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Arquivo : janeiro 2013

2013 bombator. Thom Yorke, Flea e Godrich vão botar o Atoms For Peace na estrada
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Lúcio Ribeiro

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Thom Yorke vive. A mente brilhante do Radiohead, parece, vai dedicar 2013 ao seu universo paralelo chamado Atoms For Peace. Ao lado do intrépido Flea, do produtor Nigel Godrich, e dos músicos Mauro Refosco e Joey Waronker, ele lançou mais uma amostra do que será o álbum de estreia do projeto, “Amok”, que será lançado dia 25 de fevereiro.

Depois de “Default”, o primeiro cartão de visitas do disco, a banda tornou pública a faixa “Judge Jury and Executioner”. O som já foi tocado uma vez em um show da banda em Los Angeles, em 2009. Após o lançamento do disco, o Atoms For Peace vai cair na estrada para uma turnê pela Europa, a princípio.

Aí o som novo, batidinha eletrônica bem “King Of Limbs”.


2013 bombator. David Bowie faz aniversário hoje com música nova e anúncio de disco novo
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Lúcio Ribeiro

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* Parabéns, mister Bowie.

* Opa, opa. Ressurgindo das cinzas e dos boatos de que já tinha embarcado desta para uma odisseia espacial, eis que surge o senhor David Bowie, 66 anos hoje, com música e vídeo novos e anúncio de um próximo disco, seu trigésimo na carreira e o primeiro em muitos anos, tipo 10. O álbum, “The Next Day”, terá lançamento mundial em março, dia 11. Sai antes na Austrália, dia 8. Nos EUA, 12.

A música nova, a lindérrima “Where Are We Now?”, nome sugestivo, mostra em vídeo um rolê saudosista de Bowie pela Berlim dos anos 70. Parece que ele quer chorar, cantando. O vídeo é lindo e já vem com a letra, haha.

“Where Are We Now?” já está a venda no iTunes. Até comprei, de emoção. O disco, “The Next Day” já pode pré-comprar também na loja da Apple. A capa, se for esta que está no iTunes, mantém o mistério da cara atual de Bowie, que aparece recortada no vídeo novo.

Foi divulgada a lista de músicas do disco. No iTunes, pelo menos, o álbum vem com 17 músicas, três delas bônus. Não há notícias de shows ao vivo de Bowie no futuro próximo.

1. The Next Day
2. Dirty Boys
3. The Stars (Are Out Tonight)
4. Love is Lost
5. Where Are We Now?
6. Valentine’s Day
7. If You Can See Me
8. I’d Rather Be High
9. Boss of Me
10. Dancing Out in Space
11. How Does the Grass Grow?
12. (You Will) Set the World on Fire
13. You Feel So Lonely You Could Die
14. Heat
15. So She (bônus)
16. I’ll Take You There (bônus)
17. Plan (bônus)

Não sou de babar ovo para astros do rock e tals, tenho vergonha. Mas uma vez cumprimentei David Bowie, num evento em Nova York, e tive que explicar a origem do meu nome a ele, que em troca me mostrou seus conhecimentos de latim. Ah, se tivesse Instagram na época…

Bowie nos anos 70, em Berlim

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Vídeo conta tudo do Coachella nos sete mares: os shows, a piscina, o gramado (!) no navio, a Popload na água
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Lúcio Ribeiro

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* Sobre o SS Coachella, falei rapidamente do que rolou, há algumas semanas, no finalzinho de 2012. Chegou a hora de mostrar.

* Uma das coisas mais bizarras da minha vida foi ter participado desse Cruzeiro do Coachella, um dos principais festivais do mundo em versão navio, singrando em mar aberto. Saiu de Fort Lauderdale (colado a Miami) e foi até Nassau, nas Bahamas. Durante os três dias que durou a viagem, teve piscina com DJs luxos tocando entre um tchibum e outro, shows de nomes como Pulp, Hot Chip, Grimes, Black Lips, Father John Misty, Simian Mobile Disco, Sleigh Bells, Yeasayer e tudo mais. Teve discotecagens de James Murphy, Girl Talk, Gaslamp Killer, DJ Harvey, Rapture e tudo mais. Tinha vários restaurantes e cafés a bordo. Comida e bebida 24 horas. Tinha cassino, a bordo. Tinha spa a bordo. Quadra de basquete. Free Shop. Gramado (!). Loja da Apple (!!). Tinha coisas que eu nem vi que tinha.

O show acontecia em dois lugares, dentro do navio. Num teatro tipo “mini-Brixton Academy” maior que o Cine Joia. E num palco num salão atrás das piscinas transformado em clubinho cool. DJs na piscina tocando ao visua de final de tarde no Caribe.

Não fui só eu que achei tudo bizarro. Cada banda que ia se apresentar, antes do show, tascava um discurso inicial dizendo o quão estranhamente incrível era aquela aventura de fazer um festival desses sob as águas, com bandas e públicos “presos” no mesmo lugar por praticamente 60 horas, todo mundo em bar, todos em restaurantes, fazendo refeição lado a lado, nos bares pedindo bebida, todos em trajes de banho, depois todos “vestidos” para a “night”.

Uma das 1000 coisas que diferenciam o Coachella no mar do Coachella na terra, para citar um exemplo do mesmo festival, é que, no navio, depois de ver tudo, ouvir tudo, beber tudo, comer tudo, era só pegar um elevador rápido que você logo estava no seu quarto. Sem perrengue, andadas, estacionamento, estradas. O dia seguinte lá estava você de novo, pronto para mais.

Um amigo, companheiro de viagem, o Lucio “Lucioland” Caramori, editou um vídeo nosso que conta toda a história do que foi o SS Coachella. Em cinco minutos. Da chegada ao porto até a hora de deixar o navio. Ficou tão bom o vídeo que nem acredito que foi ele que filmou e editou. E, cuidado, spoiler alert, eu apareço debaixo d´água. Esteja avisado.

Guarde seu dinheiro para o cruzeiro do ano que vem, se o Coachella repetir a iniciativa. É tipo histórico.

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2013, o ano-bomba de AZEALIA BANKS
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Lúcio Ribeiro

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* Ninguém começou chacoalhando a música em 2013 tanto como a rapper nova-iorquina Azealia Banks, nossa amiga.
A moça, um dos shows mais divertidos do último (último?!?!) Planeta Terra Festival, aliás acabou o ano de 2012 de um modo bem barulhento.

No dia 31 de dezembro, Azealia lançou uma música nova chamada “BBD”, bem boa. Dizem que o “BBD” vai estar no aguardadaço álbum de estreia de Azealia, “Broke with Expensive Taste”, que vem à luz no dia 12 de fevereiro. Dizem ainda que “BBD” significa na sigla “Bad Bitches Do it”.

Foi divulgado, no mesmo dia em que “BBD” foi liberada, que o primeiro single do primeiro álbum, a sair antes do disco, será “Miss Amor”, bom nome de música e que ainda usa palavra em português.

Ainda para fechar 2012, sobre a história que é bissexual assumida e faz músicas-recados para algumas mulheres (“bitches”), Banks entrou nas páginas do poderoso diário mainstream “New York Times” para falar que é muito tacanho rotularem ela como a “rapper lésbica”, porque ela (e principalmente suas músicas) é muito mais que isso.

Aí vira 2013. No Twitter, Azealia Banks assume uma briga descarada com uma outra rapper americana das boas, Angel Haze, promissora, ainda cheia de mixtapes bombásticas e nenhum álbum, tipo Banks. Não sei muito bem ou por que da briga em seu início, mas virou uma coisa regional. Haze é de Detroit. Fez uma música chamada “New York”, que teria mexido com Azealia Banks, que é do Harlem.
A guerra começou sem citar nomes, depois descambou para o pau pessoal e nominal. Azealia mandou um “Seriously, if you were not born and raised in NY…. DON’T CLAIM NY. YOU ARE NOT A NEW YORKER”, sem citar Haze. A rapper de Detroit se doeu e atacou. Virou bafo direto. Azealia, em um momento, mandou um “Galera, a Haze é a fim de mim. Caso encerrado”.

O “encerramento do caso” virou uma música-protesto de Haze direcionada a Azealia, uma dessas “diss songs”, lançada um dia depois da pendenga. A música Haze vs. Banks tem o nome de “On the Edge”.

Ainda no dia seguinte, no calor da briga rapper do Twitter, Azealia soltou outra uma nova música, “No Problems”, que não se sabe se estará no disco de estreia, não se sabe se é direcionada a Haze.

O que quer que seja o “problema”, essa “No Problems” é demais. Azealia é demais. E nós só estamos no dia 7 de janeiro…

E aqui tem “BBD”.

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As músicas da propaganda, estrelando Queens of the Stone Age, M83, Best Coast
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em São Paulo. E em 2013. Feliz ano novo.

* Agora é para valer. Vamos reiniciando logo as atividades da “nova temporada”, que este ano será movimentado.

* Na temporada americana de dezembro, vi duas propagandas master na TV dos EUA que sempre me “assustavam” quando começavam a passar e eu estava ali, distraído. E, por causa da trilha sonora, me faziam correr à televisão para ver o que estava acontecendo.

* A primeira era no “comercial do helicóptero”, da gigante do celular T-Mobile. A propaganda traz a violenta “You Think I Ain’t Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire”, do grande Queens of the Stone Age, para ilustrar que a cobertura do sinal da marca atinge as principais cidades americanas.

* A outra era a propaganda da Expedia, agência de viagens online que é gigante mundial e inclusive tem escritório no Brasil. O comercial tem a campanha alto-astral “Find Yours”, na linha “encontre o que você gosta viajando”, e traz na sonorização um dos hits do grupo francês de eletrônico M83. A música é a energizante “Raconte-Moi Une Histoire”, que está no mais recente álbum da banda, “Hurry Up We’re Dreaming”.
O disco tem um caminhão de músicas boas para comerciais de TV (e cinema). Propagandas da Gucci, Gillette e Red Bull já usaram o M83 em seus “ads”. O da Expedia é este abaixo:

* Aqui no Brasil chegou em cheio a bela campanha publicitária de TV do Windows 8, da Microsoft. Inclusive a que tem a participação em um dos comerciais da banda indie californiana Best Coast, traduzida para o português. A Microsoft usa a linda “The Only Place”, inclusive com trechos do vídeo da música do Best Coast, para mostrar como música, viagem, emoções enfim podem ser registrados usando seu novo sistema operacional.
Outras peças da mesma campanha já vinha utilizando na trilha músicas do grupo indie paulistano Holger (“No Brakes”, campanha nacional) e da também paulistana Juliana R (a ótima “El Hueco”, que está na campanha latino-americana) desde novembro.
A propaganda com o Best Coast, sem estar “traduzida” para o mercado brasileiro, é esta aqui:

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Os Melhores de 2012 da Popload – Shows no Brasil
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Lúcio Ribeiro

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* Sei que já devia ter deixado 2012 em 2012, mas faltou o ranking das melhores apresentações ao vivo do ano passado.

* Num espetacular ano para shows gringos no Brasil, ainda que dois mil e doze tenha acabado meio sinistro, com uma certa crise de “ajustes de mercado” misturada a um já movimentadíssimo calendário para 2013, a gente viu tanta coisa ao vivo em solo tupi que eu nem lembro de tudo direito.

2012 teve o nascimento de dois outros megafestivais (Lollapalooza, Sónar), um outro “dando um tempo” (SWU), um outro querido evento indie acabando “as we know it” (Planeta T…). Uma pancada de shows pequenos acontecendo seja em casas novas (Cine Joia, cof cof), seja em porta de cemitério. Teve a maturação das festas com DJs gringos bons nas tardes, teve o Franz Ferdinand causando tumulto no Ipiranga, o Horrors tocando em loja de azulejo em Sorocaba, banda francesa tocando em navio, banda do Texas se apresentando 7 da manhã no meio da rua do Centrão, teve o Carl Barat excursionando e cantando Libertines com banda brasileira “de fundo” e um beatle fazendo concerto no Nordeste, no mangue.
Não vou nem me alongar muito dizendo que 2012 foi o ano mais movimentado do Popload Gig.

Falando em Popload Gig, peco desculpas por votar nos shows que eu mesmo provoco, na casa em que eu faço parte. Faz parte. Um perdão ainda especial a Jarvis Cocker, Morrissey e Noel Gallagher. Vocês me entendem…

Então, o Tame Impala levou essa, nem vou explicar muito. Tocaram duas vezes no Cine Joia, em dias seguidos. O primeiro, numa festa fechada em que 80% dos presentes nem aí para quem estava no palco. E já foi muito bom. Na noite seguinte, público todo dela, a banda ainda só “experimentou” tocar ao vivo duas músicas do fantástico disco novo. Foi mágico.

O Arctic Monkeys foi gigante no gigantesco Lollapalooza. Nossos meninos de Sheffield agora são banda de homens. Visual de motoqueiro, baterista fantástico, mais à vontade em tocar as músicas que não são hits. Monsters of rock. Os srs. do Kraftwerk fizeram seu “musical” no estreante (agora para valer) Sonar SP. Show de interpretação de um tempo em que as máquinas nos davam medo. Parece filme antigo daqueles que nunca cansamos de ver.

Na cara de pau, fazer o quê, outro do Popload Gig: o Rapture. Comecinho do ano, o som do Cine Joia ainda zoado, o ar-condicionado do Cine Joia ainda zoado, o grupo nova-iorquino despejou dance-punk de uma maneira tão tocante e intenso que a adversidade jogou a favor. O que o Mogwai fez no teatrinho escondido do Anhembi foi avassalador. O Suede, no PT, ocupou um lugar de destaque no ranking que eu daria facilmente a algum herói veterano tipo Morrissey, tipo Noel. Mas o grupo do Brett Anderson conseguiu ser genial, atual.

Bom, como pincelada geral rápida, é mais ou menos isso. Os nomes desta particular lista de melhores falam por si só. E ela acabou assim:

1. Tame Impala, Popload Gig / Cine Joia

2. Arctic Monkeys, Lollapalooza Br

3. Kraftwerk, Sonar SP

4. Rapture, Popload Gig / Cine Joia

5. Mogwai, Sonar SP

6. Suede, Planeta Terra

7. Howler, Beco

8. Foo Fighters, Lollapalooza

9. Totally Enormous Distinct Dinosaurs, Sonar SP

10. Skrillex, Lollapalooza Br

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Feliz dubstep novo. Skrillex lança vídeo em parceria com a ex e solta EP “leve”
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Lúcio Ribeiro

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O bamba Skrillex já entrou no novo ano lançando coisa nova, na surdina. O pai do dubstep, o Nirvana da eletrônica em 2012 (não foi?), soltou o EP “Leaving” de surpresa. A produção contra com três faixas “Leaving”, “The Reason” e “Scary Bolly Dub”. E o mais interessante é que a sonoridade é bem menos punk do que a gente estava habituado a ouvir. Diz ele que as músicas retratam bem o momento em que ele está passando.

“The Reason”, por exemplo, foi finalizada uma hora antes de ser divulgada, em um quarto de hotel em Miami. Além do EP, Skrillex soltou o vídeo de “Summit”, em parceria com sua ex-namorada (!) Ellie Goulding. O vídeo, produzido pelo coletivo Pilerats, mostra uma galera australiana out and about pela noite de Perth. Eles acabam numa balada do Skrillex, claro.

O EP e o vídeo estão todos aí, abaixo.


Jack White começa 2013 do jeito que terminou 2012: bombando
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Lúcio Ribeiro

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Nem bem começou 2013 e já vamos falar de Jack White, ele. Um dos grandes nomes do ano passado por causa especialmente de seu ótimo disco solo “Blunderbuss”, Jack foi figurinha carimbada nos grandes festivais e em programas de TV.

E é na telinha que Jack inicia o novo ano. Vai ao ar na noite de hoje na TV americana a apresentação que ele gravou para o sempre delicioso Austin City Limits, em outubro passado.

A apresentação será exibida na íntegra e tem Jack em performance com suas duas bandas de apoio, a de meninos e a de meninas. Soltaram uma prévia do programa com duas das melhores do seu disco de estreia. Tem White Stripes e outras coisinhas no set, claro.

* O setlist do show
Freedom at 21
Dead Leaves and the Dirty Ground
Missing Pieces
Cannon/John the Revelator
You Know That I Know
Blunderbuss
Love Interruption
Hypocritical Kiss
Screwdriver/Blue Blood Blues
I’m Slowly Turning Into You
Top Yourself
We’re Going to Be Friends


Oi, 2013. Andrew Bird em São Paulo já tem ingressos à venda
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Lúcio Ribeiro

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* Preparado para encarar o calendário de shows? Começou tudo de novo.

Você sabe bem, o dândi Andrew Bird visitará o Brasil mês que vem graças a uma ação crowdfunding armada pelo site britânico de shows Songkick. Era preciso assegurar 250 ingressos-cota para garantir a realização da turnê em seis de quinze cidades listadas para a América Latina. Três brasileiras conseguiram. No final de fevereiro, Bird se apresenta em São Paulo, Rio e Florianópolis.

O show em São Paulo será no Cine Joia, dia 23 de fevereiro, em parceria com o Popload Gig. Os ingressos para a apresentação já estão disponíveis no site da casa a R$ 80 (meia) e R$ 160 (inteira).

As outras datas de Bird no país serão dia 21 no Rio de Janeiro (Teatro Oi Casagrande) e 22 em Florianópolis (Teatro Governador Pedro Ivo).

Carnaval indie. Vamos?