Blog POPLOAD

Arquivo : abril 2013

Aviso: Música nova do Daft Punk chega segunda à noite. Será?
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Lúcio Ribeiro

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* Mexican lóki.

* Dando linha à fama de banda misteriosa do Daft Punk, tenho duas coisas a falar.

Em 1998, fui a um festival no interior da França que tinha Beastie Boys, Sonic Youth, Garbage e um show programado do Daft Punk para encerrar. Na hora da apresentação do Daft Punk, com uma bandeira com o logo da banda tomando o fundo do palco e uma aparelhagem até que simples instalada à frente, uma fumaceira louca tomou conta e logo a música deles começou a tocar. Sem que ninguém enxergasse nada até o final. Até hoje eu não sei se o Daft Punk estava mesmo nesse show do Daft Punk em que eu estava.

Muitos anos e muitos mistérios depois, é incrível (ou pelo menos bizarra) essa estratégia de espalhar notícias não-oficiais que o duo francês anda fazendo nos últimos meses para divulgar o lançamento de seu próximo disco, “Random Access Memories”, com o surgimento esperado para o dia 17 de maio, na Austrália. Nada nunca tem confirmação oficial, nada tem muita explicação e tudo vem na onda do “Será?”.

Será que eles vão tocar no Sxsw? Será que eles vão tocar no Bar Secreto? Será que é real essa turnê Daft Punk/ Justice/ Chemical Brothers? Será que essa propaganda de TV dos capacetes é mesmo deles?

A última agora é que um DJ francês postou que o primeiro single do novo disco do Daft Punk vai ser apresentado, na íntegra, com exclusividade, na segunda à noite, pela emissora francesa Fun Radio, de dance music, que tem um pé forte na farofa eurotrash. O link está aí, iluminado. A rádio transmite ao vivo pela internet.

Será?

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Tags : daft punk


Shhhhhh. James Blake faz session para a BBC e quer o fim das guerras (mais ou menos)
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Lúcio Ribeiro

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* O peculiar músico inglês James Blake, 23 anos, namorado da guitarrista do Warpaint (frise-se), vive uma semana intensa. Acabou de lançar o incrível segundo disco, “Overgrown”, indie-dub-ópera para se ouvir em silêncio, e parte para uma respeitável turnê americana que inclui participações nesta edição do gigantesco Coachella Festival, que começa hoje na Califórnia.

“Overgrown” é lindo de morrer. Merece dedicar 40 minutos de sua existência para ouvi-lo, apenas você e o disco, sem muitas interferências externas. É mantra. E é incrível que a destacada voz de Blake tenha melhorado do primeiro álbum (2011) para esta. Ela funciona como um instrumento próprio da música de Londres.

Ontem o rapaz deu entrevista e fez session na Radio One, da BBC, onde tocou os singles “Retrograde”, “Overgrown” e ainda fez uma cover a seu modo de um clássico dubstep (inglês): a música “Anti War Dub”, do Digital Mystikz, uma das últimas bandas prediletas do lendário DJ radiofônico John Peel. Ele ficaria orgulhoso dessa versão de Blake.

James Blake toca domingo no Coachella. A session para a BBC, e a entrevista, está aqui embaixo.

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Holy s***! Jornal de Seattle publica fotos do “local do crime” no dia em que corpo de Kurt Cobain foi encontrado
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Lúcio Ribeiro

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Em abril de 1994, o mundo ficou chocado com a morte de um certo Kurt Cobain, líder da maior banda do planeta naquela época, o tal do Nirvana. Cobain, no auge da carreira, era mais do quem um frontman da maior banda de rock de seu tempo. A geração daqueles dias via nele uma espécie de representante e encontrava em sua música uma espécie de grito de liberdade. Desde “Nevermind”, lançado três anos antes da partida desta para melhor de Cobain, uma nação de adolescentes tímidos, passivos e acuados em garotos punks com algo a dizer, mesmo sem nada para dizer, se despertou.

Foi Kurt, com seu Nirvana, que transformou a indie Seattle em roteiro turístico obrigatório e a música independente raivosa e “suja” em popular. Então, dá para se ter um pouco da dimensão do choque da notícia do suicídio de Kurt, que na sexta-feira passada completou 19 anos. Ele faleceu dia 5 de abril de 1994, mas foi encontrado apenas 72 horas depois.

E é quase duas décadas depois que vem outra notícia chocante de Seattle sobre o caso. O jornal local Seattle Post-Intelligencer publicou neste final de semana uma série de fotos inéditas do local onde Kurt se suicidou. No caso, sua casa, localizada na Lake Washington Boulevard East. E as fotos em questão foram feitas em 8 de abril de 1994, o dia em que o corpo do guitarrista foi encontrado por um eletricista que havia ido à residência para executar um serviço previamente agendado.

Tiradas por Mike Urban e Phil Webber, as fotografias foram feitas das sacadas de casas vizinhas. Nelas, registros da movimentação da polícia de Seattle fazendo todo o serviço de perícia e também a retirada do corpo de Cobain envolto por um lençol.

“It’s better to burn out than to fade away”…


Kurt Cobain foi encontrado morto em um cômodo localizado no jardim de sua mansão, registrado nas duas fotos acima


Peritos examinam o local


Sequência de fotos mostra retirada do corpo do ex-líder do Nirvana, encontrado três dias após sua morte


Believe the hype. Psy lança sucessora de “Gangnam Style”. Estamos preparados?
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Lúcio Ribeiro

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* Haha. POPload.

A Popload, sempre antenada com o que acontece por aí, quer participar da disseminação da praga logo no início. O cantor sul-coreano Psy, responsável por ter dado ao mundo uma das músicas de maior sucesso de todos os tempos, está com um single novo.

Depois do maior furacão da música pop baba de 2012, “Gangnam Style” (atenção: 1 BILHÃO E MEIO de acessos no YouTube), que ilustrou só nos EUA a maior quantidade de camiseta-palhaçada da América, ganhando de “Bazinga” (Sheldon, haha) e “Keep Calm and…”, o fenômeno sul-coreano – que fez até a Britney Spears dançar sua música em rede nacional, ganhou a simpatia do encasquetado Liam Gallagher e foi remixado até pelo Diplo – soltou seu novo esforço sonoro em uma época que seu país vive o auge da tensão diplomática com seu xará vizinho, com uma guerra para rolar.

“Gentleman” é bem balada. Um house maluco, com batidas fortes e efeitos vocais abusados. Vai pegar, fácil. Só não sei se tal qual sua antecessora. Ainda não sei se gostei.

Mas a pergunta é: será que o mundo está preparado para o Psy outra vez?


Palma Violets encontra o amor
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Lúcio Ribeiro

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Símbolo da renovação do roquinho inglês, o ótimo Palma Violets não para de bombar seu ótimo disco de estreia, “180”, lançado no início deste ano, que ajudou o grupo a vencer o prêmio de “melhor banda nova” no NME Awards e é o responsável por escalar a banda londrina em festivais como o Coachella, o Glastonbury e ser uma das atrações de abertura de um tal Rolling Stones no Hyde Park.

A banda, que está em sua primeira extensa turnê pela América do Norte, é cara do rock inglês por uma série de fatores. Porque resgata um passado recente do som britânico que a molecada ama, tipo roquinho sujo nível Libertines. Inclusive, Sam Fryers e Chilli Jesson, os dois vocalistas, vivem no palco um bromance forte tipo Carl Barat e Pete Doherty. BFF. Eles também construíram na internet, recentemente, a maior-base-de-fãs-montada-sem-mesmo-ter-o-primeiro-álbum-lançado quase no mesmo patamar que o Arctic Monkeys conseguiu, para citar outra formação que seguiu a linhagem Libertines que está sendo seguida agora pelo Palma Violets.

O quarteto evoca o passado inglês para forçar a mão no sempre palatável punk de garagem, mas não está desconectado do “som da molecada” de hoje, que está encantada com novas cores psicodélicas desde que o Tame Impala caiu no “gosto popular”.

Toda essa vibe “diversão da molecada” está bem retratada no novo vídeo do grupo para a ótima “We Found Love”, novo single de “180”. Baladinha cool, luzes, meninas, amigos, bebidas. O Palma Violets é uma festa.


Belle & Sebastian e o resgate da fofurice no pop
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Lúcio Ribeiro

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* A adorável banda escocesa Belle & Sebastian, herdeira lírica dos Smiths kind-of, anunciou dias destes sua volta aos palcos do planeta depois de dois anos fora dele, reclusa em alguma colina perto de Glasgow. Tudo meio confuso, marcando shows, os desmarcando na sequência, mas uma grande turnê americana está alinhavada para julho, com shows no lindo Pitchfork Festival em Chicago (com Bjork, Breeders, Yo La Tengo, Joana Newsom, Swans, Savages, Foxygen, Parquet Courts e muitos outros) e um importante show no ginasião ACL, em Austin, anunciado hoje, que começa a vender ingressos amanhã e, desconfio, vai acabar sendo transmitido pela internet.

Ainda não há notícias de lançamento de disco novo, mas o site da banda traz em sua página principal o lançamento de um broche fofura que representa uma das músicas mais legais da banda, a “Dog On Wheels”, lançada no EP de mesmo nome em 1997. O broche, bem, é um “cachorro sobre rodas”, claro. As orelhas do cachorro são de couro e podem ser movidas para você dar a cara que quiser ao cão. O ossinho é pendurado por uma corrente e balança conforme você anda. Nas rodinhas tem o nome “Belle & Sebastian”. Custa 25 libras.

Em fevereiro, como parte da série “Pitchfork Classics”, que explora o making of de álbuns clássicos, o site Pitchfork, em sua seção Pitchfork.TV, fez um documentário sobre o álbum “If You’re Feeling Sinister”, segundo álbum da banda lançado em 96. Segundo o Pitchfork, foi difícil juntar imagens para esse documentário porque na época, indies que só eles, os Belle & Sebastian não davam muitas entrevistas, viviam meio isolados, ainda mantinham seus trabalhos e nem tiravam tantas fotos assim. =) O que foi guardado e recuperado nos arquivos do grupo você pode assistir no doc de uma hora de duração, abaixo:

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Black Rebel Motorcycle Club acústico em uma loja de discos. Sim, elas ainda existem
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Lúcio Ribeiro

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Um dos grupos preferidos da Popload, o ótimo Black Rebel Motorcycle Club está na estrada divulgando seu bom “Specter ah the Feast”, sétimo disco de carreira da banda, lançado no início do ano. O álbum, considerado por muitos um retorno à velha forma dos californianos, mistura rock de garagem, psicodelia, e um folk meio torto, às vezes meio gospel, o que acaba sendo uma bela junção no final das contas.

O BRMC recém terminou uma extensa turnê pela Europa. Desde fevereiro, o grupo fez mais de 20 shows no Reino Unido e em países como França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo. As datas derradeiras foram na Alemanha, onde a banda tem uma considerável legião de fãs.

Para encerrar a passagem pelo continente, a dupla Peter Hayes e Robert Levon Been fez um bacanudo set acústico na loja de discos (!) Saturn Hansaring, em Colônia, Alemanha. Alguns vídeos já começaram a aparecer por aí e vi dois ótimos. Um de “Weight of the World”, faixa do disco “Howl”, de uns seis anos atrás. A outra é “Lullaby”, baladaça folk que representa o disco mais recente, uma das melhores faixas da obra. A Popload destaca as duas abaixo.


O Foals enquanto banda mais interessante do mundo hoje
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Lúcio Ribeiro

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Uma das atrações incríveis do extenso line up do Coachella, o ótimo Foals foi ao programa de Jimmy Kimmel na noite de ontem e mostrou por que esse “Holy Fire”, terceiro disco de carreira, está elevando o grupo a um nível bem absurdo dentro da “cena”.

No Kimmel, eles tocaram “Inhaler” e “My Number”, que vêm a ser duas das melhores músicas do ano, mesmo elas não sendo tecnicamente deste ano. “Inhaler” ao vivo soou heavy metal. “My Number” soou funk de vanguarda. O Foals não é um dos grandes grupos do planeta nos dias de hoje por acaso.

Boa, Yannis.

* O Foals está em turnê pelos Estados Unidos. Amanhã eles tocam no tradicional teatro Filmore, em São Francisco, e o giro pela América do Norte termina apenas em junho, no festival Bonnaroo. Eles estão com a agenda cheia até novembro.


Música do ano? “Reverse”, do… Aldo
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Lúcio Ribeiro

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* Foi tarefa hercúlea escolher uma melhor música neste primeiro disco do surpreendente projeto paulistano ALDO, banda de irmãos, os Faria (André e Mura), com nome do tio e destaque aqui na Popload na última sexta-feira. Peguei a mais “LCD Soundsystem encontra o esquisito”, ritmo delícia, vocal sobreposto espertíssimo, batucadinha, eco. Caraca, que música boa. Mas algumas outras das oito músicas que compõem o disco poderiam ser destacadas. Live is evil in reverse.

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Cat Power mostra música inédita na TV. Ingressos para show em SP estão acabando
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Lúcio Ribeiro

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Falta pouco mais de um mês para a fofa Cat Power estar entre nós, Brasil. A cantora fará três shows no país na segunda quinzena de maio, como já é sabido. Dia 18, Cat Power toca no famoso Circo Voador (Rio de Janeiro). No dia seguinte, ela se apresenta em Recife, no Espaço Catamarã. Um dia depois ela encerra sua passagem pelo país com um show no Cine Joia, em São Paulo, com ingressos quase esgotados.

Cat Power vem ao país mostrar a turnê de seu aclamado disco “Sun”, lançado no ano passado. O álbum figurou entre os melhores do ano em muitas listas conceituadas. Nesta semana, além de lançar um vídeo de “Manhattan”, mostrando diversos pontos da cidade de Nova York, Chan Marshall resolveu liberar uma música inédita.

Ela cantou na noite de ontem no programa de Jools Holland a bela “Bully”. Horas depois, o som em sua versão de estúdio foi lançado na plataforma iTunes. “Bully” já foi apresentada em alguns shows pela cantora, mas nunca havia sido lançada oficialmente.