Blog POPLOAD

Arquivo : father john misty

Johnny Cash “baixa” em Brandon Flowers e Father John Misty no deserto
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* O lendário músico Johnny Cash viu de algum lugar mais um álbum novo seu chegar às prateleiras das lojas, na semana passada. O músico do Arkansas, que morreu há 10 anos e lançou quase 100 discos, teve o póstumo “Out Among the Stars” editado na terça-feira passada nos EUA. O álbum é resultado de algumas sessions de gravação que Cash fez nos anos 80 e estavam sumidas, gravadas à época e engavetadas, até serem encontradas recentemente por seu filho, John Carter Cash, e agora reunidas e lançadas em um disco.

Isso é uma coisa.

Screen Shot 2014-03-31 at 8.00.24

A outra coisa é que o incrível site francês “La Blogothèque” lançou um filme curta-metragem de 16 minutos sobre o disco novo de Johnny Cash. Filmado no deserto da Califórnia por Arturo Perez Jr, o filme reúne Brandon Flowers, do Killers, mais o distinto músico Father John Misty e a banda Local Natives interpretando músicas de “Out Among the Stars” e falando sobre Johnny Cash enquanto ouvem o álbum recém-lançado do velho ícone do country rock americano.

Brandon Flowers (foto acima) canta no deserto a faixa “I Came to Believe”, enquanto FJM manda “Baby Ride Easy” e o Local Natives toca a música que dá título ao álbum póstumo de Johnny Cash, “Out Among the Stars”.

Linda homenagem do rock de hoje a Johnny Cash.

>>


Father John Misty e suas andanças felizes pelo mundo
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

O pastor indie Father John Misty, de Seattle, que canta como se tivesse pregando e fala entre músicas querendo passar a palavra, tem se destacado também pelos seus vídeos legais. Ex-hippongo barbudo folk no bom Fleet Foxes e atual barbudo hipster do indie americano, Josh Tillman está bombando com seu disco de estreia, “Fear Fun”, e é figura constante nos festivais pelo mundo.

O novo recorte visual do seu álbum debut é para “I’m Writing A Novel”, faixa bem felizinha. O vídeo mostra o dia a dia normal do Tillman pelo mundo, com a família, na estrada, em momentos de descanso, shows e tudo mais.

Tem até recortes dele todo maluco e feliz em um navio. O navio em questão é o do cruzeiro do Coachella, realizado no final do ano passado, no qual a Popload também esteve, mas não pulando e cantando pelo salão daquela forma, juro.


Lolla Chicago 2013: as melhores fotos (já as legendas…)
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Algumas imagens falam mais que palavras. Se bem que umas legendinhas marotas podem ajudar.

++ FOTOS ++


Galera Up all night to get lucky no Lolla Chicago 2013


A louquinha Alice Glass sempre bem “altinha” no show do Crystal Castles


Uma das babes do grupo de babes HAIM


A babe Lana


Dia iluminado para o show do Lumineers. Hummm, foi mal


Queens of the Stone Age e seu melhor show de rock do mundo hoje, para variar


Trent Reznor voltou com o Nine Inch Nails no gás


Mumford & Sons foi um dos headliners da festinha do Perry


Father John Misty e sua bela pregação indie


The National com seu show emocionante e sombrio às 5 da tarde de um verão escaldante. O resto é detalhe…


O incrível duo inglês Disclosure tentando conquistar a América tocando o disco do ano


Matt & Kim e provavelmente a foto mais legal do fim de semana. Talvez do ano


O veterano Robert Smith e o show interminável de bom do Cure fechou a programação do Lolla Chicago 2013


Ano que vem tem mais, lá no Grant Park e aqui no… Campo de Marte?

>>


Father John Misty querendo deixar o morto descansar. Acústico
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* No final de semana passado rolou nos EUA o gigantesco Bonnaroo Festival, em Manchester, Tennessee, outro evento musical que só cresce e cresce. Nesta bagunça que foram nossos dias por aqui, negligenciamos um pouco o que aconteceu por lá, mas vamos tentar correr atrás desse prejuízo, porque a coisa foi mega.

O Bonnarro, não bastasse os artistas tocando no palco, ainda monta em seu cenário um ambiente para sessions de alguns convidados. Essas apresentações intimistas e “especiais”, muitas vezes acústicas, são chamadas de “Hay Bale Sessions”. Essas sessions viram vídeos para correr a internet.

Um dos convidados desta edição 2013 foi o Father John Misty, que foi captado acústico e emotivo cantando a fantástica “Hollywood Forever Cemetery Sings”, uma das melhores músicas de 2012 e ainda acachapante, que vira destruição ao vivo e supereflexiva assim, acústica, só Josh Tillman e seu violão.

“Hollywood Forever Cemetery Sings”, música de vídeo marcante, conta a história de um cara angustiado com a morte do avô e levando uma garota com ele a cerimônias fúnebres do velho. Angustiado com a situação em si e com a garota. “Alguém precisa me ajudar a cavar essa”. E, depois, conclui: “We should let this dead guy sleep”.

Que música linda. E, perceba, hoje aqui na Popload está sendo o dia das músicas lindas.

>>

>>


O pregador Father John Misty, seus vídeos e requebrados incríveis. Esse novo envolve… desastre aéreo
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Atenção, mulherada. Father John Misty na área.

* O pastor indie Father John Misty, de Seattle, que canta como se tivesse pregando e fala entre músicas querendo passar a palavra, é capa da atual edição da revista “Magnet”, nas bancas (americanas). No seu Facebook, meio que para comemorar sua primeira capa e também para mostrar um certo incômodo com a “exposição”, ele soltou uma mensagem na linha sobre a capa: “Já era. Perdi a virgindade”.

Desde o ano passado, o sujeito percorre com sua banda os grandes, médios e pequenos festivais. Ex-hippongo barbudo folk no Fleet Foxes e atual barbudo hipster do indie americano, J. Tillman, ou Josh Tillman, ou Father John Misty himself, artista prediletíssimo da Popload, está em curso com uma tour americana no momento. Sábado ele toca na Filadélfia. Sobre o atual momento de sua turnê, a revista hoje eletrônica “Spin” fez um perfil bacana com ele, aqui, que faz seu nome reverberar no indie ianque junto com a capa acima da “Magnet”. Veja a “capa” da “Spin”.

Bom, nesta semana o Father John Misty lançou ainda um AFLITIVO vídeo de desastre com um avião para mostrar sua bela “Funtimes in Babylon”.

A música está no disco “Fear Fun”, a estreia de seu projeto FJM, lançado no ano passado pela Sub Pop. O álbum é bem bom, mas, digamos, produzidinho demais. Mas ao vivo Father John Misty é espetacular, magnético. Sua banda é boa e sua postura de dançarinho weird-estiloso no palco é demais. Se você não ligar muito para os discursos irônicos que só ele ri e entende, é um baita show para se ver JÁ.

O vídeo de “Funtimes in Babylon” dá nos nervos, mas a sacada do final alivia a barra. É uma, claro, crítica ácida de Josh Misty para Hollywood, a quem chama de Babylon. O resultado é incrível. Father John Misty só faz vídeo bom.

Faz dois finais de semana, Father John Misty se apresentou no Sasquatch, o festival no topo oeste dos EUA que a Popload foi conferir, perto de Seattle e Portland. Deste show, muito prejudicado pelo som dessaranjado na hora (o FJM tocou não no palco lindo do desfiladeiro), consegui graças ao Youtube um vídeo bom de “Only Son of the Ladies’ Man”, outra faixa f*da de seu disco de estreia. Repara no requebrado do rapaz, uma de suas marcas registradas.

>>


Começa hoje, com 127 bandas, o emergente Sasquatch, um festival “monstruoso” e de visual absurdo
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Seattle, indo para Quincy, WA

* Mais sobre o Sasquatch, festival que começa logo mais no espetacular Gorge Amphitheatre, um desfiladeiro entrecortado pelo rio Columbia, e só termina na segunda-feira à noite, por causa do feriadão americano.

Escrevi um textão hoje que foi publicado na Ilustrada, da Folha de S.Paulo, e recoloco ele aqui, na íntegra, aproveitando a não-limitação de espaço que temos aqui na internet.

A parada desse festival é a seguinte:

* Alternativa para os alternativos, começa nesta sexta-feira às 4 da tarde (8 da noite no Brasil), em Quincy, no Estado de Washington, no extremo noroeste dos EUA, o Sasquatch Festival, um dos eventos musicais que mais cresce em território americano, hoje em dia o país dos festivais. Até 2000, quase não tinha nenhum. Só experimentos que ficaram pelo caminho e sem regularidade, tipo Lollapalooza, Woodstock e outros, não botando nesta conta a Warped Tour. Festival gigante, sempre foi, coisa de inglês.

Com um visual mais bonito que o do Coachella, uma escalação mais bem selecionada (do ponto de vista independente) que o Lollapalooza de Chicago, o Sasquatch Festival acontece até segunda-feira próxima, com quatro dias, quatro palcos e 127 atrações invadindo o feriado do Memorial Day, dedicado aos combatentes de guerra americanos.

Conhecido como o festival ianque mais “paz e amor” e de “boas vibrações” (isso desde bem antes de a maconha ser legalizada para uso recreativo no Estado), o Sasquatch acontece numa região que dista perto de três horas de carro de Seattle e um pouco mais que isso de Portland (Oregon), duas das cidades indies mais vivas dos EUA.

As bandas tocam na cercania paradisíaca onde fica o Gorge Amphitheatre, área para eventos que tem como cenário o belo vale do rio Columbia, com seus desfiladeiros e gramados. The Who e David Bowie já se apresentaram no lugar. O Lollapalooza, quando era itinerante nos anos 90, passou por lá. E o Pearl Jam já lançou um disco ao vivo gravado no Gorge Amphitheatre.
O Sasquatch começou em 2002 com um dia de duração e um elenco de atrações que não ia muito além de Jack Johnson e Ben Harper e um par de outros nomes pequenos.

Sasquatch, o nome, vem da lenda local, é uma criatura selvagem que habita as florestas frias e soturnas de árvores altas desta parte dos EUA e até o Canadá. É tipo um macaco gigante, que vira e mexe é “visto”, caçado, sai nos jornais depoimentos. Pessoas juram que já encontraram um Sasquatch, mas nunca conseguiram capturá-lo. No Brasil, é conhecido como Pé-Grande. Dizem que ele tem parentesco com o “Abominável Homem das Neves” do Tibet. Expedições já saíram à caça do homem-macaco. Mas sempre voltaram de mãos vazias.

O Sasquatch Festival tem cinco palcos, todos com referências à “fera”: Sasquatch, Bigfoot, El Chupacabra, Yeti e Cthulhu.

Em fevereiro deste ano, uma semana depois de anunciar sua centenária lista de bandas, o festival esgotou seus cerca de 35 mil ingressos (tamanho indie perto dos 80 mil/dia do Coachella) em pouco mais de meia hora.
As atrações 2013, carregada de rock mas que também vai do eletrônico fino ao hip hop desbocado, estão encabeçadas por bandas que são consideradas “médias” em lista de outros grandes festivais americanos, tipo as locais Postal Service e Macklemore & Ryan Lewis (dupla cada vez mais gigante na cena hip hop mundial), o indie-afro nova-iorquino do Vampire Weekend, experimentalismo islandês do Sigur Rós e o folk britânico do Mumford & Sons.

Mas é no recheio que o Sasquatch brilha. O Sasquatch é um dos poucos festivais em que as pessoas olham os headliners e decidem se vão ou não. Eles vão pelas bandas de meio de lista para baixo. É característica do festival.

O delicado grupo The XX, os veteranos Built to Spill e Elvis Costello, mais Tame Impala, Azealia Banks, Arctic Monkeys com músicas novas, Andrew Bird, The Lumineers, Edward Sharpe, Divine Fits, Devendra Banhart e Father John Misty estão entre as muitas atrações deste ano.

E a gente vai contar um pouco aqui na Popload como está sendo e como foi o Sasquatch 2013.

>>


Father John Misty e a conquista da América
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Você sabe, a gente por aqui é meio obcecado por Father John Misty, banda-persona de Josh Tillman, que assina também J. Tillman, vocalista, às vezes guitarrista, que um dia foi baterista do Fleet Foxes, banda indie-folk de Seattle. Um verdadeiro Dave Grohl na trajetória, guardado as devidas proporções.

Father John Misty, o sujeito no sol aí em cima, fez um dos álbums mais legais do ano passado, o de estreia do projeto, mas acaba que seus shows SÃO MUITO MAIS LEGAIS. Porque sua banda boa pesa a mão ao vivo e porque Tillman é performático, daqueles líderes de banda que realmente interpreta a música que está tocando, sente as canções como se fosse a primeira vez (ou a última) que está cantando e tudo mais. É meio orador de show, tipo o Wayne Coyne do Flaming Lips. Fala, fala, fala.

Teve um site que fez até seus melhores 10 “quotes” durante os shows do Coachella. Entre eles estavam:

–“Sometimes I wish I could perform in a robot helmet.”

–“You guys hear about the Father John Misty hologram? But it was actually an android, performing while Josh [his real name] sat and drank in L.A. He had the same bad humor, too.”

–“We’re about to play some real sh-t. Please welcome R. Kelly to the stage.”

–“I really wanna play one more song, but first I’m gonna start drinking this beer.”

Às vezes eu acho as músicas do Father John Misty tipo aquelas lindas de morrer de FM dos anos 80, quase jeca mas bem bonitas, que minha geração chegada ao punk negava até o fim, mas que depois passamos a achar cool as fuck quando a “fúria” musical toda passou. Enfim.

Daí que o Father John Misty tocou no Coachella, domingo, e queremos botar aqui uns vídeos da apresentação. A banda, desde que foi formada no ano passado e apareceu com uns vídeos maravilhosos, tem feito um caminho fulguroso por festivais e lugares legais, tudo em cima do disco de estreia. Tocou no Sxsw do ano passado, fez shows bombadinhos em Nova York, Los Angeles e San Francisco, se apresentou Fuck Yeah Festival da Califórnia, garantiu performance no barco do Coachella (foto acima), no caminho das Bahamas. A gente viu alguns desses.

Agora, na esteira de sua apresentação nos dois últimos finais de semana no famoso festival do deserto, ele anunciou de modo inteiro toda sua loooooooonga turnê americana por cidades e festivais. Começa dia 3 de maio em Tucson, Arizona. O de Nova York, no Maxwell’s (desculpa, New Jersey), dia 17/5 está esgotado há tempos, e já tem um outro marcado em julho no imponente Terminal 5. Daqui para agosto, vai elencar performances em festivais tipo Sasquatch!, GoogaMooga, Lollapalooza, Bonnaroo, entre outros. Vamos ver qual o moral que o cara pega com essa estrada toda.

Alguns vídeos do Father John Misty anteontem e na outra semana, no Coachella.

>>


A música em “Californication”, por Hank Moody
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Não é possível não amar uma série tão torta e amoral como “Californication”. O seriado, que tem o ex-santo de “Arquivo X” e hoje putanheiro incontrolável David Duchovny, está na sexta temporada, no comecinho. Domingo passou o terceiro episódio. E ele é centrado no funeral de um astro do rock. A história, tenta acompanhar, é assim, vou tentar resumir:

Hank Moody está num rehab, mas ganha uma licença do “aprisionamento” para acompanhar uma paciente, groupie, a ir no tal funeral do rock hero, que inclusive morreu na cama ao lado dela.
Seria estranho ela aparecer sozinha no lugar, porque ele era casado, portanto moody vai de “acompanhante”. Para entrar na cerimônia, numa área de um cemitério, era preciso ter o nome na lista (haha). O funeral do roqueiro era uma balada. A menina consegue xavecar o segurança e entra, mas Moody tem que ficar esperando do lado de fora. Foi barrado.
Mas depois ele consegue um passe vip e vai resolver “um problema” da garota, a ponto de assistir o roqueiro morto aparecer em holografia (foto acima). Ele tinha gravado uma mensagem em vídeo para o provável dia que ele morresse, que acabava com um solo de guitarra metal.
Está acompanhando ainda, haha.

Muitas confusões e trapalhadas no velório depois, todo mundo acaba numa festa “de arromba” na casa de outro roqueiro famoso, o melhor amigo do morto. Mais trapalhadas e o episódio termina aumentando o volume de uma música que segue embalando as cenas finais na casa.

A música é a maravilhosa “Hollywood Forever Cemetery Sings”, da predileto-da-casa Father John Misty, banda incrível do Josh Tillman, ex-Fleet Foxes, e atração eterna radiofônica da SiriusXM U, a melhor emissora do mundo, e atração ainda do próximo Coachella Festival.

Veja o episódio, veja a série. E relembre como é o vídeo da absurda “Hollywood Forever Cemetery Sings”, do Father John Misty, uma das grandes músicas de 2012 segundo um blog que eu frequento.

We should let this dead guy sleep /
we should let this dead guy sleep.

>>


Vídeo conta tudo do Coachella nos sete mares: os shows, a piscina, o gramado (!) no navio, a Popload na água
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Sobre o SS Coachella, falei rapidamente do que rolou, há algumas semanas, no finalzinho de 2012. Chegou a hora de mostrar.

* Uma das coisas mais bizarras da minha vida foi ter participado desse Cruzeiro do Coachella, um dos principais festivais do mundo em versão navio, singrando em mar aberto. Saiu de Fort Lauderdale (colado a Miami) e foi até Nassau, nas Bahamas. Durante os três dias que durou a viagem, teve piscina com DJs luxos tocando entre um tchibum e outro, shows de nomes como Pulp, Hot Chip, Grimes, Black Lips, Father John Misty, Simian Mobile Disco, Sleigh Bells, Yeasayer e tudo mais. Teve discotecagens de James Murphy, Girl Talk, Gaslamp Killer, DJ Harvey, Rapture e tudo mais. Tinha vários restaurantes e cafés a bordo. Comida e bebida 24 horas. Tinha cassino, a bordo. Tinha spa a bordo. Quadra de basquete. Free Shop. Gramado (!). Loja da Apple (!!). Tinha coisas que eu nem vi que tinha.

O show acontecia em dois lugares, dentro do navio. Num teatro tipo “mini-Brixton Academy” maior que o Cine Joia. E num palco num salão atrás das piscinas transformado em clubinho cool. DJs na piscina tocando ao visua de final de tarde no Caribe.

Não fui só eu que achei tudo bizarro. Cada banda que ia se apresentar, antes do show, tascava um discurso inicial dizendo o quão estranhamente incrível era aquela aventura de fazer um festival desses sob as águas, com bandas e públicos “presos” no mesmo lugar por praticamente 60 horas, todo mundo em bar, todos em restaurantes, fazendo refeição lado a lado, nos bares pedindo bebida, todos em trajes de banho, depois todos “vestidos” para a “night”.

Uma das 1000 coisas que diferenciam o Coachella no mar do Coachella na terra, para citar um exemplo do mesmo festival, é que, no navio, depois de ver tudo, ouvir tudo, beber tudo, comer tudo, era só pegar um elevador rápido que você logo estava no seu quarto. Sem perrengue, andadas, estacionamento, estradas. O dia seguinte lá estava você de novo, pronto para mais.

Um amigo, companheiro de viagem, o Lucio “Lucioland” Caramori, editou um vídeo nosso que conta toda a história do que foi o SS Coachella. Em cinco minutos. Da chegada ao porto até a hora de deixar o navio. Ficou tão bom o vídeo que nem acredito que foi ele que filmou e editou. E, cuidado, spoiler alert, eu apareço debaixo d´água. Esteja avisado.

Guarde seu dinheiro para o cruzeiro do ano que vem, se o Coachella repetir a iniciativa. É tipo histórico.

>>


Os Melhores do Ano na Popload – “Discos Internacionais”
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Miami, Flórida. Este post está começando a ser escrito de dentro de uma Target.

* Chegou a vez da lista de melhores do ano, quesito “Disco Internacional”. Essa aqui deu briga até no QG da Popload, imagina fora. Já vou logo avisando: “Coexist”, segundo do XX, ficou de fora. Pode chiar.

* Disco do ano aqui é o “disco do ano” em vários outros lugares. Pooooonto para o Tame Impala. Kevin Parker e amigos brilharam absurdo com o segundo álbum, “Lonerism”. O mundo precisava de mais psicodelia, acho. E psicodelia australiana, ainda por cima. Esse disco do Tame Impala é papo velho com cara de novo. Não se trata de copiar o que foi feito “lá atrás”. É a onda, que volta. Até as músicas lados-B deles são boas. As faixas que ficaram fora do disco são boas. Os vários remixes eletrônicos para os rockão do Tame Impala são bons. Crianças cantando faixa de “Lonerism” ficaram demais. Os shows deles mostrando as novas canções elevaram a alma. Não teve jeito.

E olha que por teeeempos fiquei achando que o disco de estreia de Lana Del Rey, que teve dois lançamentos no ano, ia levar essa de “melhor de 2012”. Ok, teve algumas músicas pouco descartáveis no álbum. Mas, na média, é sensacional. Primeiro porque Lana é bem polêmica por motivos extra-música e muita gente não gosta de seu som. Isso é sinal de que ela é realmente boa, às vezes. Mas, tal qual o Tame Impala, remete ao passado mas super tem a cara do “hoje”. É um som visual. As letras de Lana del Rey são sensacionais, linha a linha. Bem “encaixadas”, são espertas nas revelações de espírito de uma garota pós-adolescente comum, à procura do amor ideal que quase sempre não está perto, nem existe. Ela mesmo encontra a razão, talvez, quando canta “Você é tipo punk rock e eu cresci no hip hop”. Entende a Lana? Sua voz é foda, cheia de personalidade. Lana é… Bom, chega.

O disco do Father John Misty talvez seja a “novidade” do topo da lista. Mas o novo dândi desajeitado do pós-folk é muito melhor apresentando suas canções ao vivo, incrementando com sua ótima performance e entrega. Mas chega alto na lista porque seu disco realmente é um punhado de música linda, que nem o “esmero” coxa de estúdio estragou. De resto tem o magnânimo Jack White com o disco de duas bandas, o trio indie-indie americano Grizzly Bear, Dirty Projectors e Beach House, com obras-primas lindas, cada uma no seu ritmo e representando ou o Brooklyn (NYC) ou pelo menos um certo lado dos EUA musical.

Para não falar que a gente não deu bola para os ingleses, tem o disco de estreia do Howler. Que é americano, haha (risos contidos). Os caras de Minneapolis são muito “brit” na sonoridade. Sim, tem o Hot Chip inglês para salvar os ingleses e a dance music cool. E, se tem o frescor do Howler, tem o frescor também do Leonard Cohen.
Bom, vamos logo à lista antes que eu troque o Tame Impala de lugar com a Lana Del Rey. Aí sim a galera ia chiar…

**** MELHORES DISCOS INTERNACIONAIS

1 – “Lonerism” – Tame Impala

2 – “Born to Die” – Lana Del Rey

3 – “Fear Fun” – Father John Misty

4 – “Shields” – Grizzly Bear

5 – “Blunderbuss” – Jack White

6 – “Old Ideas” – Leonard Cohen

7 – “Bloom” – Beach House

8 – “Swing Lo Magellan” – Dirty Projectors

9 – “America Give Up” – Howler

10 – “In Our Heads” – Hot Chip

>>