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Arquivo : Stone Roses

As outras atrações do “festival Stone Roses”: Lily Allen, Vaccines, Liam cantando Oasis, Primal Scream e um topless
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Lúcio Ribeiro

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* O Liam pediu para a gente falar mais sobre o Stone Roses. Não há razões para contrariar o Gallagher.

Mais do Stone Roses weekend, evento que parou a Inglaterra no último final de semana, com três shows no Heaton Park, em Manchester, para 75 mil pessoas por noite.

As atrações de abertura durante os três dias também merecem destaque. Rolou Vaccines, Lily Allen voltando aos palcos após dois anos, em participação no show do Professor Green; o seminal Primal Scream sem o Mani e o Liam Gallagher – sem o Noel – cantando Oasis com seu Beady Eye, deixando a galera enlouquecida.

Teve topless, também.

* Boobs Gold.


Mad Fer It. A real ressurreição do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Neste final de semana, na mitológica Manchester, aconteceu a famosa série de shows que a banda “local” Stone Roses faz no Heaton Park. O grupo de Ian Brown e do guitarrista John Squire e do baixista Mani e do baterista Reni, que no fim dos 80/começo dos 90 era maior que o Oasis mas uma treta judicial acabou com o sucesso deles depois de apenas UM álbum, realizou de sexta a domingo um verdadeiro festival para 75 mil pessoas/dia, com tudo o que um bom evento inglês pede. Um monte de banda cool abrindo, chuva direto, lama, 75 mil pessoas loucas, Ian Brown com voz falhando, mas todo mundo só falando no clima “mágico” que toma conta do lugar.

O termo “Mad fer it” ficou famoso nas palavras dos Gallaghers, alguns anos depois do fim do Stone Roses, mas na verdade nasceu quando Manchester virou uma combustão de música, moda, comportamento, Stone Roses, Happy Mondays, música eletrônica, Madchester, ecstasy, clubes, calças baggy na virada para os anos 80. É o “Amo muito tudo isso” da época, restrito a Manchester, elevado à milésima potência.

Morei em Londres no começo dos anos 90 e decidi ir passar um fim de semana em Manchester só para comprar um single dos Stone Roses “LÁ”, quando ele chegasse às lojas, na segunda-feira. Queria respirar o ar de Madchester, visitar onde o Morrissey morou, onde o Joy Division andava, onde era o clube do New Order (Haçienda) e principalmente comprar um disco dos Stone Roses NO DIA de lançamento.

Tinha tanta coisa acontecendo na cidade que, no começo da noite de sexta e sábado, era fervilhante o número de pessoas lindas indo e vindo de clubes numa das principais ruas de Manchester, que agora esqueci o nome, uma que vai do centro à universidade, cheia de restaurante e tal. Aí, quando você voltava de algum lugar, na madrugada, esse mesmo número de pessoas lindas estava jogado no chão, já desfiguradas, descabeladas, vomitando de bêbadas ou fritando de ecstasy. Manchester era Mad fer it. Confesso que fui lá recentemente e a coisa não mudou muito, hahaha. Talvez o foco, apenas.

Enfim, fui num dos “shows de ressurreição dos Stone Roses” no Reading Festival, em 1996. Acho que não tinha o John Squire na banda, porque o guitarrista não aceitou a presepada. Foi um dos piores shows que eu vi na vida, tipo um do gênio Thurston Moore em 2003, em Nova York, fazendo uma apresentação de 45 minutos só de microfonia. Foi uma vergonha.

Foram duas extremidades dos Stone Roses que fizeram a banda, enfim, morrer. O show de Spike Island em 1990, até hoje considerado um dos maiores shows de rock de todos os tempos, tipo o Franz Ferdinand no Circo Voador elevado a mil. E o terrível show do Reading de 1996. Seis anos do “maior” para o “pior”.

Mas agora, 22 anos depois de Spike Island, segundo relatos britânicos emocionados da imprensa, de músicos, de jogadores de futebol, da galera em geral no Twitter, parece que o clima mesmo no Heaton Park foi mágico para a nova volta dos Stone Roses, desta vez com formação completa. Três shows vendendo 75 mil ingressos por dia em tempo recorde, banda dando trégua nas constantes brigas do passado (e do presente) e cada uma das apresentações começando com “I Wanna Be Adored”, cantada a 75 mil vozes. Foi tipo isso.

“Nada mal para um bando de velhos cuzões”, terminou falando Ian Brown, no fim do terceiro show, ontem. Nada mal.

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A volta do Oasis
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Lúcio Ribeiro

* Ou quase isso.

Três anos após implodir junto com seu irmão uma das maiores bandas britânicas de todos os tempos, Liam Gallagher voltou a ser notícia. Pela primeira vez, com seu Beady Eye, ele tocou músicas do finado Oasis.

Foi na noite de ontem, em Warrington (UK), numa casa de shows para mil pessoas. O Beady Eye é uma das atrações de abertura do Stone Roses, sábado, em Manchester, e a apresentação de ontem serviu como um warm up, já que a banda de Liam não havia feito shows este ano ainda.

Liam, que sempre criticou abertamente o fato de Noel cantar músicas do Oasis em seus shows “solo”, deu o braço a torcer e colocou dois clássicos de sua antiga banda no setlist. “Rock N’ Roll Star” e “Morning Glory”, hits dos dois primeiros álbuns absurdos, foram cantados em volume máximo por um público emocionado, segundo relatos.

Sem planos concretos para o restante do ano, o Beady Eye fará shows em dois festivais na Ásia no final de julho. Eles apareceram com uma música inédita nesse show em Warrington, “World Not Set In Stone”.

* Enquanto isso, por uma pura coincidêeeeeeeencia, também ontem apareceram duas canções inéditas de Noel Gallagher no YouTube, gravadas da mesa de som (haha). “God Help Us All” e “It Makes Me Wanna Cry” vêm sendo tocadas por ele em soundchecks nos últimos meses, mas só agora apareceram gravações de qualidade. Dá para ter uma boa noção.

No início da semana, em Dublin, Noel contou que chegou a trocar mensagens com Liam em um passado recente. Uma vez foi no Natal. A outra foi após um jogo do Manchester City. Mas deixou claro que não se sentiria feliz com uma volta do Oasis. Sei…


Tem Que Ver Isso Aí: a semana na Popload
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Lúcio Ribeiro

>> SHOWS & FESTIVAIS

* SÓNAR: a programação do fim de semana. Lá em Barcelona e no seu computador. Ao vivo.
* SÓNAR: LANA DEL REY trombando com NICOLAS JAAR
* SÓNAR DIA 1: NEW ORDER, FLYING LOTUS, T.E.E.D.
* SÓNAR: os posteres, as garotas do HAIM e o PASSION PIT na boa.
* O PRÉ-SÓNAR, o SÓNAR e as OFF SÓNAR
* SÓNAR: F*CKIN’ & ROCKIN’ em Barcelona
* SÓNAR: diretamente de Barcelona, as últimas sexuais da galera francesa
* POPLOAD GIG OF MONTREAL: o nosso vídeo lindão e Kevin Barnes em Madrid
* PLANETA TERRA: Oh Jesus. KINGS OF LEON seria um dos nomes já fechados para o festival.

>> TEM QUE VER ISSO AQUI:

* Como não amar BEST COAST?
* WOOF! A banda da PATTI SMITH latindo no Letterman
* Quer ganhar um vinil autografado do GOTYE?
* Uma viagem no tempo com o METRIC
* É TRETA! É TRETA! O retorno do STONE ROSES está ameaçado
* A nova do RADIOHEAD: antes não dava pra ouvir. Agora . MAIS: o show inteiro no Bonnaroo.
* O lado vintage do THE DRUMS
* A nossa LANINHA DEL REY faz fã chorar
* MAMILOS ALERT: MADONNA paga peitinho. WHY GOD WHY?
* THE KILLS para a eternidade
* Um dia muito estranho no pop
* Desculpaê, Moz.
* Tente não chorar: despedida de GLEN CAMPBELL com ajuda angelical de Josh Homme
* O incrível FATHER JOHN MISTY e as mulheres dele
* A bolinha azul do PASSION PIT
* O lado patriota da AZEALIA BANKS
* O Melhor do Twitter: ~TATTOO POLICE~ Edition


I am the resurrect… OH WAIT! Treta pode dar fim ao retorno do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Barcelona. De olho em Amsterdã.

Xiii. Considerado um dos acontecimentos mais importantes da cultura pop inglesa em 2012, a reunião do Stone Roses pode terminar de forma abrupta.

Já circula na internet e nas redações dos jornais e sites ingleses a história de que os heróis de Manchester se desentenderam durante um show da banda na noite de hoje, em Amsterdã.

As informações preliminares dão conta de que o grupo voltaria para o bis com uma versão de 10 minutos do clássico “I Am The Resurrection”, mas o baterista Reni se recusou, não voltou para o palco e foi direto para o hotel, já rumando para a Inglaterra.

Assim que deixou o palco, Ian xingou Reni de “cunt” e falou que ele “quis ir para casa”. O show terminou ali.

O assunto já é um dos mais comentados na Inglaterra. “Reni” e “Heaton Park”, o parque de Manchester onde acontecerão (?) os principais shows da turnê do Stone Roses, estão nos Trending Topics locais.

Mais informações a qualquer momento.


I am the resurrection: A volta do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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* Especial para a Popload, o brother Diego Maia, gênio das mídias sociais e jornalista do site MSN, narra suas impressões do show da banda inglesa Stone Roses em Barcelona, Espanha. Mitológica banda de Manchester da virada dos 80 para os 90, precursora do britpop e de carreira tumultuadíssima, o Stone Roses voltou a tocar ao vivo oficialmente no último dia 23 de maio na Inglaterra. E, sobre o show, o Diego achou que…

Uns 80% do público presente no Razzmatazz era de tiozinhos britânicos com mais de 40 anos. Assim que o Stone Roses entrou no palco, esses tiozinhos, automaticamente, voltaram a ter 20, 15 anos de idade (eles pulavam como se tivessem joelhos de adolescentes).

Eu estava quase na grade e fui jogado para o meio do clube (um lugar um pouco maior que o Cine Joia em capacidade) assim que “I Wanna Be Adored” começou. Única vez em que algo assim havia acontecido comigo (sou grande, é difícil me empurrar) foi naquele famoso concerto do Franz Ferdinand no Circo Voador.

Aí, o de sempre em show com público majoritariamente britânico: gritaria, choro e abraços coletivos, mosh em músicas que eu nunca imaginei que serviriam para isso e uma garota mostrando os peitos para a banda em “Waterfall”.

Deu pra ver que os Stone Roses ensaiaram para a grande volta. A banda está em sintonia. É bem difícil desgrudar os olhos do Mani: o baixo dele está mais colorido do que nunca. “She Bangs the Drums”, um pouco mais lenta ao vivo, é show particular dele.

A voz do Ian Brown não é a mesma, mas me pergunto se alguém quer ver os Stone Roses hoje em dia para ouvi-lo. O importante e o mais bacana ali é notar que a presença de palco do cara é inspiração clara para um monte de vocalista do britpop. A marra do Liam Gallagher parece toda chupada dele.

Liam, aliás, estava lá no Razzmatazz, vendo o show da mesa de som, no fundo da pista (junto com Andy Bell). Ian apontou pra ele durante o show e isso foi o suficiente para que a casa inteira puxasse um coro de “Liam, Liam, Liam!” (no começo do show fizeram o mesmo para o Mani).

No bis – “I am the Resurrection”, versão um pouco mais longa que em disco -, colei lá para vê-lo de perto. Ele parecia tão feliz e realizado quanto as outras 1800 pessoas que transformaram o local numa sauna.

* Fotos: Diego Maia

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Enfim, a ressurreição do Stone Roses
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Lúcio Ribeiro

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A Inglaterra amanheceu pegando fogo nesta quarta-feira, com um anúncio surpresa do Stone Roses em seu site oficial. A lendária banda de Manchester, uma das principais culpadas pelo Oasis existir (por exemplo), informou que faria seu primeiro show em mais de 15 anos na noite de hoje, na pequena cidade de Warrington. E de graça!

Apenas 1.100 sortudos seriam contemplados. Daí que milhares de pessoas seguiram para o Parr Hall, local do show, onde seriam distribuídas apenas uma pulseira por pessoa, à partir das 16h, menos de seis horas antes do início do show. Os fãs deveriam aparecer por lá vestindo camisas da banda ou com algum álbum em mãos.

A fila foi mais ou menos essa:


(Foto: @hobbsy)

* Por volta das 21h30 de lá, Ian Brown, John Squire, Mani e Reni subiram ao palco juntos pela primeira vez em quase 17 anos.

O grupo ícone do movimento Madchester – e um dos precursores do que viria a ser o importante Britpop anos mais tarde – tocou durante uma hora, sem intervalos. Foram onze canções no total (sete do primeiro álbum, duas do segundo e duas b-sides), acompanhadas atentamente por diversos jornalistas e também por Liam Gallagher, um dos fãs mais ilustres da banda.

O show surpresa funcionou como um ensaio para a extensa turnê pela Europa e Ásia que o grupo inicia no próximo dia 8 de junho, em Barcelona. No pacote estão as esperadas apresentações no Heaton Park de Manchester (três shows, 220 mil ingressos vendidos em um dia) e aparições em festivais importantes como o T in The Park, Benicàssim e V Festival britânico.

A apresentação histórica terminou com a banda se abraçando, como mostra a foto da revista Q:

* O setlist do retorno do Stone Roses.

* A Popload ainda vai falar bastante sobre este retorno da banda de Manchester.


Popload on Sunday – Bem-vindo aos anos 90 (mesmo!), o casal Kiggy, a “nova Adele” e o Justice fazendo jus
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Lúcio Ribeiro

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* Popload em Londres.



* Inglaterra bombando big time. Racismo no futebol, crise de energia, crise de dinheiro, crise no “The Sun”, neve, mostra David Lynch no cinema, “Casablanca” estreando no cinema, três shows do Black Keys lotados, seleção sem técnico, seleção sem capitão, todas as reportagens e propagandas possíveis sobre romances antigos e o amor nos tempos da internet por causa do Dia dos Namorados e os “Muppets” estreando só agora por aqui.

* Aí o sério e poderoso diário “The Guardian” publica uma entrevista de uma página com o Kermit, the Frog, o nosso Caco, o Sapo, a principal estrela dos “Muppets”. 
Uma das perguntas: “É moda entre casais de celebridades ter um nome ‘fofo’ que os represente” Brangelina, para Brad e Angelina, Bennifer, para Ben Affleck e Jennifer Lopez. Kermit, como a gente pode se referir a você e Miss Pigg?”
A resposta do sapo: “A gente já tentou inventar o ‘Permit’ ou ‘Kiggy’, mas o nome nunca pegou…”

* O duo francês JUSTICE tocou ontem em Londres, no Brixton Academy, show há tempos esgotado. O Justice, você sabe, toca em São Paulo em maio, no Sónar SP. Não consegui ir, porque a Laura Palmer não deixou. Mas, dá para ver aqui embaixo, que o show foi um STRESS.

* ANOS 90 – O que estava ensaiado pelos EUA nos últimos dois anos atinge agora em cheio o Reino Unido. Os anos 90 são os novos anos 80. Eu falo dos anos 90 britânicos mesmo. Leio aqui e ali que uma nova onda retrô da última década dourada da cultura britânica, em música, cinema, moda, arte e comportamento, está em pleno andamento. Já contei aqui que:
- no filme americano “Young Adult”, que estreia no Brasil em março e tem a boneca Charlize Theron no papel de perturbada, é encharcado de anos 90 americano, da camiseta dos Pixies à trilha com Lemonheads, Faith No More etc. Mas a música “The Concept”, do britânico Teenage Fanclup, é tipo um dos personagens do elenco do filme.

– Em abril, aqui no Reino Unido, é lançado o já esperadaço livro “Skagboys”, do escritor escocês maluco Irvine Welsh. O livro seria uma prequela de “Trainspotting”, obra literária que depois virou filme. Ambos definiram os anos 90 britânicos na eletrônica, indie, drogas, bebida, violência, moda, relacionamentos e a grande “lad culture”, termo usado para “brodagem”, mas também para definir o “novo homem” dos anos 90, com tudo o que isso acarreta aplicado nos itens acima. Liam Gallagher e o Beckham são os maiores lads do planeta até hoje.
- Tem as volta$$$ dos Stone Roses, com a turnê mundial de 2012, e a tour britânica conjunta de logo mais do Happy Mondays com o Inspiral Carpets. O que era chamado de Madchester hoje é colocado como “Dadchester”. A foto do Bez aí embaixo, o dançarino doido do Happy Mondays e suas maracas, diz tudo.


- Vejo no “Observer” de hoje que uma exposição gigante em abril vai botar em grande destaque, de novo, o artista Damien Hirst, o artista-ícone britânico mais famoso do planeta nos anos 90 e um dos mais ricos até hoje. Hirst é o que fez arte pendurando animais mortos em instalações, de tubarão a vaca. Será a primeira retrospectiva britânica focando exatamente sua obra de 20 anos atrás.
- Tem bem mais coisas. Qualquer hora voltamos ao assunto. A reportagem do “Observer” diz que não tem lugar mais anos 90 hoje em Londres que Dalston, o bairro que anda “ditando a moda” na Inglaterra hoje.

* Nada é mais falado, lido, visto, em rádio, jornais, metrô, e enfeita vitrines de lojas de disco (as poucas que restam) do que a cantora soul Emeli Sandé, que lança o disco “Our Version of Events” amanhã aqui na Inglaterra. Se o disco “pegar”, essa cantora escocesa de ligações africanas, vai virar a nova Adele. Menos pop, mais soul-hip hop-trip hop. Fora que Emeli Sandé tem “Adele” no primeiro nome, mas tirado para não embolar a carreira. Emeli diz que deve sua música à adoração que tem por Alicia Kills. É levada à cena do hip hop/grime britânico pelas mãos os rappers Chipmunk, Professor Green e Wiley. E agora, com o disco próprio lançado, deve decolar para outras “plataformas”. Uma das principais músicas desse seu primeiro disco é “Next to Me”, aqui em versão ao vivo em programa da TV inglesa no mês passado:

* Talvez este post continue mais um pouco. Talvez não.