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Depeche Mode no Letterman, no South by Southwest e na… América do Sul?
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Lúcio Ribeiro

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Gigante da eletrônica, passeando também pelo rock, os veteranos do Depeche Mode vão botar o pé na estrada em breve. Daqui duas semanas, chega ao mercado o aguardado “Delta Machine”, 13º disco de estúdio da banda britânica, uma das que mais leva gente a shows no mundo todo.

A diversão do grupo começa oficialmente na noite de hoje. O Depeche Mode está nos Estados Unidos onde participa do programa de David Letterman. Além de apresentar uma música na TV, Dave Gahan & Co. vão fazer um pocket show exclusivo para o site do programa, que será transmitido na página da CBS.

Na próxima sexta, 15, eles serão uma das centenas de atrações do bombado South by Southwest. Eles vão tocar em um galpão para pouco mais de mil pessoas em Austin, no Texas. A turnê para valer começa no início de maio, em Tel Aviv, que puxa quase 40 shows em estádios por toda a Europa. Em agosto, o Depeche Mode volta para a América do Norte para shows em arenas. Fica por lá até outubro.

Nesta semana, em entrevista publicada pela revista americana Billboard, o vocalista Dave Gahan disse que a banda tem planos ambiciosos para sua turnê mundial e indicou que desta vez, enfim, a América do Sul não será esquecida. “Temos planos ambiciosos para essa turnê. Vamos começar com nossa excursão gigante em estádios pela Europa, voltar para os Estados Unidos em locais maiores e isso vai tomar nosso tempo até perto do Natal. Estamos planejando uma segunda perna europeia e DEFINITIVAMENTE América do Sul e possivelmente Ásia”, disse ele, se referindo ao início do ano que vem.

Estamos no aguardo, Dave.


Queima, Iggy. Stooges libera nova música como se fosse 1973
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Lúcio Ribeiro

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Se tem alguém que envelhece com dignidade no mundo pop é o tal do Iggy. Lenda do rock n’ roll, o eterno líder dos Stooges volta com sua importante banda para mais um trabalho de inéditas. “Ready To Die”, primeiro trabalho do grupo em estúdio em seis anos e o primeiro com o guitarrista James Williamson e o baterista Scott Asheton em quatro décadas, será lançado dia 30 de abril. Mike Watt completa o line up do grupo.

Em um comunicado divulgado para a imprensa, Iggy explicou que a banda ainda está motivada em criar coisas novas. “Minha motivação em fazer qualquer registro com o grupo neste momento já não é mais pessoal. É só um lance de teimosia. Porra, eu tenho um grupo que não precisa sair por aí fazendo shows caça-níquel”, disse ele. “Ready To Die” é considerado pela banda uma espécie de continuação do clássico “Raw Power”, vigoroso e clássico disco lançado em 1973.

E a primeira amostra sonora desta nova jornada dos Stooges mostra que eles estão falando sério. “Burn” foi liberada para audição pela banda e é mais ou menos assim.

* O Iggy até se fez de espantalho para divulgar o disco.

* O grupo é uma das centenas de atrações do festival South by Southwest na próxima semana, no Texas, e talvez encontre a Popload por lá, quem sabe.


A fofura da Grimes e o que ela está fazendo com o Skrillex
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Lúcio Ribeiro

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* A loirinha Grimes, revelação canadense que é um dos mais incensados nomes independentes do ano, anunciou uma pancada de shows que vai fazê-la trabalhar ao vivo até o fim de outubro. A garota Claire Boucher, 24, uma espécie de filha da Kate Bush, etérea e representante dos duendes indies só que mais para o Cocteau Twins e menos para a Bjork, vai fazer sua primeira turnê “de gente grande”, sozinha, como headliner, em setembro e outubro pelos EUA. É a “Mythical Gymnastics Tour”. Mas até lá está cheia de mais shows americanos, aparições em festivais, esticadas ao verão europeu e uma bizarra turnê canadense, em julho, acompanhando Skrillex e Diplo. Que galera! Vai ser uma viajante turnê electrofunkdubstep. Queria ir.

A Grimes, que teve seu belo disco “Visions” lançado até no Brasil, teve um vídeo ao vivo lançado pela MTV, nas últimas horas. Foi uma session para o programa “Push Live”, dá uma olhada.

Aproveito para desovar um vídeo que eu fiz no South by Southwest deste ano, no Texas. Foi em show da Grimes na Central Presbyterian Church, igreja cool usada para shows mais “especiais” e intimistas no festival de Austin. Está meio escuro por razões óbvias. E foi feito comigo sentado num dos bancos da igreja, um desses que se quiser dá para ajoelhar para rezar, se quiser aproveitar a ocasião. 🙂

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Sxsw 2012 – Escolha bem o nome de sua banda. Tipo Planeta Diarréia
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Lúcio Ribeiro

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* Ainda vão longe por aqui os posts do South by Southwest, viu?

* Nome de banda é sempre uma questão delicada. Tanto para quem tem as bandas quanto para quem ousa gostar delas. Esdrúxulos que viram espertos, espertos que viram esdrúxulos, os normais, os com o “The” na frente, os com o “The” no meio, os longos, os curtos. Aqui no Brasil tem clássicos, que vão de Paralamas do Sucesso, que hoje é aceitável porque a banda “pegou”, mas pensa quando foi tomar contato com o grupo pela primeira vez. Tem o clássico “Engenheiros do Hawaii”. Tem o ótimo nome “Garotas Suecas”, banda indie de meninos (ok, com uma menina), sonoramente atrativa para o público masculino, haha.

* Pois. Uma das coisas mais legais no garimpo das 2000 bandas que tocam no festival texano South by Southwest é tomar contato com bandas novas com nomes, hum, diferentes. Principalmente as bandas do Texas, haha. Mas tem de todo lugar.

(Antes de mais nada, esclarecendo, o Diarrhea Planet, banda punk de Nashville, NÃO foi ao Sxsw 2012. Mas eles apareceram numa reportagem da revista “Paste” e me lembrou das bandas de nomes gozados do Sxsw. E aqui estamos então.)

Abaixo, uma listinha de alguns nomes diferentes, vá lá, de bandas (e artistas) que se apresentaram no festival neste ano. Escolha o seu preferido. Vai que uma delas vire sua banda preferida em pouco tempo (se já não o for):

– Shit and Shine – Austin (velha de guerra. sempre abre a lista)
– Gay Witch Abortion – Minneapolis
– Last Year’s Men – Chapel Hill
– How I Quit Crack – Houston (Houston, we got NO problem anymore)
– Cancer Bats – Canadá
– Capybara – Novo México
– Michael Fracasso – Austin
– DJ Jester the Filipino Fist – San Antonio
– Teengirl Fantasy – Nova York (irmã do Garotas Suecas)
– Dikes of Holland – Austin (prima do Garotas Suecas)
– Jacuzzi Boys – Miami (primo do Garotas Suecas)
– Screaming Females – (ok, ok)
– Rebuilding The Rights Of Statues – China
– Say Hi – Seattle
– CuCu Diamantes – Nova York
– Tic Tic Boom – Los Angeles
– Cold Showers – Los Angeles
– Oh My Me – Lexington, Kentucky
– Family of the Year – interior da Califórnia
– Mujeres – Barcelona (não toca cover do Girls)
– I Want My Name Back – Nova York
– Mr Muthafuckin’ eXquire – Brooklyn
– Bad Weather California – Colorado
– I Hate Our Freedom – Nova York
– Prime Ministers – Equador
– Two Cow Garage – Ohio
– What Made Milwaukee Famous – Austin (essa é “famosa”)
– Kid Congo and The Pink Monkey Birds – Washington
– …And You Will Know Us by the Trail of Dead – Austin (talvez a mais famosa de nome “diferente”, principalmente porque começa com reticências)
– Ain’t No Love – Canadá (…em SP?)
– Las Guitarras de Espana – Chicago
– Monstr0 – Atlanta
– Tiê – Brasil (tô zoando)
– Arctic Monkeys – UK (tô zoando)
– xxxy – UK
– Football – Chicago (não conheço, mas tendo a gostar)
– The Company We Keep – Detroit
– A Great Big Pile of Leaves – Brooklyn (óbvio)
– We Were Promised Jetpacks – UK (outra famosa, bem boa)
– I Got You ON Tape – Dinamarca (bom nome)
– Sons of Fathers – Austin
– 1, 2, 3 – Pittsburgh

* Chega por agora. Tem muito mais, mas está ok. Voltamos com o assunto outro dia.

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Fórum Popload de discussões (haha): a nuvem
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Lúcio Ribeiro

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* Popload ainda (com a cabeça) no Sxsw.

* Contei, através de textos no UOL, sobre algumas discussões que envolvem música, internet, tendência e o escambau, que aconteceram no South by Southwest deste ano. Porque, no Sxsw, tão importante quanto os shows, são as discussões, palestras, entrevistas ao vivo. Neste ano apareceram lá para seu “blablablá” importante de Bruce Sprinsteen a Billy Corgan, dos meninos do Napster aos palhaços hardcore do Insane Clown Posse.

Não que eu tenha assistido a todas as conferências, mas queria listar aqui alguns dos assuntos tratados no Sxsw 2012.
– Indie going mobile
– Banded together: Touring as a Standup Comedy Group
– Beethoven + Social Media = Crowdfunding Patronage
– Opportunities that Others Miss on the Web
– From the Blocks to the Blogs
– The Year Dance Music Killed Rock & Roll
– Who Said You Could Use My Name?
– None More Black: How Extreme Can Metal Go?
– How Indie Metal Is Surviving and Thriving
– Do Music Moguls Know a Secret about K-Pop?
– No Label, No Manager, No Problem?
– Has Digital Music Made Indie Labels Go Mainstream?

* E mais:
– Palestra “Creating Your Second Act”, para quem quer ter um projeto musical paralelo e não sabe como. Bob Mould (Husker Du), Mac McCaughan (Superchunk) e Matthew Caws (Nada Surf) na mesa.
– Palestra “Australia – It’s a Long Way Away”, para quem queria se aprofundar na cena australiana.
– Palestra “Cool Garage Recording Tools and the Crap to Avoid”. interessante ver que a pretensão chega até o ponto de um evento dizer a merda que você tem de evitar.
– Palestra “I May “Like” You, but I’m Not in Like with You”, sobre o que as marcas podem oferecer a consumidores nas redes sociais.

Não dá vontade de ter visto tudo? Pena que no meio tinha uns 6.000 shows rolando.

Mas, enfim, voltando a alguns escritos meus que acho que vale botar aqui, em repeteco, tem esse sobre o que se falou sobre “A música na nuvem”, assunto mais importante do que você pode imaginar.

***

“O festival South by Southwest 2012 andou com a cabeça na nuvem, mas o negócio aqui está longe de parecer um desleixo. Todas as devidas atenções de quem faz, quem consome e quem vende música, parece, estão mesmo voltadas para um dos assuntos mais envolventes da correlação entre esse produto musical e as possibilidades futuras da internet: o serviço “Cloud”. Sendo que, o futuro no caso do Sxsw, e no caso dessa Nuvem, é agora.
No meio dos painéis de debate que aconteceram no festival, deu para perceber que um segundo momento da revolução da música digital pode estar acontecendo exatamente por causa dessa história de ouvir som na nuvem. Depois de uma década de “era do download”, quando comprar faixas matou a venda de CDs e o desenvolvimento de novas mídias do tipo, a indústria agora se pergunta como lidar com a “computação em nuvem”, quando o conteúdo é armazenado na internet.

Do acesso a uma canção por meio de um vídeo no YouTube, só pelo áudio, a Lastfm, Netflix e iCloud, as empresas começam a perceber que os usuários vão abrir mão de “ter” o conteúdo para acessá-lo na rede, a qualquer momento, e desfrutar dele quando – e como – bem entenderem.
Num primeiro painel, que discutiu a “Música Social” – compartilhada por usuários de redes sociais -, os participantes foram unânimes ao admitir as possibilidades abertas por um simples “tweet” ou comentário no Facebook (vide A Banda Mais Bonita da Cidade no caso brasileiro), mas ponderaram que essas redes podem tanto proliferar o mau gosto quanto atrair novos fãs, conhecidos dos fãs mais fiéis do artista falado.

Em um segundo momento, mais dedicado ao sistema em nuvens, levantaram-se questões mais práticas em cima do, não dá para escapar, aspecto comercial em tempos de internet livre: qual o valor justo para ouvir? A fórmula de um preço fixo, independente do perfil do usuário, não é uma ressaca da velha indústria musical? Os artistas conseguirão sobreviver com esse esquema?
A filosofia de todos esses serviços, parece ser, é algo na linha “é melhor ter usuários pagando 10 dólares por mês, do que nada”.

Realmente, esses serviços são muito baratos, e oferecem uma quantidade imensa de conteúdo, em boa qualidade. Claro que depende de adoção em massa para dar certo, senão não é sustentável.
Mas surge outro problema, que é a quantidade de dinheiro repassada para os artistas. Muitos reclamam, que vem um quase-nada mensal estabelecido por gravadoras e pelos escritórios de direitos autorais (de novo o paralelo brasileiro: chegamos à era do polêmico Ecad cobrar de blogs que incorporam vídeos do Youtube, a discussão virtual da “moda” no Brasil).
Talvez seja devido ao número ainda relativamente pequeno de usuários que pagam, imaginam alguns. Ou talvez seja é uma porcentagem injusta e sem um bom critério definido mesmo, é o pensamento “favorito” da maioria. Só o tempo dirá se streaming/cloud tem mesmo como “substituir” vendas de álbuns (sejam físicos ou digitais).
As possibilidades de assunto em torno da Nuvem eram inesgotáveis. Tinha ainda o aspecto do armazenamento também para ser discutido.

A idéia é que, um dia, você não precise mais de um HD em seu computador. Tudo o que você quer armazenar vai direto pra cloud, que pode ser acessada em qualquer lugar que tenha internet. Não precisa de HD pra backup — a cloud “É” o backup. Tem a discussão sobre ser legal ou não você colocar músicas pirateadas na cloud e fazer streaming delas. Nos EUA, está sendo visto como legal, porque os artistas estão supostamente sendo pagos de qualquer forma, e você fazer upload de seus próprios arquivos não seria diferente de acessar os arquivos da base de dados do iCloud (ou Spotify ou qualquer outro).
De toda forma, o armazenamento e a sincronização de tudo automaticamente é uma tremenda mão na roda, independentemente de sua legalidade. Tira aquela preocupação de o HD/DVD/pen drive um dia estragar.

Houve, ainda, um painel para discutir a evolução das descobertas musicais nessa era das nuvens, e a possibilidade de novos modelos de serviços se adaptarem: que tal se, à moda dos anúncios do Gmail (email do Google que, por meio de algoritmos computacionais, exibe propaganda sobre os assuntos de suas mensagens), um site de música na rede nos sugerisse novos artistas, baseados nas preferências de cada usuário? Nesse caso, como ficaria o jabá? Questões que o tempo, foi a “conclusão”, até poderá responder. Por ora, sabe-se apenas que a claudicante indústria musical, a um passo de morrer e ir para o céu, terá de reaprender a dançar – conforme a nova música for sendo tocada lá na nuvem.

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Sxsw 2012 – Banda brasileira Cruz te leva para um rolê em Austin, Texas
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Lúcio Ribeiro

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* Uma das bandas brasileiras que se apresentaram no festival South by Southwest deste ano, a Cruz, formada por brasileiros que moram em Los Angeles, armou um vídeo musical cool que tem ao fundo Austin, a cidade-sede do maior festival de bandas novas do planeta. Vale a historinha antes. Como Austin é uma cidade plana de ruas largas, funciona muito na época do festival as bicicletas estilo gôndola, com uma garupa que cabem duas pessoas e que têm preço camarada para levar rapidinho, na pedalada, de um clube a outro um pouco mais longe.

Aí a banda Cruz sentou numa bike dessas, com violão, e fez esse vídeoclipe-cartão postal de Austin.

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Sxsw 2012 – Aí num certo horário de uma sexta-feira à noite aconteceu assim…
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em São Paulo, remexendo no Sxsw 2012. Acho que até sexta-feira, trabalhando muito, eu consigo botar aqui 1% do que eu vi/ouvi/percebi/soube do principal evento de nova música do mundo, que acabou anteontem em Austin, no Texas.

Para dar uma idéia da magnitude e do alcance do festival South by Southwest, que botou em circulação pela cidade de Austin e por cinco dias cerca de 2000 bandas em 92 clubes, vamos fazer um recorte do que aconteceu na última sexta-feira, por volta da meia-noite.

Em um caminho percorrível a pé em cinco minutos, era possível ver e ouvir (se o lugar não estivesse superlotado) o guitarrista Jack White evocando ao vivo alguns sucessos do White Stripes com duas bandas diferentes; o grupo indie americano The Drums apresentando músicas de seu ótimo segundo disco, “Portamento”; o guitarrista Tom Morello (Rage Against the Machine) fazendo um show de “protesto musical” com seu projeto Nightwatchman, recebendo no palco a veterana lenda Wayne Kramer (MC5), em um bar em que cabiam umas 100 pessoas dentro e tinha umas 400 fora, vendo a performance em um telão improvisado na porta; e o guitarrista Father John Misty estrear seu já bem falado projeto novo, depois de abandonar a bateria (!) do grupo folk Fleet Foxes.

Se a disposição para a caminhada fosse um pouco maior, a poucos quarteirões de distância, no mesmo horário, dava para assistir o rapper 50 Cent relembrando faixa a faixa seu famoso disco de 2003, “Get Rich or Die Tryin’ “, com Eminem de convidado especial, ou em outro lugar ver a estrela dance-metal Skrillex dar prosseguimento à revolução da nova música eletrônica. Ou da nova revolução da música eletrônica, como quiser.

Dinosaur Jr, Temper Trap, Clap Your Hands Say Yeah e os novatos Alabama Shakes, Howler e Cults também tocavam na região, mais ou menos ao mesmo tempo, cada um em seu canto.

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Sxsw 2012 – Vendo o Jack White da janelinha
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Lúcio Ribeiro

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* Popload de volta a São Paulo. Messing with Texas, agora, só no ano que vem. Várias coisas para falar, ainda, do fantástico festival South by Southwest 2012, que vamos botar em ordem aqui durante esta semana.

Jack White, da janela, em ação no Sxsw

* O Jack White estava zoando com a minha cara, no South by Southwest. Assim:
1. No Sxsw, tinha um passe “mágico” chamado Sxxpress Pass. Com um desse nas mãos, você podia furar a fila que fosse no clube que fosse e entrar em qualquer dos lugares de shows do festival. Para tê-lo, tinha que ir buscá-lo logo de manhã para os shows mais concorridos, no QG do Sxsw. Com seu crachá, você tinha direito a um por dia, para o show/clube do dia. Eu, que estava hospedado colado ao Centro de Convenções, pensei: “vou catar um pro show do Jack, óbvio”. Às 10h da manhã do dia do show do Jack White no Stage at Sixth, os Sxxpress para o local já estavam esgotados. Desde 9h30.
2. Beleza, me viro na hora de entrar, pego fila e tal. Daí soube que o ônibus da Third Man Record, a gravadora do Jack White, estaria vendendo em seu ônibus-loja, que rodava o Sxsw e ia parar na frente do clube que ele ia tocar, o single em vinil de “Sixteen Saltines”, com exclusividade para o festival. Eu na filinha de compras da loja móvel e o single esgota, com o último vendido exatamente para o cara da minha frente.
3. Na fila para o show, bem longe da porta (cheguei uma hora e meia antes de começar), vem o aviso. Seria difícil entrar no clube, naquele ponto da fila. Fui embora.
4. Voltei mais tarde, na hora do show, só para ver a muvuca da porta. Daí o que vi foi uma multidão do lado de fora, olhando pela janela. O palco era colado à janela, ela estava aberta e dava para ver Jack White e banda tocando. O som era bom mesmo do lado de fora. Deu para ver o show, não tão bem como para quem tava dentro. Mas deu.
5. O show, dividido em dois por gênero sexual, durou quase duas horas e teve sete músicas de sua banda mais famosa, o White Stripes. Foi um “White Stripes diferente”, agora com arranjos cheios, não só o minimalismo de guitarra-bateria que marcou a banda.
6. Jack White tocou músicas de seu disco que vai sair, o “Blunderbuss”. Algumas do Dead Weather e do Raconteurs. E muitas do White Stripes. “Hotel Yorba”, “Dead Leaves and the Dirty Ground”, “Hello Operator”, “Hardest Button to Button”, “My Doorbell”, “Ball and Biscuit”, pelo que me lembro. E, óbvio, “Seven Nation Army”, seu maior hit, que foi cantado efusivamente pelo público, dentro e fora do bar. De vez em quando o Jack vinha e dava tchauzinho para nós.
7. O John C. Reilly estava pertinho de mim. Pena que eu não vi o BILL MURRAY. Haha, sério, o cara estava lá, soube depois.

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The Drums surfando no Sxsw 2012
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Lúcio Ribeiro

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* Popload no Texas. Sxsw 2012 em Austin.

* Estou até que bem este ano. Já vi 120 shows/eventos em três dias. Só perdi outros 750 MIL que eu queria ver. Às vezes é bom nem vir para um festival assim, de tanto que se perde… … … NOT!

* O adorável grupo indie americano The Drums anda tocando direto pelo South by Southwest, em festinhas, na programação oficial. Eu tenho um problema com o Drums, que eu nunca pego eles num lugar em que o som esteja bom. Anos atrás, no incrível Stubbs, terreno baldio com descaída irregular e árvore no meio que fica no fundo de uma churrascaria, onde o som é sempre bom, naquele dia, naquele show, estava ruim. Uma vez em Londres, aquela do Brasil, também. Pensei: desta vez vai. Não foi (ok, tava melhor que as outras)…

Mas beleza, como sempre, apesar dos pesares, o show foi legal. Gosto tanto do disco deles do ano passado, “Portamento”, uma das grandes pérolas de 2011, que vou ver se vejo eles de novo hoje, haha.

Nem com som ótimo, nem do disco do ano passado. Fiz um videozinho do primeiro hit deles, “Let’s Go Surfing”. Vê que fofura.

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Sxsw 2012 – E ontem teve o Blood Orange
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Austin, Texas.

* Ontem foi assim: filme do LCD Soundsystem, Alabama Shakes, We Are Augustines, Fiona Apple, Punch Brothers, Ed Sheeran, Kimbra, Agridoce, Crocodiles e The Drums. No meio disso tudo, teve o Blood Orange, banda-projeto que é o Devonté Hynes, que era o Test Icicles, depois Lightspeed Champion, e que produziu coisa para artistas como Theophilus London, Basement Jaxx a Florence & the Machine.

Aí veio o Blood Orange e fez um som mais ou menos assim:

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