz (Beastie Boys), entre outros.

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– AMERICAN INTERIOR

2/5, SEXTA, 19h, CINE OLIDO
4/5, DOMINGO, 21h, CINESESC
6/5, TERÇA, 20h30, CINEMATECA

Tudo começa com a história (lenda?) de um tal galês que teria descoberto a América antes de Colombo. Uau. Por essa a gente não esperava! Nem o tal John Evans, outro galês que resolveu levar a sério essa história e passou sete anos explorando os EUA e tentando refazer os passos do seu conterrâneo. Gruff Rhys, vocalista da banda Super Furry Aminals, resolveu fazer o mesmo, mas em menos tempo e usando o trajeto para escrever músicas e fazer shows. Rhys fez um álbum, um filme e uma turnê pelas cidades por onde Evans (o tal explorador) passou.

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– THE GREAT HIP HOP HOAX

7/5, QUARTA, 18h, CCSP SALA 1
10/5, SÁBADO, 17h15, CINESESC

Muito falado no South by Southwest deste ano, este documentário é sobre uma dupla de hip hop escocesa que em 2003 fingiu ser americana para segurar um contrato bem grande com a Sony. O duo se chamava Silibil N’ Brains e era formado pelos amigos Gavin Bain e Billy Boyd, que enganaram a indústria da música depois de forjar umas identidades como californianos. Eles conseguiram manter a farsa por dois anos. Chegaram a aparecer na MTV e viraram amigos dos caras do Green Day, da Kelly Osbourne e do grupo de rapper D12. O documentário conta direitinho essa história, e deixa a entender que os escoceses conseguiram manter a farsa porque aprontaram isso numa época pré-redes sociais.

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– PULP: A FILM ABOUT LIFE, DEATH AND SUPERMARKETS

02/05, SEXTA, 21h, CINESESC
09/05, SEXTA, 20h, MIS

Mais de vinte anos depois de sucessos como ‘Common People’ e ‘Disco 2000’, o PULP voltou a Sheffield, sua cidade natal na Inglaterra, para um último show no país. Daí surgiram depoimentos sobre fama, amor e a cidade (e a importância da banda para ela e seus moradores). Tudo isso com pessoas comuns resgatadas pelo diretor nas ruas.

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* Além dos filmes que destacamos acima, queremos ver: “The Story of Descendents/All” (sobre duas bandas punk da California no final dos anos 1970), “Good Ol’Freda” (sobre Freda Kelly, a secretária pessoal dos… BEATLES) e “Supermensch – The Legend of Shep Gordon” (sobre um manager doidão da música e do cinema, amigo de Michael Douglas, Alice Cooper e Steven Tyler).

** Toda a info do In-Edit está aqui.

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Alison Mosshart, diva do Kills, enquanto DJ da BBC e substituta do Jarvis Cocker
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Lúcio Ribeiro

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Continuando esse papo sobre rádios legais, a grande BBC Radio 6, a mais “classic” das estações de rádio da rede de comunicação britânica, tem em sua vasta e ótima programação, aos domingos, o polêmico e super ouvido programa do Jarvis Cocker, também conhecido como líder do Pulp, aquela banda.

O “Jarvis Cocker’s Sunday Service” vai ao ar sempre às 16h (de lá) e tem, além de música boa, muito papo e especialmente opiniões do Jarvis sobre o cotidiano britânico. Ele comenta cultura pop, política, futebol e às vezes fala mal até da própria rádio.

Durante este mês, Cocker está de férias e quem assumiu seu lugar nos últimos três domingos foi nada menos que a Alison Mosshart, diva indie, líder cool do ultra-cool The Kills, que um dia também fez parte de uma banda do Jack White.

Alison não tem a língua afiada do Jarvis para dar opiniões, mas se mostrou uma ótima DJ. Tocou quase só velharia. De Johnny Cash a Nick Cave, passando por Neil Young e Primal Scream. Acho que as coisas mais novas que ela botou na programação foram Bat for Lashes e Queens of the Stone Age, para se ter uma ideia.

Mesmo assim, vale a audição. O programa do último domingo, norteado pelo tema “Outlaws and Highways”, fica no ar por mais quatro dias. Vejamos qual é a da Alison DJ Mosshart.

* Tracklist
1) Bo Didley – Cops & Robers
2) Johnny Cash – Desperado
3) John Lee Hooker – I’m Bad Like Jesse James
4) Nick Cave & Warren Ellis – What Must Be Done
5) Woody Guthrie – Billy The Kid
6) Mississippi John Hurt – Stack O’ Lee
7) Soggy Bottom Boys – I’m A Man Of Constant Sorrow
8) Howlin’ Wolf – I Ain’t Superstitious
9) Royal Tryx – Esso Dame
10) The J.B. Pickers – Freedom Of Expression
11) Primal Scream – Kowalski
12) Chuck Berry – You Can’t Catch Me
13) The Velvet Underground – Run Run Run
14) The Modern Lovers – Roadrunner
15) The Cramps – Route 66
16) Townes Van Zandt – White Freight Liner Blues
17) Jeff Buckley – Lost Highway
18) Laura Marling – Blues Run The Game
19) Waylon Jennings – I’ve Always Been Crazy
20) Neil Young – Unknown Legend
21) Canned Heat – On The Road Again
22) Fiji – Song for Charles Manson
23) Shocking Blue – Harley Davidson
24) Bob Dylan – Highway 61 Revisited
25) Queens Of The Stone Age – Outlaw Blues
26) The Doors – My Wild Love
27) R.L. Burnside – Let My Baby Ride
28) Creedence Clearwater Revival – Up Around The Bend
29) Dean Martin – My Rifle, My Pony and Me
30) Tom Waits – Ol’ 55


Outra música nova: do PULP. Mais ou menos nova, aliás
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Lúcio Ribeiro

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* Fala, Jarvis, fala.

A banda inglesa Pulp, pilar do britpop lá nos 90 e frequentadora recente de Brasil e navios, lançou música nova. Eles foram ao Twitter agora há pouco para avisar.

“After You”, bem boa, tinha sido liberada no Natal, disponibilizada para download primeiro para quem tinha ido ao show da banda em Sheffield, no final do ano. Agora, botaram no iTunes, para a geral. Disco Pulp!

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Vídeo conta tudo do Coachella nos sete mares: os shows, a piscina, o gramado (!) no navio, a Popload na água
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Lúcio Ribeiro

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* Sobre o SS Coachella, falei rapidamente do que rolou, há algumas semanas, no finalzinho de 2012. Chegou a hora de mostrar.

* Uma das coisas mais bizarras da minha vida foi ter participado desse Cruzeiro do Coachella, um dos principais festivais do mundo em versão navio, singrando em mar aberto. Saiu de Fort Lauderdale (colado a Miami) e foi até Nassau, nas Bahamas. Durante os três dias que durou a viagem, teve piscina com DJs luxos tocando entre um tchibum e outro, shows de nomes como Pulp, Hot Chip, Grimes, Black Lips, Father John Misty, Simian Mobile Disco, Sleigh Bells, Yeasayer e tudo mais. Teve discotecagens de James Murphy, Girl Talk, Gaslamp Killer, DJ Harvey, Rapture e tudo mais. Tinha vários restaurantes e cafés a bordo. Comida e bebida 24 horas. Tinha cassino, a bordo. Tinha spa a bordo. Quadra de basquete. Free Shop. Gramado (!). Loja da Apple (!!). Tinha coisas que eu nem vi que tinha.

O show acontecia em dois lugares, dentro do navio. Num teatro tipo “mini-Brixton Academy” maior que o Cine Joia. E num palco num salão atrás das piscinas transformado em clubinho cool. DJs na piscina tocando ao visua de final de tarde no Caribe.

Não fui só eu que achei tudo bizarro. Cada banda que ia se apresentar, antes do show, tascava um discurso inicial dizendo o quão estranhamente incrível era aquela aventura de fazer um festival desses sob as águas, com bandas e públicos “presos” no mesmo lugar por praticamente 60 horas, todo mundo em bar, todos em restaurantes, fazendo refeição lado a lado, nos bares pedindo bebida, todos em trajes de banho, depois todos “vestidos” para a “night”.

Uma das 1000 coisas que diferenciam o Coachella no mar do Coachella na terra, para citar um exemplo do mesmo festival, é que, no navio, depois de ver tudo, ouvir tudo, beber tudo, comer tudo, era só pegar um elevador rápido que você logo estava no seu quarto. Sem perrengue, andadas, estacionamento, estradas. O dia seguinte lá estava você de novo, pronto para mais.

Um amigo, companheiro de viagem, o Lucio “Lucioland” Caramori, editou um vídeo nosso que conta toda a história do que foi o SS Coachella. Em cinco minutos. Da chegada ao porto até a hora de deixar o navio. Ficou tão bom o vídeo que nem acredito que foi ele que filmou e editou. E, cuidado, spoiler alert, eu apareço debaixo d´água. Esteja avisado.

Guarde seu dinheiro para o cruzeiro do ano que vem, se o Coachella repetir a iniciativa. É tipo histórico.

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Bandas ao mar. Popload no cruzeiro do Coachella, nas Bahamas
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Lúcio Ribeiro

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* Popload de volta a São Paulo. Mas por pouco tempo…

* Olha. Eu já andei por festivais por todo canto, nesta minha vida de jornalista musical. De Rio Branco (Acre) a Nancy (França). No Popload Gig ou no Reading Festival. Festival de rua como o CMJ, o Great Escape e o South by Southwest e festivais-festivais, como Abril pro Rock, Goiania Noise, MECA e Coquetel Molotov (para citar brasileiros) e Sónar, Primavera e Benicassim (para citar espanhóis).
Mas, como esse Coachella no navio, nunca tinha vivido coisa igual. Mothaf*ckin’ indies on a mothaf•ckin’ boat!!

(((O texto abaixo, em versão reduzida, saiu hoje na cobertura do SS Coachella para a Folha de S.Paulo)))

O naviozão que abrigou o Coachella sob as águas do Caribe. Tinha uns 12 andares circuláveis, com restaurantes, quadra de basquete, academia de ginástica, cassino e galeria de arte, fora tooooooooodo o resto

* Foi no mínimo bizarro. Ou, melhor dizendo, foi uma “viagem”.
Um dos mais badalados eventos de música “em terra” do planeta, o californiano Coachella Festival experimentou nesta semana uma edição especial num navio, navegando de Miami até Nassau, nas Bahamas e voltando, com uma programação intensa de três dias com bandas, DJs e “outras atividades”.

Na verdade, são duas as edições especiais sob as águas, com o nome SS Coachella. Uma que aconteceu de domingo a quarta cedo até as Bahamas, no mar do Caribe, na qual a Popload esteve a bordo, e uma outra que neste momento está em curso, levando a mesma programação a bordo, só que até a Jamaica.

Jarvis Cocker em pose de rock star comandando o Pulp no primeiro show do teatrão do navio no Coachella ao mar. Foto Ian Witlen (“OC Weekly”)

Grandes bandas da música independente nova e mais antiga, como os britânicos do Pulp e Hot Chip, os indies americanos Sleigh Bells, Grimes, Cloud Nothings e Yeasayer, mais discotecagens de um tal de James Murphy, Girl Talk,  DJ Harvey, o incrível Gaslamp Killer e a banda-de-DJs The Rapture foram alguns dos nomes que fizeram performance no balanço do mar, dentro do Celebrity Silhouette, um navio que é um verdadeiro hotel que navega, contendo em sua dependências um teatro, clubes, bares, cassino, restaurantes, biblioteca, ala de compras, loja da Apple, spa, academia de ginástica, galeria de arte, uma extensa área com gramado para shows “acústicos” e DJ sets ao ar livre e um dormitório para 2800 pessoas, fora a tripulação.

Ao todo, contando artistas, convidados e público pagante (os quartos iam de US$ 500 os mais simples a US$ 9.000, a suíte com varanda), estiveram a bordo cerca de 2000 pessoas.

Galera em volta das duas piscinas do navio do Coachella, durante o dia. Tinha DJ quase 24 horas tocando na piscina. Entre eles DJ Harvey, Gaslamp Killer e os caras do Rapture. Foto de Ryan Downey (“Billboard”)

“Os primeiros Coachella também não esgotaram”, lembrou Paul Tollett, um dos fundadores do festival que acontecia em dois dias no deserto da Califórnia e hoje ocorre em três, durante dois tumultuados finais de semana seguidos em que os ingressos desaparecem assim que são colocados a venda. “O que vale é a experiência”, defendeu Tollet.

A “experiência” a que o produtor se refere vai além de “ver shows”. O cruzeiro do Coachella oferecia shows e discotecagens, sim, mas entre um e outro, a uma distância de elevador de no máximo 15 andares, um dia de sol na piscina, vai-e-vem a bares e restaurantes (com bandas circulando entre os passageiros porque não tinha muito lugar para ir, ali no mar), e o que faz a diferença numa maratona intensa comum de festival: cansou de tudo? Se acabou? Não aguenta mais? Ande até seu quarto e vá dormir!!!!
É o sonho de quem frequenta festival. Desaparecer rápido de cena.

Entre a programação além-performances, mediante inscrições, teve degustação de vinhos com James Murphy, debate com os organizadores do Coachella, aulas de DJ, sessão de cinema apresentada pelo Girl Talk, leitura de peças literárias com o J. Tillman, do Father John Misty, drinks Bloody Mary matinais preparados pelas meninas da banda Warpaint.

Galera no teatro do Celebrity Silhouette esperando pelo show do Yeasayer

Ah, sim. Os shows… O Pulp foi uma apresentação incrível de duas horas. Jarvis Cocker contou as mesmas historinhas que embalaram a apresentação do Pulp recentemente no Brasil. Fora as piadas sobre estar tocando no mar. Mas que gás foi o show deles no navio. Parecia banda de meninos. O frescor marinho rejuvenesce. E Jarvis Cocker, superbem vestido à là Jarvis Cocker, blazerzinho inglês sobre camisa abotoada até em cima, circulando para lá e para cá na piscina com todo mundo de traje de banho, no máximo uma bermuda + Havaianas, era bonito de se ver. Jarvis é um ser especial, mesmo.

O Hot Chip foi inesquecível. Banda que é uma em estúdio e outra ao vivo, ambas muito boas, começou de maneira morna, mas logo pegou ritmo na junção eletrônica-orgânica e o show foi tipo estupendo.

Grimes, no clubinho, vi duas vezes. Muito alto, muito bom. A última vez que eu vi o cabelo era curto e loiro. Agora está comprido e escuro. Botou duas dançarinas sensualizando o bizarro. E sua voz está firme, indo para lugares etéreos com naturalidade que desde o Cocteau Twins não se via.

Mas, sou suspeito para falar, o Father John Misty arrasou. Tanto no show com banda no clube do navio, como no acústico, ele e violão, num “gramado Coachella” que tinha no deck do navio. Meio folk, meio grunge, meio Jonathan Richman, meio um Alison Mosshart masculino. Hipnótico e estiloso. O vídeo abaixo fala por si só.

O Hot Chip em ação no SS Coachella, em hora que o navio ia pra lá, vinha pra cá, mas tudo beleza

James Murphy foi lindo em sua discotecagem indie-disco. Chamou todo mundo para o palco do teatro do navio, que eu calculo ter lugar para umas 2000 pessoas.

O Girl Talk quase afundou o navio com seu festival de mashup incrível. Mas incrível mesmo é como a piada dele não acaba nunca. Sempre explosivo, sempre criativo.

O bom do navio é que você conseguia sempre chegar na hora dos shows e conseguir um excelente lugar para ver, tanto no teatro quanto no clube.

James Fucking Murphy comandando uma degustação de vinho a bordo do Coachella dos mares. Foto de Ryan Downey (“Billboard”)

“E aí, navio?”, saudou o vocalista do Yeasayer no início do show da banda no lindo teatro do Silhouette. “Vamos falar a real: isso aqui é totalmente esquisito. Estou me divertindo. Sério mesmo, está sensacional”, resumiu tudo, logo no primeiro dia.

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Popload no mar. Coachella no navio começa hoje
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Miami. Ainda bem que estou longe de São Paulo, haha.

Motherf•ckin’ Indies on a motherf•ckin’ boat!

* Se essa p*rra não virar (olê…), começa hoje no trajeto o SS Coachella, versão Bahamas, a versão cruzeiro de um dos principais festivais do mundo em terra firme. Primeira iniciativa do maior festival americano em outra “plataforma” que não o deserto da Califórnia. O embarque e a zarpada é no final da tarde de domingo e às 8 da noite, horário daqui, já tem o incrível Father John Misty (um dos álbuns do ano, um dos shows do ano) tocando ao vivo.

O line-up é incrível. Neste domingo tocam FJM, Grimes, Pulp, Black Lips, Cloud Nothings, Gaslamp Killers e !!!. A balada à bordo vai até quarta de manhã. Na terça, para ter uma ideia, rola a seguinte sequência: Warpaint, Simian Mobile Disco, Hot Chip, Rapture (DJ set) e Girl Talk. O grande James Murphy, Sleigh Bells, Yeasayer, Jason Bentley e DJ Harvey são outros nomes que estão na programação. Algumas bandas/artistas tocam duas vezes no cruzeiro. A programação geral está aqui.

A parada é intensa. Durante o dia, tirando piscina, clubinho non-stop e tals, a programação inclui, entre outras coisas, as seguintes “atividades”:

* Degustação de vinhos com James Murphy. Parece que o cara é “oenophile”.
* Um famoso DJ de rádio cool de Los Angeles (KCRW) vai moderar uma conversa com organizadores do Coachella, para ele falarem como botam de pé um festival daquele tamanho em terra e como ele veio parar na água. Bom para o nosso momento “país dos festivais x crises” e tal, talvez.
* Vire DJ ao vivo tocando no Coachella. Vão ter cursos rápidos para DJ no deck do navio, tocando na real com “instrutor” famoso (de banda) e ganhando um poster do Coachella com o nome no line-up. Afinal, você tocou no festival.
* Sessão de Midnight Movies. “Ghost Ship” vai passar nas Bahamas, haha. Apresentado pelo Girl Talk.
* Leitura de peças literárias com o J. Tillman, do Father John Misty.
* Sessão matinal de drinks Bloody Mary feitos pelas meninas do Warpaint. Matinal.
* Parece que a bombshell indie Alexis Sleigh Bells vai ensinar alguma coisa sobre pintar unhas, não entendi direito.

Enfim. Depois conto melhor essas histórias. Se é que vai dar para fugir da regra básica do “o que acontece no navio, fica no navio”.

🙂

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Popload em Nova York
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Lúcio Ribeiro

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* Don’t sleep till Brooklyn.

* Juro que eu não fugi do Brasil para escapar da festa corinthiana durante esta semaninha “cheia”. Não SÓ por isso, digamos.

* Popload se mandou para os EUA na missão de conferir de perto, sob as águas, a primeira edição do Coachella Cruise, o S.S. Coachella, uma versão do festival do deserto da california desta vez em cima de um navio que dará um rolê musical pelas Bahamas, partindo de Miami. Sobre o cruzeiro do Coachella, que acontece no próximo fim de semana e terá Pulp, Hot Chip, James Murphy, Simian Mobile Disco, Sleigh Bells, Grimes, Rapture, Father John Misty, Black Lips, Warpaint e mais uma galera “on board”, a gente fala mais depois.

É que, antes da zueira marítima, este blogueiro passará um frio louco em semana agitada de Nova York. Nunca vi tanto show junto em um lugar como esses dos próximos dias na mais famosa cidade do planeta. Nem em Londres dos “bons tempos”, acho. Tem pelo menos uns quatro shows imperdíveis por dia na região de Manhattan, Brooklyn e até New Jersey.

A grande turnê comemorativa dos Rolling Stones (Jagger moving like Jagger no Brooklyn, sábado, em foto do “NYTimes”. A legendária banda toca quinta em Newark com Black Keys e Lady Gaga de convidados); o absurdo show do Madison Square Garden em benefício às vítimas do furacão Sandy (Paul McCartney, Bruce Springsteen, os próprios Stones, The Who, Dave Grohl, Eddie Vedder, Jay-Z etc.); a volta do Yo La Tengo; Smashing Pumpkins; The Killers; Of Montreal com o Foxygen abrindo; Andrew Bird; Totally Enormous Distinct Dinosaurs; Paul Banks; James Blake; e, ufa, outro show beneficente provocado pelo Sandy, desta vez indie, que terá Grizzly Bear, Sleigh Bells, Cults e The Antlers.

Tudo isso nas próximas seis noites. New York I love you but you bring me crazy!

Vamos ver o que conseguimos fazer por aqui. Stay tuned!

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This was hardcore. Pulp ontem em SP
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Lúcio Ribeiro

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Show do ano ou só mais um show do Pulp? Jarvis Cocker é o maior frontman do rock ou ele é Deus só para quem é fã da banda britânica? Questionamentos básicos em jogo, mas que no final das contas não valem nada. O que vale dizer é que o veterano Pulp ainda está cheio de gás e fez um show emocionante na noite de ontem, em uma Via Funchal “agradável”, para um público razoável.

Na plateia ou no palco, o show do Pulp foi um verdadeiro encontro da “Class of 1990s”. Ou “Class of 2000s” do comecinho. Um belo baile da saudade britpop que teve muitas funções sociais-emotivas bacanas, uma vez que o Pulp voltou para isso. O dândi Jarvis Cocker continua o mesmo. Cantando muito, instigante, com seu visual e trejeitos peculiares. O quase cinquentão não deixou de fora musicas pontuais da história do rock britânico como “Babies”, “Disco 2000” e o super hit “Common People”.

Nas lentes de Fabrício Vianna, a Popload destaca alguns momentos da estreia do Pulp em palcos brasileiros.


Pulp ontem na Argentina: “Babies” e “Disco 2000”
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Lúcio Ribeiro

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* Mais vídeos com imagens do show que a banda Pulp, já em solo americano, fez ontem em Buenos Aires, no Luna Park. A banda de Jarvis Cocker se apresenta em São Paulo semana que vem, dia 28, no Via Funchal. É a primeira vez do grupo britpop na cidade e uma das últimas vezes que a tradicional casa de show vai abrigar um showzão antes de virar apartamento.

Em cartaz, as marcantes “Babies” e “Disco 2000”. Perdoe pelos gritos da argentinada. Aqui vai ser assim também, certeza.

Sim, claro, estamos esperando subirem “Common People” para botá-la aqui.

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