Blog POPLOAD

Arquivo : Anhembi

E o Yeah Yeah Yeahs voltou a SP, de presente para os fãs do Chili Peppers
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Foi do jeito que deu. Banda de abertura de showzão de outrem gigante é sempre roubada. Menos para a banda em si do que para seus fãs, claro. Afinal, eles estão faturando o $$$ deles e beleza. Isso tudo já era sabido. Mas, ainda assim, Karen O e o seu Yeah Yeah Yeahs, em retorno ao Brasil, fez um show bem digno ontem à noite no Anhembi. A banda é muito boa e aplicada, qualquer que seja a situação. Nunca vi um showzinho ruim deles. O palco não tava tão acanhado, mas o som superbaixo, como sempre nessas ocasiões. Hits de sempre e algumas do recente álbum “Mosquito” compuseram quase uma hora de espetáculo. Pensei que seria um show mais curto. Não foi.

Yeah Yeah Yeahs 5 cred Stephan Solon

É quase um crime não deixar a guitarra de Nick Zinner zumbir nos ouvidos. E “Maps”, apesar de parecer saída de um radinho de pilha, sem quase em nenhum momento vencer o falatório indiferente dos fãs do Chili Peppers, a atração principal, mantém-se como emocionante, apesar do tempo e do blablablá alheio.

O destaque, óbvio, foi Karen O, sempre incrível. Por baixo das jaquetas megaestáiles, usava uma camiseta com várias caras de Michael Jackson. Gênia.

Fiz um vídeo de “Zero”. Saiu assim, assim, mas, enfim, é um registro da segunda passagem do YYYs pelo Brasil.

PS: o show do Red Hot Chili Peppers, com telão estúpido de bom, Flea mais doido ever e o novo guitarrista novo bom demais (não tinha visto ao vivo), foi ótimo. Quer dizer, foi Chili Peppers.

Foto ótima de Karen O é de Stephan Solon/Divulgação.

>>


The Cure e a área Vip. Lolla Brasil x Lolla Chile. E umas perguntas sobre como você vê os shows e festivais no Brasil
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* The Cure no Anhembi
Eu até entendo a existência da área VIP como modelo de negócios, fonte de renda importante para o produtor que briga com 1 milhão de fatores, tipo impostos, a “questão” da meia entrada etc. para fazer um show acontecer num país arenoso como o Brasil. Mas ela realmente precisa ser do tamanho do que tem sido na maioria dos eventos e tomar toda a frente do palco, jogando o fã “comum” da banda, muitas vezes o “verdadeiro fã”, láááá para trás, longe do artista? Não pode ser de lado, ou montada sob uma plataforma, ainda em um lugar “privilegiado” para quem se dispõe a pagar mais e ter acessos mais tranquilos a banheiros, bebidas e a entrada/saída do lugar?

Pois bem, vi o show do Cure de uma dessas áreas vip, sábado passado. Era enorme. Logo que cheguei, fiquei lá atrás, perto da “divisa”, da “fronteira”. Galera na parte “normal” fazia maior festa, cantava, batia palmas, esperando a entrada da banda ao palco. Ali, o show já tinha começado.

A contrapartida disso, a “maligna” área VIP, também virou notícia. Muita gente ontem e hoje nas redes sociais reclamavam do falatório, das conversas paralelas do povo “VIP” enquanto o Cure tocava lá em cima do palco. Nada contra ninguém conversar em um ambiente assim, mas pera lá. Mudei de lugar umas três vezes por causa do blablablá incessante de gente a minha frente, ao lado… O assunto “conversas vip” ganharam destaque hoje até na “Veja” na internet.

Daí hoje de manhã, procurando vídeos para um post neste blog, achei um de “A Forest”, a música que eu procurava. O primeiro que eu encontrei, esse abaixo, era de alguém na pista “normal” (adoro essas aspas). Olha a distância de onde o “fã comum” do Cure enxergava o palco. E ouça os berros que vinham ao redor de quem filmava a música. A energia “banda-seu público” tinha um obstáculo, um “vazio” grande no meio. Esse vazio, essa vala, era a área VIP.

PS: uma outra coisa engraçada que eu sempre noto nessas ocasiões e que no Anhembi sábado estava particularmente irritante, porque passei a prestar muita atenção nisso: eu sei que não é novidade, mas onde eu estava tinha muita gente desinteressada, ou pouco interessada, no show em si. Tinha dois caras na minha frente que quase todo começo de música soltavam um “U-hu. Adoro esta”, começando a dançar e tal. No SEGUNDO SEGUINTE, já estavam no papo solto nem olhando direito para o palco, nem aí mais com a música que diziam adorar. Se eu quisesse abdicar do show, ficaria filmando toda essa movimentação. Ia dar um interessante material de estudo.

Veja o vídeo de “A Forest”, captada da “pista comum”. Precisa ser assim?


***********

* Lollapalooza Brasil x Lollapalooza Chile
Ainda no tema acima, mas voltando ao assunto Lollapalooza, acompanhamos o movimento dos brasileiros que foram a Santiago no fim de semana, para a versão chilena do festival. Desde sexta-feira os comentários eram todos elogiosos. Primeiramente em relação à cidade, claro, que como qualquer grande cidade em época de festivais fica mais alegre e tem mais atrações para os milhares de turistas que estão lá de bobeira enquanto a festa mesmo não começa.

No início, parecia só deslumbramento de viagem, aquele oba-oba de quem está na curtição e nada ou pouco vai ser capaz de te aborrecer. Mas, quando o festival começou e depois, já na madrugada de segunda, quando o último show havia acabado, a discussão foi ficando mais séria. Vários fãs colocaram em suas páginas de Twitter e Facebook comparações entre a versão brasileira e chilena do Lolla. Em todas elas, a do Chile, mesmo que através das experiências de poucos brasileiros por lá, “saiu ganhando” no “trato ao público”.
(Sempre levando em conta que lá o público total divulgado foi de 138 mil pessoas. E, aqui, 164 mil. No montante, a diferença de “manobra” nem foi tanto assim.)

No ano passado, chegamos a falar sobre o perrengue que foi para aqueles que gostariam de ver os shows até o final e do quanto era difícil ser um “festival goer” no Brasil. Também fizemos um post, em novembro, sobre a zica dos shows no Brasil (e olha que o Planeta Terra nem havia entrado nessa onda “vai rolar/não vai rolar” e o Sonar ia muito bem, obrigado) e também colhemos a opinião do público no próprio Lolla 2012.

Sentimos menos esses problemas na edicão 2013 do Lolla Brasil, mas algumas questões continuaram mal resolvidas, como as filas na entrada e para os banheiros, os táxis escolhendo corridas no final e o metrô lotado, dando apenas 15 minutos a mais de seu horário normal para quem saia correndo do Jockey para pegá-lo, depois do show final.

Segundo o site Scream & Yell, do brother Marcelo Costa, que fez o favor de compilar esses relatos todos, o Lolla-Chile levou a melhor por estes motivos abaixo:

– filas controladas para banheiros, comida e principalmente entrada. Galera chegava e saía muito rápido, fosse a hora que fosse. Pegar bebida e comida não apresentava grandes problemas.
– Vários pontos de retirada de ingressos pela cidade. No Brasil, quem comprou ingressos online (e deixou para retirar na última hora) levou 2h para conseguir entrar no Jockey.
– Metrôs e ônibus rodaram por 1h a mais depois do término do festival.

Tirando a logística mais “caprichada” na hora de cuidar do público, lá em Santiago o clima de festival estava propício para:
– Eddie Vedder, do Pearl Jam, aparecer para dar uma forcinha no show do Queens of the Stone Age. Não que eles precisassem, porque quis mesmo.
– Perry Farrell estar mais “presente” lá do que cá. Aparecia nos palcos, fez participações especiais, transitava geral. Talvez porque depois da polêmica do ano passado (quando ele foi mal interpretado em uma entrevista dizendo que “o país não tinha cultura” — querendo dizer cultura de música nas escolas), e após ter sido metralhado pelos fãs brasileiros, tenha decidido ficar mais “na dele”.
– A apresentação surpresa da banda Chevy Metal, do baterista do Foo Fighters, no palco do… Kidspalooza! Com participação dele, sim, Perry Farrell.
– Para deixar a gente com ainda mais inveja, Josh Homme imitou o Eddie Vedder e apareceu no palco do amigo, acompanhado de Perry Farrell. *HUMPFT* (vale lembrar que as duas bandas tocaram no mesmo dia, ao contrário do que aconteceu no Brasil)
– Sem contar que, já falamos aqui tambem, Homme e Vedder deram ingressos para a galera em frente ao hotel.

O Lollapalooza virou o grande festival brasileiro anual (o doido Rock in Rio não conta) e o Jockey é um lugar bem posicionado e bacana para eventos, embora os cavalos reclamem do cheiro de hipsters no lugar. Melhorando essas questões que nos fizeram “perder” para os chilenos, vai ficar lindo.


***********

* Enquete Popload: Qual o seu relacionamento com festivais no Brasil?

Fiz essa convocação ontem à noite, para uma pesquisa rápida e indolor através de um questionário básico, e foi uma avalanche de cooperação. Então, para quem ainda não respondeu, perca esse tempinho falando como você vê os festivais e os shows no Brasil, o que faz você NÃO ir a um evento de música, quantos shows você vê mensalmente, essas coisas.

O questionário está aqui: https://www.surveymonkey.com/s/festivaisnobrasil

Não deixa de ser uma instrumentação útil para você. E, da parte que nos toca, o Popload Gig agradece. ♥

>>


The Cure. São Paulo ganha do Rio em público, empata no número de músicas, mas perde nos minutos de show
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Ancião do rock e do rock radiofônico, o grande Robert Smith fez um ótimo e nada cansativo show longo com seu The Cure em São Paulo, no Anhembi, para uma plateia dita de 30 mil pessoas. A apresentação, de 40 músicas, grande parte delas singles conhecidíssimos, teve o mesmo número de canções mostradas no concerto do Rio de Janeiro, semana passada, onde tocou para ditas 9 mil pessoas.

Tudo conspirou a favor do show do Cure em SP, menos o público falastrão da indecente área VIP: a noite estava bonita, o som do Anhembi (milagre! milagre!) estava bem bom, o trânsito estava ok para ir e vir, aparentemente. Só achei que a guitarra “diferenciada” de Smith poderia estar mais alta, com mais destaque. A sonoridade da banda, quase sempre, ficou nivelada. Mas ok.

Em São Paulo, o show teve 3h15 de músicas, cinco minutos a menos que o Rio. A ênfase nesse assunto em particular é relevante, em se tratando de um show do Cure.

A banda não se apresentava no Brasil desde 1996. Tocaram pela primeira vez em 1987. Esses shows de agora de Rio e SP formaram a terceira visita. Tinha a galera da “velha guarda”, mas também muita gente nova.

A banda brasileira que abriu a apresentação do grupo inglês foi a Lautmusik, de Porto Alegre. Robert Smith praticamente viu o show todo dos gaúchos e depois foi ao camarim cumprimentar a rapaziada. Da Lautmusik tem a última das fotos deste post. O retrato abaixo de Robert Smith é ele no camarim saudando o grupo do Sul. Todas as imagens deste post são do fotógrafo poploader Fabrício Vianna.

>>


The Cure em São Paulo sai do Morumbi e vai para o Anhembi
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Mudanças no show do The Cure em São Paulo. O papo nos bastidores era forte e a XYZ, produtora responsável pelo show, confirmou o esperado: sai o Morumbi, entra o Anhembi, “local inicialmente previsto para o show”, informa a nota.

A alegação oficial é que o Anhembi estava indisponível inicialmente devido à montagem da pista para a corrida de Fórmula Indy. Mas agora, pelo jeito, houve uma “alteração na agenda da montagem” e o Robert Smith poderá fazer seu show de três horas no local.

Esta será a primeira visita do grupo britânico ao país em 17 anos. O show do Rio de Janeiro, dia 4 de abril, segue sem alterações. O de São Paulo, que seria no Morumbi configurado para 40 mil pessoas – agora no Anhembi, que tem capacidade para 35 mil – continua marcado para 6 de abril. Quem comprou ingressos para setores diversos da arquibancada do estádio deverão acessar o site da Livepass para consultar a política de troca de setores ou reembolso, já que o Anhembi só terá a divisão de pista normal e premium. Quem adquiriu estes ingressos anteriormente para o Morumbi poderá utilizá-los no Anhembi.


Xiiii, Brasil. Sónar São Paulo cancelado! Organização tentou pulverizar o festival pela cidade, mas não rolou
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Notícia quente e triste nos bastidores do mercado de shows deste país. O incrível Sónar SP, festival brasileiro ligado ao evento major de vanguarda musical criado em Barcelona, não vai mais acontecer.

O evento, que estava marcado para rolar no Anhembi dias 24 e 25 de maio, com presenças confirmadas de The Roots, Pet Shop Boys, Explosions in the Sky, Nicolas Jaar, Matmos, entre outros, foi cancelado devido “às dificuldades e à instabilidade no mercado de entretenimento no Brasil”, diz o comunicado oficial. Os ingressos ainda não haviam sido colocados à venda.

* Update, 18h50: A Popload apurou que foram feitas várias tentativas para deixar o festival “de pé”. Mas motivos que vão desde a fraca venda de ingressos ao insucesso nas negociações com o Anhembi fizeram a organização do Sónar pensar em uma saída alternativa, a de tentar “pulverizar” o Sónar SP pela cidade, com shows no MIS durante o dia e em outras casas como o Cine Joia, Tomie Otahke e Espaço das Américas para os artistas maiores.

Pena, não deu. E o Brasil sofre baixa com um dos eventos que está entre os mais respeitáveis no mundo.


Feliz 2013: Sónar SP anuncia primeira leva de shows com Explosions In The Sky, The Roots, Matmos, Pet Shop Boys e mais
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Popload em Nova York, de olho no Anhembi.

Como a Popload antecipou há duas semanas, o grupo pós-rock espacial Explosions In The Sky e o cultuado duo californiano Matmos são dois dos nomes que puxam a fila inicial de atrações do aguardado Sónar SP, festival eletrônico de vanguarda, que terá mais uma edição brasileira dias 24 e 25 de maio no Anhembi.

Foram também foram anunciados no final da manhã de hoje outros nomes como o grande The Roots, os veteranos do eletrônico pop Pet Shop Boys, além de Jamie Lidell, Paul Kalkbrenner, Renato Ratier, Theo Parrish, Taksi (duo formado por João Brasil e Domenico Lancellotti) e Mau Mau.

Ao todo, o Sónar SP contará com mais de 30 atrações, divididas em três palcos com programação ininterrupta. Os ingressos serão colocados à venda dia 20 de fevereiro. Os preços ainda não foram anunciados.

>>


Sónar SP reinventa o xarope Anhembi. Mais: os “win”, os “fail”, os vídeos
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Você pode nem ser “da eletrônica”, amar hip hop ou necessariamente gostar das bandas que o Sónar SP botou no festival. Mas o bem que o evento trouxe para a cidade de São Paulo foi digno de palmas.
Primeiro que o malfadado Anhembi, graças ao mostrado pelo Sónar SP, tem solução sim como espaço (um dos únicos) para grandes eventos musicais na capital, com algumas correções de logística em sua organização. Isso é um avanço para a música na cidade.
Concentrado em um lugar só (a primeira edição, de 2004, aconteceu dividido entre Instituto Tomie Ohtake e Credicard Hall) e com cerca de 15 mil pessoas circulando por noite, o Sónar reinventou com êxito o Anhembi para shows. Esqueceu o problemático (e feio) (e insolúvel acusticamente) (e chato de chegar e sair) Sambódromo, vendido como “Arena Anhembi”, fez do galpão de eventos seu palco principal (palco SonarClub), redescobriu o auditório Elis Regina (que nos anos 80 foi o local de épicos shows de Echo & The Bunnymen e Siouxsie and the Banshees, entre outros) para atrações mais intimista (palco SonarHall).
Virou interno, “indoor”. Virou bom.

***** WINS E FAILS DO SÓNAR SP

– Valeu, Sónar
1. Escalação caprichada, moderna, que olha para a frente. Line-up mistureba só com coisa fina, com o melhor de todos os estilos.
2. Para outros festivais, fica a lição: uma escalação com pequenos grandes nomes às vezes vale mais que um festival com grandes headliners, mas sem nada de muito interessante tocando antes deles.
3. Organizado: filas ágeis, vários pontos de venda, homens-bar pela pista, praça de alimentação tranquila, Doritos sendo distribuídos… Banheiros com pouca fila também.
4. Kraftwerk: ir ao show do Kraftwerk é passar pelo menos uma hora ouvindo piadinhas do tipo “os caras estão no ________*” (*inserir: MSN, Facebook, Twitter, Angry Birds, Skype, etc). Piadinhas desse tipo com o Kraftwerk são tipo as do tio do pavê-pra-comê no Natal: não falham. Ralf Hütter está velho? Só tem um integrante original? Ultrapassados? São Windows 95? 3D anos 80? Não se mexem, está tudo programado? Mas,… quem liga? A parte mais incrível de um show do Kraftwerk é que nada disso é escondido. Você pagou pra ver robôs dos anos 70 tocarem com projeções de 3D. É exatamente isso que você recebe. Com a grande vantagem de que esses robôs ainda fazem música que soa atual nos 2000. E, além de ser nostálgico, é sempre emocionante. OBRIGADO, BJORK.
5. A ressurreição do Justice. Depois de uma certa estagnada, um show fraco no Brasil e um disco novo mais fraco ainda, ninguém (eu) esperava muito da dupla de jaqueta de couro. Heavy metal da eletrônica. Cafonices à parte, foi um espetáculo de hits e de dança. Acho que foi o show mais animado do festival (principalmente pra quem saiu dele e foi pro James Blake. Choque de estilos, o que é bom, também)
6. Ver o povo tentando dançar dubstep. Parecia o casting do Walking Dead, sem o Dead. Dubstep inaugurou a dança do zumbi. Requebra ali, entorta o joelho, quebra o pescoço pro outro lado, ensaia uma convulsão de leve e se arrasta.
7. Mogwai: comparada ao resto da programação, o Mogwai era praticamente um Motorhead no meio de um festival de MPB. Dez anos depois do primeiro show no Brasil, a banda não precisou nem arrancar o público gigante da tenda do Flying Lotus. Quem foi para ver Mogwai, pouco se preocupou com o que rolava fora do auditório. Nem conseguiria mesmo: a parede de três guitarras ensurdecedoras com projeções em uma tela widescreen era hipnotizante. Se não me engano, foram dez músicas ao todo. Lembrando que, para o rock instrumental do Mogwai isso é muito. As músicas foram “encurtadas” para caberem no horário previsto. Mesmo assim, a banda passou, propositadamente, alguns minutos do horário de encerramento e causou um certo mal estar nos bastidores. Pelo twitter, o baterista chegou a dizer que foi “ameaçado” pelo organizador de palco. o_O
8. Flying Lotus/Totally Enormous Extinct Dinosaurs/Hudson Mohawke – Tirando tudo o que teve de bom, tirando tudo o que foi digno de nota, sem falar no Doom, o Hudson Mohawke, o James Blake, tiveram essas duas apresentações em particular. O Lotus trouxe o underground de Los Angeles para cá. De novo. Uma hora de batidas quebradas, experimentalismos e baixos gordos bons de dançar. Tudo costurado por samples de Radiohead, bateria de escola de samba e Beastie Boys, que bela homenagem. Coraçãozinho com as mãos pra finalizar o set. Fofo. O Totally Enormous Extinct Dinosaurs, o nome mais legal da música hoje (até porque você olha o menino com a voz do Tiga, a sonoridade única dentro de tudo conhecido que ele carrega), foi incrível, mesmo tocando/cantando em cima de base pré-gravada. É dono do melhor disco da dance music em 2012. Isso porque o disco nem saiu. As roupas. A galera que foi com penacho de índio na cabeça para vê-lo no Sónar. Coube ao Totally Enormous Extinct Dinosaurs fechar a conta do festival, lá pelas quatro da manhã. Pista ainda cheia de gente, meninas com a cara pintada de tinta neon, malucos com cocar na cabeça. O “Enormes Dinossauros Extintos” é na verdade um menino inglês franzino que faz house e electro com indie e pop e até dubstep (inglês) na medida certa. O live foi um mix das faixas que estarão em seu primeiro álbum, que chega em junho. Delícia de dançar.

– Não rolou, Sónar
1. a fila gigantesca no primeiro dia, para a retirada de ingressos. Faltando alguns minutos para o Kraftwerk, povo desesperado, informações desencontradas, resolveram liberar tudo. E bastava mostrar o papel impresso da internet para entrar…
2. Os atrasos. Em festival, um pequeno atraso gera um efeito cascata no festival todo. E aquela programação com horários na mão da galera fica sem serventia.
3. Não havia indicação clara de palco, nem do artista tocando em cada um deles. Com os atrasos, vi gente se requebrando no Zumbi-Dance do Rustie, achando que estava na apresentação do Flying Lotus (!!!)
4. O som do auditório estava perfeito no show do Mogwai, mesmo com todas as guitarras na potência máxima, mas no do James Blake, justamente no mais delicado deles, reverberava demais!
5. O cheiro de Doritos em todo o festival. A gente sabe, a gente sabe…

* COBERTURA POPLOAD – Lúcio Ribeiro, Ana Carolina Bean Monteiro, Fiervo. Fotos: Fabrício Vianna

***** ALGUNS VÍDEOS DO SÓNAR SP

>>


Sónar, dia 2 – O rock do Justice, Cee Lo Green foocking you, o Flying Lotus gênio e o final maravilha com o menino franzino e frágil chamado Totally Enormous Extinct Dinosaurs
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Seguiu incrível e luminar o Sonár SP, no sábado, o segundo e último dia de evento. Tirando bobagens como o show do figura Cee Lo Green (parece, não vi), as apresentações que a gente viu, ouviu, passou, circulou, resvalou tiveram boa carga informativa e de diversão, e a vibe do “Novo Anhembi” foi um dos principais acertos do Sónar. E teve o Flying Lotus, absurdo. E teve o Totally Enormous Extinct Dinosaurs, maravilhoso.

E, tirando o “genuíno” Mogwai, a atração mais “rock” do evento paulistano foi o duo Justice, que usa em sua house francesa uma forte linha de baixo e um som sintetizado e distorcido, em volume alto, que pelo menos no caso da dupla da França continua eficiente em fazer roqueiros simpatizarem com a eletrônica.

A gente vai falar bastante do Sónar hoje.

* E, por enquanto, fique com a batelada de fotos boas do Fabricio Vianna, fotógrafo credenciado da Agência Popload.

F

U

C

K

Youuuuuuuuuuuuuuuuuu

Galera no show do…

…Justice

…Ops, agora sim, Justice

Foi loucurinha o Justice

Já o ótimo show do James Blake, com banda, foi bem sussa

E o lindo auditório tava cheião

Clima feliz no Sónar

Twelves, nova fase, arrebentando

Mogwai. Quem disse que as guitarras não iriam ao Sónar?

E quem disse que as raposinhas (!?) não iriam?

O Flying Lotus tocou logo no começo da noite. Já dava até para ir embora feliz. Só que não

Porque no fim iria ter o maravilhoso Totally Enormous Extinct Dinosaurs, “amarrando” tudo

O duo alemão Modeselektor foi absurdo ou o quê?

Sónar, o maior festival “indoor” smoking-friendly do mundo

>>


Music. Non Stop. O primeiro dia do Sónar SP, com algum papo e muita foto
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

* Com um caminhão de problemas estruturais e de som, mas ao mesmo tempo delicioso em seu clima e com o bem-sucedido mérito de reinventar o malfadado Anhembi em novos ambientes, o festival Sónar SP despejou o novo e o velho em doses generosas na edição que começou ontem, atravessa a noite deste sábado e vai só terminar no domingo de manhã, com nosso amigo dinossauro moderno. Seja de passagem, sejam duas músicas vistas/ouvidas, seja vendo o show-viagem inteiro do Kraftwerk, seja o que o amigo viu e contou, foi muita informação sonora entregue pela filial brasileira do festivalzaço de vanguarda espanhol. De DOOM a Little Dragons, do Chromeo ao Austra, do Hudson Mohawke ao Emicida, do Cut Chemist até a razão de um festival como o Sónar existir, o grupo alemão ancião Kraftwerk e seu show 3D.

Até segunda-feira a gente vai falar bastante do Sónar, em muitos aspectos, de alguns ângulos, texto, foto, vídeo.
Vamos começar com fotos. A de cima é de Eduardo Anizelli, da Folhapress. Todo o resto é de Fabricio Vianna, da Popload.

Hoje tem mais. Hoje deve estar melhor.

O grooveiro Mauricio Fleury, do Bexiga 70, abrindo o Sónar SP com sua versão DJ

A dupla de Barcelona Za!, que também deu o pontapé inicial no Sónar com seu circo sonoro

O mitológico ser eletrônico alemão Ralph Hutter, que mantém o Kraftwerk, 42 anos, muito vivo

Então…

O britânico James Blake como DJ, mostrando um “dubstep delicado”. Hoje é seu show “live” autoral. Faça silêncio

Galera moderna

Mais galera

Galera do futebol também foi

O Dave 1, do Chromeo

Mais Kraftwerk

A japa-sueca no simpaticaço show da banda indie escandinava Little Dragons, no auditório

Adivinha o show que ele estava

A Katie Austra brigou com o som e as luzes acesas para arranjar clima para sua electro-ópera indie

>>


Flying Lotus ou Mogwai? Justice ou James Blake? Bem-vindo ao Sónar SP
Comentários Comente

Lúcio Ribeiro

>>

Ah, os grandes festivais. Pedimos tanto por eles para, em seguida, matarmos nossas cabeças por causa deles. Como todo bom festival que se preze, o Sónar SP (11 e 12 de maio no Anhembi) começa a dar aquela “dor de cabeça boa” para seus espectadores. Com três espaços diferentes para shows e discotecagens, o evento soltou a lista oficial dos horários e locais das apresentações.

Mais ou menos assim, basicamente. No sábado (11 de maio), Emicida vs. Little Dragon; Doom vs. Bjork. No domingo (12), Flying Lotus vs. Mogwai vs. Cee Lo Green. Além do Justice vs. James Blake vs. Four Tet.

O que você vai escolher na batalha dos horários do Sónar?