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Arquivo : Sónar SP

Xiiii, Brasil. Sónar São Paulo cancelado! Organização tentou pulverizar o festival pela cidade, mas não rolou
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Lúcio Ribeiro

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Notícia quente e triste nos bastidores do mercado de shows deste país. O incrível Sónar SP, festival brasileiro ligado ao evento major de vanguarda musical criado em Barcelona, não vai mais acontecer.

O evento, que estava marcado para rolar no Anhembi dias 24 e 25 de maio, com presenças confirmadas de The Roots, Pet Shop Boys, Explosions in the Sky, Nicolas Jaar, Matmos, entre outros, foi cancelado devido “às dificuldades e à instabilidade no mercado de entretenimento no Brasil”, diz o comunicado oficial. Os ingressos ainda não haviam sido colocados à venda.

* Update, 18h50: A Popload apurou que foram feitas várias tentativas para deixar o festival “de pé”. Mas motivos que vão desde a fraca venda de ingressos ao insucesso nas negociações com o Anhembi fizeram a organização do Sónar pensar em uma saída alternativa, a de tentar “pulverizar” o Sónar SP pela cidade, com shows no MIS durante o dia e em outras casas como o Cine Joia, Tomie Otahke e Espaço das Américas para os artistas maiores.

Pena, não deu. E o Brasil sofre baixa com um dos eventos que está entre os mais respeitáveis no mundo.


Os Melhores de 2012 da Popload – Shows no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* Sei que já devia ter deixado 2012 em 2012, mas faltou o ranking das melhores apresentações ao vivo do ano passado.

* Num espetacular ano para shows gringos no Brasil, ainda que dois mil e doze tenha acabado meio sinistro, com uma certa crise de “ajustes de mercado” misturada a um já movimentadíssimo calendário para 2013, a gente viu tanta coisa ao vivo em solo tupi que eu nem lembro de tudo direito.

2012 teve o nascimento de dois outros megafestivais (Lollapalooza, Sónar), um outro “dando um tempo” (SWU), um outro querido evento indie acabando “as we know it” (Planeta T…). Uma pancada de shows pequenos acontecendo seja em casas novas (Cine Joia, cof cof), seja em porta de cemitério. Teve a maturação das festas com DJs gringos bons nas tardes, teve o Franz Ferdinand causando tumulto no Ipiranga, o Horrors tocando em loja de azulejo em Sorocaba, banda francesa tocando em navio, banda do Texas se apresentando 7 da manhã no meio da rua do Centrão, teve o Carl Barat excursionando e cantando Libertines com banda brasileira “de fundo” e um beatle fazendo concerto no Nordeste, no mangue.
Não vou nem me alongar muito dizendo que 2012 foi o ano mais movimentado do Popload Gig.

Falando em Popload Gig, peco desculpas por votar nos shows que eu mesmo provoco, na casa em que eu faço parte. Faz parte. Um perdão ainda especial a Jarvis Cocker, Morrissey e Noel Gallagher. Vocês me entendem…

Então, o Tame Impala levou essa, nem vou explicar muito. Tocaram duas vezes no Cine Joia, em dias seguidos. O primeiro, numa festa fechada em que 80% dos presentes nem aí para quem estava no palco. E já foi muito bom. Na noite seguinte, público todo dela, a banda ainda só “experimentou” tocar ao vivo duas músicas do fantástico disco novo. Foi mágico.

O Arctic Monkeys foi gigante no gigantesco Lollapalooza. Nossos meninos de Sheffield agora são banda de homens. Visual de motoqueiro, baterista fantástico, mais à vontade em tocar as músicas que não são hits. Monsters of rock. Os srs. do Kraftwerk fizeram seu “musical” no estreante (agora para valer) Sonar SP. Show de interpretação de um tempo em que as máquinas nos davam medo. Parece filme antigo daqueles que nunca cansamos de ver.

Na cara de pau, fazer o quê, outro do Popload Gig: o Rapture. Comecinho do ano, o som do Cine Joia ainda zoado, o ar-condicionado do Cine Joia ainda zoado, o grupo nova-iorquino despejou dance-punk de uma maneira tão tocante e intenso que a adversidade jogou a favor. O que o Mogwai fez no teatrinho escondido do Anhembi foi avassalador. O Suede, no PT, ocupou um lugar de destaque no ranking que eu daria facilmente a algum herói veterano tipo Morrissey, tipo Noel. Mas o grupo do Brett Anderson conseguiu ser genial, atual.

Bom, como pincelada geral rápida, é mais ou menos isso. Os nomes desta particular lista de melhores falam por si só. E ela acabou assim:

1. Tame Impala, Popload Gig / Cine Joia

2. Arctic Monkeys, Lollapalooza Br

3. Kraftwerk, Sonar SP

4. Rapture, Popload Gig / Cine Joia

5. Mogwai, Sonar SP

6. Suede, Planeta Terra

7. Howler, Beco

8. Foo Fighters, Lollapalooza

9. Totally Enormous Distinct Dinosaurs, Sonar SP

10. Skrillex, Lollapalooza Br

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Feliz 2013: Sónar SP anuncia primeira leva de shows com Explosions In The Sky, The Roots, Matmos, Pet Shop Boys e mais
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Nova York, de olho no Anhembi.

Como a Popload antecipou há duas semanas, o grupo pós-rock espacial Explosions In The Sky e o cultuado duo californiano Matmos são dois dos nomes que puxam a fila inicial de atrações do aguardado Sónar SP, festival eletrônico de vanguarda, que terá mais uma edição brasileira dias 24 e 25 de maio no Anhembi.

Foram também foram anunciados no final da manhã de hoje outros nomes como o grande The Roots, os veteranos do eletrônico pop Pet Shop Boys, além de Jamie Lidell, Paul Kalkbrenner, Renato Ratier, Theo Parrish, Taksi (duo formado por João Brasil e Domenico Lancellotti) e Mau Mau.

Ao todo, o Sónar SP contará com mais de 30 atrações, divididas em três palcos com programação ininterrupta. Os ingressos serão colocados à venda dia 20 de fevereiro. Os preços ainda não foram anunciados.

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Silva, ontem, em São Paulo: “Cativante”
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Lúcio Ribeiro

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* E de repente temos um James Blake. Destaque do Sónar SP em horário ingrato, destaque ontem à noite no Sesc Pompeia em “show solo”, o garoto Silva, extensão bem brasileira de um nome bonito (Lucio), é o novo destaque da música brasileira em poucos dias. Silva é capixaba, morou um tempo na Irlanda do Norte e faz algo entre o indie, a MPB, a eletrônica lowcore e a música clássica. Como disse o Lauro Lisboa Garcia no “Estadão”, o som de Silva é “como juntar Schumann, Nelson Cavaquinho, Ernesto Nazareth, Depeche Mode, Guilherme Arantes e James Blake, com sutileza e pulsação”. Meu amigo Augusto Mariotti, diretor do site fashion “FFW”, conta que o show do Sesc, ontem, foi bem legal. “Som melhor que no Sónar, plateia bem cheia para uma terça-feira fria e chuvosa e para ver um artista brasileiro tão novo (umas 200 pessoas), muitas delas já cantando as músicas do EP”.
Silva tocou mais cinco músicas novas, segundo Mariotti, que devem estar no disco de estreia que, parece, sai ainda este ano pela Som Livre.
“Como no Sónar, ele tocou acompanhado de um baterista (um moleque de 18 anos) que disparava as bases pré-gravadas. O menino promete! No mínimo ele sai do lugar comum dos artistas da nova MPB brasileira, apesar de uma certa influência, nas letras, de Marcelo Camelo aqui e ali.”

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Sónar SP reinventa o xarope Anhembi. Mais: os “win”, os “fail”, os vídeos
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Lúcio Ribeiro

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* Você pode nem ser “da eletrônica”, amar hip hop ou necessariamente gostar das bandas que o Sónar SP botou no festival. Mas o bem que o evento trouxe para a cidade de São Paulo foi digno de palmas.
Primeiro que o malfadado Anhembi, graças ao mostrado pelo Sónar SP, tem solução sim como espaço (um dos únicos) para grandes eventos musicais na capital, com algumas correções de logística em sua organização. Isso é um avanço para a música na cidade.
Concentrado em um lugar só (a primeira edição, de 2004, aconteceu dividido entre Instituto Tomie Ohtake e Credicard Hall) e com cerca de 15 mil pessoas circulando por noite, o Sónar reinventou com êxito o Anhembi para shows. Esqueceu o problemático (e feio) (e insolúvel acusticamente) (e chato de chegar e sair) Sambódromo, vendido como “Arena Anhembi”, fez do galpão de eventos seu palco principal (palco SonarClub), redescobriu o auditório Elis Regina (que nos anos 80 foi o local de épicos shows de Echo & The Bunnymen e Siouxsie and the Banshees, entre outros) para atrações mais intimista (palco SonarHall).
Virou interno, “indoor”. Virou bom.

***** WINS E FAILS DO SÓNAR SP

– Valeu, Sónar
1. Escalação caprichada, moderna, que olha para a frente. Line-up mistureba só com coisa fina, com o melhor de todos os estilos.
2. Para outros festivais, fica a lição: uma escalação com pequenos grandes nomes às vezes vale mais que um festival com grandes headliners, mas sem nada de muito interessante tocando antes deles.
3. Organizado: filas ágeis, vários pontos de venda, homens-bar pela pista, praça de alimentação tranquila, Doritos sendo distribuídos… Banheiros com pouca fila também.
4. Kraftwerk: ir ao show do Kraftwerk é passar pelo menos uma hora ouvindo piadinhas do tipo “os caras estão no ________*” (*inserir: MSN, Facebook, Twitter, Angry Birds, Skype, etc). Piadinhas desse tipo com o Kraftwerk são tipo as do tio do pavê-pra-comê no Natal: não falham. Ralf Hütter está velho? Só tem um integrante original? Ultrapassados? São Windows 95? 3D anos 80? Não se mexem, está tudo programado? Mas,… quem liga? A parte mais incrível de um show do Kraftwerk é que nada disso é escondido. Você pagou pra ver robôs dos anos 70 tocarem com projeções de 3D. É exatamente isso que você recebe. Com a grande vantagem de que esses robôs ainda fazem música que soa atual nos 2000. E, além de ser nostálgico, é sempre emocionante. OBRIGADO, BJORK.
5. A ressurreição do Justice. Depois de uma certa estagnada, um show fraco no Brasil e um disco novo mais fraco ainda, ninguém (eu) esperava muito da dupla de jaqueta de couro. Heavy metal da eletrônica. Cafonices à parte, foi um espetáculo de hits e de dança. Acho que foi o show mais animado do festival (principalmente pra quem saiu dele e foi pro James Blake. Choque de estilos, o que é bom, também)
6. Ver o povo tentando dançar dubstep. Parecia o casting do Walking Dead, sem o Dead. Dubstep inaugurou a dança do zumbi. Requebra ali, entorta o joelho, quebra o pescoço pro outro lado, ensaia uma convulsão de leve e se arrasta.
7. Mogwai: comparada ao resto da programação, o Mogwai era praticamente um Motorhead no meio de um festival de MPB. Dez anos depois do primeiro show no Brasil, a banda não precisou nem arrancar o público gigante da tenda do Flying Lotus. Quem foi para ver Mogwai, pouco se preocupou com o que rolava fora do auditório. Nem conseguiria mesmo: a parede de três guitarras ensurdecedoras com projeções em uma tela widescreen era hipnotizante. Se não me engano, foram dez músicas ao todo. Lembrando que, para o rock instrumental do Mogwai isso é muito. As músicas foram “encurtadas” para caberem no horário previsto. Mesmo assim, a banda passou, propositadamente, alguns minutos do horário de encerramento e causou um certo mal estar nos bastidores. Pelo twitter, o baterista chegou a dizer que foi “ameaçado” pelo organizador de palco. o_O
8. Flying Lotus/Totally Enormous Extinct Dinosaurs/Hudson Mohawke – Tirando tudo o que teve de bom, tirando tudo o que foi digno de nota, sem falar no Doom, o Hudson Mohawke, o James Blake, tiveram essas duas apresentações em particular. O Lotus trouxe o underground de Los Angeles para cá. De novo. Uma hora de batidas quebradas, experimentalismos e baixos gordos bons de dançar. Tudo costurado por samples de Radiohead, bateria de escola de samba e Beastie Boys, que bela homenagem. Coraçãozinho com as mãos pra finalizar o set. Fofo. O Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o nome mais legal da música hoje (até porque você olha o menino com a voz do Tiga, a sonoridade única dentro de tudo conhecido que ele carrega), foi incrível, mesmo tocando/cantando em cima de base pré-gravada. É dono do melhor disco da dance music em 2012. Isso porque o disco nem saiu. As roupas. A galera que foi com penacho de índio na cabeça para vê-lo no Sónar. Coube ao Totally Enormous Extinct Dinosaurs fechar a conta do festival, lá pelas quatro da manhã. Pista ainda cheia de gente, meninas com a cara pintada de tinta neon, malucos com cocar na cabeça. O “Enormes Dinossauros Extintos” é na verdade um menino inglês franzino que faz house e electro com indie e pop e até dubstep (inglês) na medida certa. O live foi um mix das faixas que estarão em seu primeiro álbum, que chega em junho. Delícia de dançar.

– Não rolou, Sónar
1. a fila gigantesca no primeiro dia, para a retirada de ingressos. Faltando alguns minutos para o Kraftwerk, povo desesperado, informações desencontradas, resolveram liberar tudo. E bastava mostrar o papel impresso da internet para entrar…
2. Os atrasos. Em festival, um pequeno atraso gera um efeito cascata no festival todo. E aquela programação com horários na mão da galera fica sem serventia.
3. Não havia indicação clara de palco, nem do artista tocando em cada um deles. Com os atrasos, vi gente se requebrando no Zumbi-Dance do Rustie, achando que estava na apresentação do Flying Lotus (!!!)
4. O som do auditório estava perfeito no show do Mogwai, mesmo com todas as guitarras na potência máxima, mas no do James Blake, justamente no mais delicado deles, reverberava demais!
5. O cheiro de Doritos em todo o festival. A gente sabe, a gente sabe…

* COBERTURA POPLOAD – Lúcio Ribeiro, Ana Carolina Bean Monteiro, Fiervo. Fotos: Fabrício Vianna

***** ALGUNS VÍDEOS DO SÓNAR SP

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Sónar SP: E o Kraftwerk, hein?
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Lúcio Ribeiro

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* Andei lendo por aí que o Kraftwerk fez um show mecânico e parado, no Sónar, na sexta pro sábado. Mas achei umas coisinhas além.

Depois de ter tocado no Brasil pela quarta vez, sem o choque da novidade da primeira (1998), sem o Radiohead para “atrapalhar” na última (eles abriram para o grupo inglês em 2009), o veteraníssimo Kraftwerk mostrou sexta-feira no festival Sónar SP que a experiência de vê-los ao vivo entrega cada vez mais a ideia de que eles não são uma banda fazendo show, e sim quatro atores em um musical.

Quatro senhores parados de pé diante de uma mesa “estação de trabalho”, como atores fazendo o papel ora de homem, ora de máquina operando uma usina nuclear em Dusseldorf, com um espetáculo visual no telão imenso atrás e uma lista de canções que são tocadas (umas delas há uns 40 anos) incrivelmente sem que pareçam velhas, em que pese as versões mais modernizadas (remixadas, pesadas) de algumas. É assim constituído o “Musical Kraftwerk”.

O quarteto comandado por Ralf Hutter, hoje a caminho dos 70 anos, foi tão revolucionário para a música eletrônica em
particular e para a música pop no geral que uma das brincadeiras imaginárias para fazer enquanto está imerso na performance audio-visual do grupo alemão é ficar identificando nuances sonoras utilizadas por artistas e canções em suas músicas nos últimos 20, 30 anos. “The Robots”, “Metropolis”, “Computer World”, “Autobahn”, “Tour de France”, “Radioactivity”, “Boing Boom Tschak”, “Music Non Stop”. Eles tocam e você viaja nas imagens e nas referências.

Imagens essas desta vez em 3D, um artifício modernizatório dos anciões da eletrônica, com a plateia toda vestida por 15 mil óculos, se tornando homogênea e portanto forçosamente integrante dentro daquele espetáculo produzido por “robôs homogêneos”, vendo números saltarem do telão, braços dos homens-máquinas se estenderem a ponto de abraçar-nos, satélites em rota de colisão com nossas cabeças. Um recorte brasileiro dos shows que o grupo protagonizou em série recentemente no MoMA, em Nova York.

O Kraftwerk em si é um museu de arte moderna.

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Music. Non Stop. O primeiro dia do Sónar SP, com algum papo e muita foto
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Lúcio Ribeiro

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* Com um caminhão de problemas estruturais e de som, mas ao mesmo tempo delicioso em seu clima e com o bem-sucedido mérito de reinventar o malfadado Anhembi em novos ambientes, o festival Sónar SP despejou o novo e o velho em doses generosas na edição que começou ontem, atravessa a noite deste sábado e vai só terminar no domingo de manhã, com nosso amigo dinossauro moderno. Seja de passagem, sejam duas músicas vistas/ouvidas, seja vendo o show-viagem inteiro do Kraftwerk, seja o que o amigo viu e contou, foi muita informação sonora entregue pela filial brasileira do festivalzaço de vanguarda espanhol. De DOOM a Little Dragons, do Chromeo ao Austra, do Hudson Mohawke ao Emicida, do Cut Chemist até a razão de um festival como o Sónar existir, o grupo alemão ancião Kraftwerk e seu show 3D.

Até segunda-feira a gente vai falar bastante do Sónar, em muitos aspectos, de alguns ângulos, texto, foto, vídeo.
Vamos começar com fotos. A de cima é de Eduardo Anizelli, da Folhapress. Todo o resto é de Fabricio Vianna, da Popload.

Hoje tem mais. Hoje deve estar melhor.

O grooveiro Mauricio Fleury, do Bexiga 70, abrindo o Sónar SP com sua versão DJ

A dupla de Barcelona Za!, que também deu o pontapé inicial no Sónar com seu circo sonoro

O mitológico ser eletrônico alemão Ralph Hutter, que mantém o Kraftwerk, 42 anos, muito vivo

Então…

O britânico James Blake como DJ, mostrando um “dubstep delicado”. Hoje é seu show “live” autoral. Faça silêncio

Galera moderna

Mais galera

Galera do futebol também foi

O Dave 1, do Chromeo

Mais Kraftwerk

A japa-sueca no simpaticaço show da banda indie escandinava Little Dragons, no auditório

Adivinha o show que ele estava

A Katie Austra brigou com o som e as luzes acesas para arranjar clima para sua electro-ópera indie

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Sónar SP desfalcado: show de Björk está cancelado
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Los Angeles.

A notícia já era meio que esperada, mas agora veio a confirmação. A organização do Sónar SP, que acontece dias 11 e 12 de maio no Anhembi, informa que a cantora islandesa Björk não vai mais se apresentar no festival.

Björk passa por um problema em suas cordas vocais, que possui nódulos inflamados. Por recomendação médica, ela terá que ficar em repouso imediato nas próximas semanas. Os dois shows dela marcados para a Argentina já haviam sido cancelados semana passada.

O Sónar SP informou que em até 48 horas anunciará todo o procedimento para troca ou reembolso dos ingressos, a quem se interessar.

Mesmo com o desfalque importante da Björk, o Sónar SP segue com atrações imperdíveis como Justice, Modeselektor, James Blake, Mogway, Cee Lo Green, Chromeo e outros 50 artistas.


Flying Lotus ou Mogwai? Justice ou James Blake? Bem-vindo ao Sónar SP
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Lúcio Ribeiro

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Ah, os grandes festivais. Pedimos tanto por eles para, em seguida, matarmos nossas cabeças por causa deles. Como todo bom festival que se preze, o Sónar SP (11 e 12 de maio no Anhembi) começa a dar aquela “dor de cabeça boa” para seus espectadores. Com três espaços diferentes para shows e discotecagens, o evento soltou a lista oficial dos horários e locais das apresentações.

Mais ou menos assim, basicamente. No sábado (11 de maio), Emicida vs. Little Dragon; Doom vs. Bjork. No domingo (12), Flying Lotus vs. Mogwai vs. Cee Lo Green. Além do Justice vs. James Blake vs. Four Tet.

O que você vai escolher na batalha dos horários do Sónar?


Blur, At the Drive in, Muse: no segundo semestre, em um festival perto de você. E mais bandas para o Sonar SP, agora em maio
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Lúcio Ribeiro

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* Perto de você de São Paulo ou imediações, quero dizer.

* No país das especulações certeiras, começam a tomar forma os grandes eventos do segundo semestre. Quando falo “festivais do segundo semestre”, você sabe sobre quais me refiro. Quando falo Blur e At the Drive in, você sabe em quais eles cabem. Só quanto ao Muse eu desconfio que vai ser um desses shows solo que andamos tendo, não em festival. E, definitely maybe, talvez seja ainda um pouco antes do segundo semestre. Vamos acompanhar.

* O Blur lança disco novo este ano. Já soltaram uma faixa nova, ao vivo, chamada “Under the Westway”. A banda rival do Oasis na “guerra do britpop” toca no Hyde Park, em agosto, na festa de encerramento das Olimpíadas de Londres. Meses depois, tudo indica, vem à América do Sul, tocar no Brasil, Chile, Argentina e Peru.

* A reformada At the Drive in, fundamental banda de indie hardcore de El Paso, Texas, é grande atração do Coachella 2012. Não devem lançar material novo, parece. Mas dizem que vão sair por aí excursionando. O Brasil está na fila. Já pensou ver isso aqui de pertinho?

* Sonar SP – Falando em shows, mas ainda para este primeiro semestre, o Sonar São Paulo soltou hoje mais duas atrações para seu ótimo line-up. O festival-espelho do famoso evento de música moderna de Barcelona, que traz agora no dia 11 e 12 de maio ao Brasil nomes como Justice, Chromeo, James Blake, Totally Enormous Extinct Dinosaurs, Bjork, Little Dragon, Austra e muitos outros, botou o DJ e produtor americano Cut Chemist e o mascarado rapper inglês Doom na escalação. Num olhar electrovanguarda, o Sonar SP está com um elenco do mesmo nível ou talvez melhor que o extrafamoso Lollapalooza.

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